Cláudio Puty escreve hoje em O Liberal (1º caderno, pág 12) o artigo Por que defendemos Belo Monte.
O artigo começa assim:
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Não há perspectiva de desenvolvimento sustentável no Pará sem energia elétrica, farta e barata, para verticalizar a produção minerária, gerar emprego e renda, aumentar a arrecadação de impostos e royalties e resgatar a dívida social com os que mais necessitam da atenção do Poder Público neste Estado.
Essas são as razões pelas quais o Governo Popular defende a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, na Volta Grande do Xingu.
Ela é apenas um exemplo do que a governadora Ana Júlia classificou apropriadamente como “salto para o futuro” em sua mensagem à Assembléia Legislativa no início deste ano.
A parceria entre os governos Lula e Ana Júlia constitui, portanto, um marco na inversão de prioridades e investimentos no Estado. O início de uma estratégia de desenvolvimento industrial que se configura, por exemplo, na implantação de uma siderúrgica em Marabá, no interior do Pará, para gerar emprego, renda e oportunidades de desenvolvimento para uma região tradicionalmente relegada ao esquecimento.
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7 comentários:
Não é energia limpa. Estudos científicos demonstram que hidrelétricas emitem mais gases de efeito estufa que uma termoelétrica de mesma potência movida a queima de combustível fóssil (Fearnside, 2004). Com o adicional de destruir a casa de milhares de espécies de animais e retirar populações nativas.
Se não destruída, esta biodiversidade pode elevar o Pará a novas alturas de renda e inovações em patentes que alavancariam muito mais renda ao nosso povo.
O governo do Pará está acertando no apoio a Ciência e Tecnologia da Informação com projetos como Navegapará, Parques Tecnológicos e a compra do sequenciador de Genomas Solid.
Com o rápido sequenciamento de espécies da Amazônia com o equipamento Solid já instalado na UFPA, podemos agregar um real valor a nossa megadiversidade.
Então, não vamos destruir em 10 anos o que a natureza levou milhões de anos para contruir.
Abraços,
BELO MONTE, trará emprego riqueza para o ESTADO, e não deve ser tratado como se fosse questões políticas, pois, travar este projeto, é colocar o PARÁ no atraso.
E os que são contra este projeto, ainda não aprenderam, nem com a perda da COPA para MANAUS.
Permita-me discordar da forma simplista como é vista a questão do desenvolvimento industrial que de sustentável não tem nada. Caso se concretize esse ataque aos recursos naturais só vai acelerar a "A Tragédia dos Comuns". A vocação da Amazônia é outra, só não vê quem é acadêmico profissional e não profissional acadêmico.
Tem estudos científicos para todos os gostos e preferências ideológicas. São versões. Vamos admitir que é uma questão de escolha. Li uma entrevista com pesquisador de sobrenome Molina outro dia. Ele mesmo fazia contrapontos científicos sobre mudanças climáticas, por exemplo. Acho que é um tanto desnecessário dizer isso, porque todo pesquisador deve saber disso. De todo modo, vou procurar e informo pro colega Paulo Miranda aí de cima, só pra ele não dizer que tô de criticando "gratuitamente" ou sem "bases científicas" pra isso.
Eu moro em Altamira há 8 anos. Nesse meio tempo, tive a oportunidade de estar nos 2 lados do processo Belo Monte e posso afirmar com muita tranquilidade hj que nós temos uma oportunidade única de fazer de um grande projeto uma mudança significativa na qualidade de vida das pessoas dessa região. Não vou me ater na questão científica disso, até pq ela não tem nada a ver com Belo Monte pois temos estudos desde o final da década de 70. Mas quero deixar aqui uma questão ao Paulo Miranda: quer dizer q a energia hidráulica de Belo Monte vai agredir mais o meio ambiente do que os um milhão de barril de petróleo que Manaus queima para se manter? Eu não acredito nisso. Mas voltando ao debate que compete é que eu defendo Belo Monte, desde que nós possamos participar do processo de implementação do empreendimento. É essa democracia no processo que o Governo Lula e Ana Jùlia estão colocando no processo que incomoda muita gente. E é justamente por isso que há tanta manifestação contrária, pq agora PODE isso é respeitado no processo, inclusive muitas mudanças que o projeto Belo Monte sofreu foi justamente por causa da pressão da sociedade civil organizada. Termino aqui por hj, mas temos muitos subsídios para o debate.
Quanto ao comentário de nosso amigo: "Tem estudos científicos para todos os gostos e preferências ideológicas..."
Concordo contigo quanto à existência de cientistas inescrupulosos como em qualquer atividade humana (política, por exemplo). Mas o dano causado ao meio ambiente são fatos escancarados, nem precisa ser cientista pra observar o quanto se destrói a natureza com a inundação de centenas de quilômetros quadrados de floresta nativa como no caso de Tucuruí.
É uma questão de bom senso. A preservação é fundamental, não porque devemos ter peninha dos animais apenas, mas porque é possível gerar bilhões em Turismo, Biotecnologia, Extrativismo, etc.
Açaí e Castanha já são sucesso absoluto no mundo, vcs já imaginaram a quantidade de pessoas que gostariam de conhecer o lugar de origem de nossas deliciosas frutas?
Atrair turistas é apenas uma questão de Marketing bem bolado. Com o marketing viral na Internet é cada vez mais fácil transformarmos a Amazônia no novo pólo mundial de Turismo. Quem assistiu ao filme sabe que há milhões de pessoas no mundo com esta vontade de conhecer um ambiente original e preservado. Nós moramos nesse lugar mágico, mas está com prazo de validade de 50 anos se continuarmos destruindo.
Transformaram até o deserto quentíssimo de Dubai num oásis de turistas.
Aqui temos tudo, floresta, praia, rio, mar, história, comidas deliciosas, povo acolhedor... Só falta sermos um povo com mais conhecimento.
Obrigado, Ana Júlia, por abrir este valioso canal de debate.
Quanto ao argumento de que esta obra gera muitos empregos... Grandes indústrias como a Alunorte, empregam apenas 1000 a 2000 funcionários. Tucuruí no auge da obra chegou a empregar em torno de 20.000 empregados. Porém a cidade recebeu quase 100.000 imigrantes que contribuíram para um processo de degradação ambiental ainda maior nos arredores do projeto, mas o pior é que estas pessoas sem opções de emprego viveram e ainda vivem em condições precárias de moradia. Tudo isso porque o governo viabilizou a obra, mas não projetou a cidade para receber este contingente populacional. Apenas construíram uma linda vila para os funcionários de alto escalão. E ainda não conheço este projeto para as cidades como Altamira.
Chico Feitosa Jr., realmente dados científicos comprovam que Belo Monte poluirá tanto quanto uma termoelétrica de mesma potência. Se não acreditarmos nas pesquisas que são realizadas com muito rigor, nos restará apenas acreditar cegamente em opiniões sem fundamentos baseadas em sentimentos e não em dados. A Belo Monte vai poluir o equivalente a uma Termoelétrica e ainda será menos eficiente, pois não vai gerar energia boa parte do ano, no período de seca.
Agora gostaria de deixar claro que sou a favor que aumentem a produção de energia, mas de forma inteligente, usando tecnologias como a eólica ou mesmo hidrelétrica.
Não to querendo fazer propaganda, mas existe uma empresa brasileira inovadora que pode gerar energia hidrelétrica sem alagamento e permitindo a passagem dos peixes. Foi premiada no Fórum Social Mundial juntamente com empresas como Twitter e Google. Esta empresa se chama Care Electric (http://www.careelectric.com.br/)
Por que não utilizar esta tecnologia? Por que estas grandes construtoras que participarão do leilão não se aliam a esta empresa para a construção da Belo Monte Ecológica?
A tecnologia de geração de energias está evoluindo rapidamente, já existe uma empresa que inventou um produto que faz que sua casa nem seja ligada à rede elétrica, vc compra uma pequena bateria que caberá na palma de sua mão, esta abastece todas suas necessidades. Empresas como Google, Ebay e Coca Cola já estão utilizado e poupando milhões. O nome da empresa é Bloom Energy (http://blog.eco4planet.com/2010/03/bloomenergy-cria-eletricidade-a-partir-de-o2/)
Então, não vamos construir a usina com esta tecnologia de 30 anos atrás, por que já é vista como um elefante branco no presente, imaginem daqui a 20 anos.
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