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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Nota: TSE confirma elegibilidade de Ana Júlia

Em decisão tomada no último dia 01 de julho, o Ministro Henrique Neves da Silva, do Tribunal Superior Eleitoral, concedeu liminar suspendendo os efeitos da decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Pará que determinava a cassação dos direitos políticos da ex-governadora Ana Júlia Carepa, confirmando sua condição de elegibilidade.

Segundo o Ministro, é preciso investigar a fundo o caso. “Porém, considero que há plausibilidade nas teses desenvolvidas pela autora que autoriza a concessão da medida liminar pleiteada”, afirma ele na decisão.

A ex-governadora Ana Júlia Carepa confia na justiça eleitoral brasileira e que, quando o mérito dos processos principais e cautelares forem apreciados pelo TSE, os Ministros verificarão que a ex-Governadora não praticou qualquer ato de ilegalidade ou contrário à Legislação Eleitoral.

terça-feira, 1 de julho de 2014

A Copa e a ideologia do fracasso

Por Celso Vicenzi, no site da Adital:

Há muito tempo - mas cada vez mais - os maiores veículos de comunicação do país têm feito escolhas editoriais que procuram menosprezar os avanços sociais e criar um sentimento de derrota, em todas as áreas. Tentaram de tudo para transformar a Copa do Mundo num pesadelo nacional e não pouparam más notícias. Algumas catastróficas (caos aéreo, imobilidade urbana, violência etc).


Manchete da Folha de São Paulo de domingo, dia 29 de junho, após a vitória brasileira nos pênaltis contra o Chile: "Júlio César e trave salvam Brasil de vexame em casa”.
A Copa não foi um primor de organização, mas está longe de comprometer o espetáculo. Pelo contrário: os estádios estão cheios, os turistas e torcedores – exceções à parte – só têm elogios para o clima de alegria e fraternidade. Os imprevistos são aqueles comuns a qualquer grande evento em qualquer lugar do mundo.

Os gastos com estádios, que pareciam fora da realidade, revelaram-se bem menos exorbitantes do que a imprensa tentou incutir entre os brasileiros. Segundo a própria Folha, o equivalente a uma semana do que se investe em educação no país. E parte do dinheiro investido é empréstimo e retornará aos cofres públicos.

Quase nenhuma reportagem abordou as vantagens de sediar a Copa, os empregos gerados, os investimentos realizados na infraestrutura, que irão permanecer. E mais do que tudo: quanto vale uma imagem positiva do país, como esta que parece que os turistas e as seleções que aqui estiveram estão levando a seus países? Quanto vale ser o centro da atenção do mundo por 30 dias? Quanto vale mexer com a autoestima de um país? E, aqui, não me refiro ao desempenho da seleção, mas à alegria de receber elogios à nossa hospitalidade, às belezas do país, às virtudes de nosso povo.

Vale muito. E é por isso que a Folha – aqui apenas como exemplo, pois representa o pensamento de boa parte da nossa mídia – exagera e tenta criar na população brasileira, em contraponto à autoestima que vive neste momento, um clima de menosprezo ao seu país.

Perder um jogo, ainda mais em Copa do Mundo, desde que não seja por um placar elástico, nunca foi nem nunca será um vexame. Temos a mania de achar que, sobretudo no futebol, qualquer adversário é fácil de ser batido. Mais do que isso: não basta vencer, é preciso dar show, é preciso dar olé. Nas derrotas, dificilmente o brasileiro reconhece as qualidades do time adversário, preferindo encontrar culpados: o treinador, o goleiro, um ou mais jogadores.

Nesta Copa, o último campeão – a Espanha – não passou da primeira fase e foi fragorosamente derrotado por 5 a 1 na estreia. Depois de vencer a Copa de 1998, no mundial seguinte, a França também não passou da primeira fase, perdendo dois jogos e empatando um. Saiu do mundial sem ter feito um único gol. Imaginem se fosse o Brasil!

A seleção brasileira não tem a obrigação de vencer a Copa porque joga em casa. É apenas um dos favoritos. Das 19 Copas já realizadas, em apenas seis o campeão foi o país sede: Uruguai em 1930, Itália em 1934, Inglaterra em 1966, Alemanha Ocidental em 1974, Argentina em 1978 e França em 1998. Ou seja, ganhar em casa é exceção.

A disseminação do espírito "vira-lata”, como bem o definiu o escritor Nelson Rodrigues, do país que nunca faz nada certo, o exagerado endeusamento de outros países, resquícios de uma nação que foi colonizada, tudo isso ganha amplitude em boa parte da mídia brasileira. A crítica é fundamental, mas a manipulação de fatos com interesses políticos e econômicos torna-se evidente, em milhares de exemplos no cotidiano de boa parte de nossas emissoras de rádio e TV, revistas e jornais – agora também em portais mantidos pelos principais veículos de comunicação.

Temos grandes problemas a resolver no país, entre eles a necessidade de democratizar os meios de comunicação – o que tendenciosamente a mídia traduz por censura, omitindo que vários países democráticos impedem tamanha concentração da propriedade dos meios de comunicação e impõem regras que levam em consideração muito mais o interesse da população do que o dos donos desses veículos.

A ideologia do fracasso, do "vira-latismo” – já quase uma ciência! – gera na população a falsa ideia de que tudo de pior que acontece no mundo ocorre com mais intensidade no Brasil. No entanto, não somos o país mais corrupto, embora sejamos um dos mais desiguais. Segundo a ONG Transparência Internacional, o Brasil ocupa a 72ª posição entre 177 países. Apesar de ser a sétima economia do planeta, é o 12º com maior desigualdade – o quarto na América Latina. E quando se instituem programas como o Bolsa Família, elogiado pela ONU como exemplo no combate à miséria, a desinformação e a omissão da mídia levam boa parte da população a considerá-lo apenas um programa eleitoreiro ou um gasto desnecessário e sem resultado.

Embora não se diga, setores poderosos da economia e da política brasileira, da nossa elite, têm muito a ganhar com a corrupção. A honestidade tem um custo que nem todos estão dispostos a pagar. Gostamos de alardear a meritocracia num país que se notabiliza pelo apadrinhamento das relações, já amplamente estudado por vários sociólogos e intelectuais.

Por vias tortas, o Brasil vive um momento peculiar da sua história, marcada até aqui principalmente por um passado colonialista, escravocrata e ditatorial. Vivemos o mais longo período democrático e estamos aprendendo a enxergar o que de fato impede a criação de um país mais justo e com melhor qualidade de vida. Durante séculos, tentaram culpar o povo – miscigenado, analfabeto, ignorante, malandro – pelo "atraso”. Hoje, está mais claro que nos falta uma elite disposta a empoderar o povo, libertá-lo da opressão e da exclusão em que vive, derrubar privilégios entre os mais ricos e dividir a riqueza para que alcancemos o desejado patamar de um país com mais justiça social, melhores serviços públicos, mais qualidade de vida e menos violência (sem esquecer que a desigualdade social é a maior de todas as violências).

Contra a ideologia do fracasso, das frases feitas do tipo "aqui nada dá certo”, "o Brasil é assim mesmo”, "o governo não faz nada”, "o brasileiro não trabalha”, "o povo não sabe votar” e outros chavões, há que se disseminar um sentimento de construção, de valorização do que temos de melhor, de crítica ao que precisamos mudar, mas, sobretudo, de responsabilidade pelo país que somos.

Sem ufanismo, mas também sem catastrofismo. Para isso, ajuda muito um bom jornalismo.

Inflação: Comparações Deflacionadas

Por Paulo Moreira Leite

Números mostram real do Real: inflação no governo FHC foi pior que nos governos Lula e Dilma

Estamos assistindo aos primeiros sinais de que o 20o aniversário do Plano Real deverá ser comemorado em grande estilo.

Não é para menos. No caminho da sexta eleição presidencial desde que o Real foi anunciado, o plano é uma bandeira prioritária da oposição para reivindicar a chance de retornar ao Planalto, após três derrotas consecutivas. 

Mas é um debate que os criadores do Real devem encarar com cautela. Se em duas décadas a inflação jamais retornou aos planos absurdos de 1993 (2477% ao ano) ou de 1994 (916%) a atuação do PSDB para proteger o bolso dos brasileiros, especialmente os mais humildes, aqueles que mais sofrem com a alta dos preços, foi o pior em 20 anos. Quando os dados são expurgados do prestígio e da preferência que a maioria dos analistas devota aos economistas ligados ao PSDB, verifica-se que a realidade é muito diferente. Coube a governo de FHC cravar as piores médias do período. 

Aos números: no primeiro mandato do governo Fernando Henrique, eleito a bordo da nova moeda, o IPCA foi de 22,4 em 1995, 9,5 em 1996, 5,22 em 1997 e 1,6 em 1998. Média anual: 9,3%.

No segundo mandato, a inflação subiu 8,9 em 1999, 5,9 em 2000, 7,6 em 2001 e 12,5 em 2002. Média anual: 8,6%.

No primeiro mandato do governo Lula, as altas foram de 9,3 em 2003, 7,6 em 2004, 5,6 em 2005 e 3,1 em 2006. Média anual: 6.4%

No segundo mandato do governo Lula, as altas foram de 4,4, 5,9, 4,3 e 5,9. Média anual: 5,1%

No governo Dilma, as altas foram de 6,5 em 2011, 5,8 em 2012, 5,9 em 2013 e 6,4 na projeção em 2014. Média anual prevista: 6,1%.

Colocando a avaliação no plano puramente inflacionário, está claro que os melhores números foram obtidos nos dois mandatos de Lula. O governo Dilma fica em 3o lugar, enquanto o governo FHC ocupa as piores posições.

Alguma dúvida?

Há outros pontos que podem ser lembrados. A reconstituição da vida nos primeiros anos do Real descreve um país idílico, sem problemas, sob comando firme e resoluto.

Os economistas da época adoram lembrar a inflação de 1998, a menor daquele tempo, sem mencionar que o crescimento foi de 0,04% e em 1999, 0,25%. Imagine onde foi parar o emprego -- ainda mais porque a prioridade não era proteger o mercado interno, nem reforçar a renda dos mais pobres, com essas políticas que na visão dos campeões da austeridade só aumentam o déficit público, certo? 

Terceiro presidente do Banco Central pós-Real, Armínio Fraga anunciou juros a 45% quando tomou posse. Os juros ainda foram a 24,5% em 2002 e, nos primeiros meses de 2003, já no governo Lula, tiveram de ser levado um pouquinho a mais, tamanho o descontrole deixado pelo governo anterior. A credibilidade do país era tão baixa que os candidatos de oposição tiveram de avalizar acordo com FMI que, caso contrário, não faria o empréstimo pedido por FHC no fim do governo. As reservas do país não chegavam a 20% do nível de hoje. Na passagem do primeiro para o segundo mandato, foi preciso que Bill Clinton fizesse um pedido pessoal ao Tesouro norte-americano para que saisse um emprestímo bilionário que impediu a quebra do país. 

Vamos compreender que o Real teve méritos. Mas não vamos fingir que foi uma glória que não volta mais, certo?

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Lula está chegando!


Governo Dilma gerou 5 milhões de empregos desde 2011

Do Brasil 247

O destaque para a geração de empregos formais no mês de maio, segundo dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira 24, foi para a maior baixa para o período em 22 anos. Com os números, no entanto, chega-se à seguinte soma: durante o governo da presidente Dilma Rousseff, a geração de empregos formais no País superou a marca de 5 milhões, um crescimento de 11,47% na criação de postos de trabalho entre 2011 e 2014. O número significa ainda que foram criados, por mês, uma média de 123.237 vagas com carteira assinada. Como destacou o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o Brasil mantém uma trajetória positiva, "mesmo com a falta de empregos no mundo".

Veja abaixo dados publicados pelo Blog do Planalto após a divulgação dos números de maio do Caged:

O Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mede geração de postos de trabalho com carteira assinada no País, registrou criação de 58.836 vagas em maio, valor que representa crescimento 0,14% em relação ao estoque do mês anterior. O número é o saldo entre 1,849 milhão de admissões e 1,790 milhão de desligamentos em maio.

Com o resultado de maio, a geração de empregos formais no governo Dilma Rousseff superou a marca de 5 milhões. "No período de janeiro de 2011 a maio de 2014, ocorreu um crescimento de 11,47% na geração de postos formais de trabalho alcançando 5.052.710 empregos criados, uma média mensal de geração de 123.237 postos de trabalho com carteira assinada", informou o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O Caged revela também que no acumulado do ano (janeiro a maio) houve expansão de 1,34% no nível de emprego, equivalente ao acréscimo de 543.231 postos de trabalho. Se considerados os últimos 12 meses, o aumento foi de 867.423 postos de trabalho, correspondendo à elevação de 2,15%. Com relação a maio do ano passado, no entanto, saldo de maio significa queda de 18,3%.

Trajetória positiva no cenário mundial

Os dados foram apresentados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, que destacou a média de empregos gerados mensalmente no Brasil.

"Nós atingimos cinco milhões de empregos no atual governo e vamos continuar gerando novos postos de trabalho. Mantivemos uma ótima média mensal de 123 mil empregos. Mesmo com a falta de empregos no mundo, o Brasil continua sua trajetória positiva de geração de postos de trabalho", ressaltou.

A geração de 5.052.710 no período de 2011 a 2014 demonstrado pelo Caged foi resultado originado da expansão generalizada dos vários setores de atividades econômicas, com destaque para os setores de Serviços (+2.554.078 postos), seguido do Comércio (+1.140.983 postos), da Construção Civil (+580.023 postos) e da Indústria de Transformação (+510.544 postos).

Em nível geográfico o destaque foi para o estado de São Paulo que respondeu pela criação de 1.349.271 postos de trabalho, o que representou cerca de 27% do saldo líquido do Brasil.

Números de maio

No mês de maio, foram gerados 58.836 empregos formais, um crescimento de 0,14% em relação ao estoque do mês anterior. O aumento mantém a trajetória de expansão, com um total de 1.849.591 admissões no mês e os desligamentos atingindo 1.790.755, o que resultou no resultado positivo no mês, sendo o segundo e o maior montante registrado para o período, respectivamente, o que denota a capacidade da economia de manter o número de contratações em patamar expressivo a despeito do número de desligamentos.

O mercado formal apresentou expansão do emprego em seis setores da economia, tendo quatro deles demonstrado melhor desempenho em relação aos dados de maio de 2013.

Em termos absolutos, os setores responsáveis pelo desempenho positivo no mês foram a Agricultura (+44.105 postos ou +2,79%, ante saldo de +33.285 postos em maio de 2013); o setor de Serviços (+38.814 postos ou + 0,23%, ante 21.154 postos em maio de 2013); e a Construção Civil (+2.692 postos ou +0,08%, ante uma redução de 1.877 postos no mesmo mês do ano anterior).

A Indústria de Transformação, com o declínio de 28.533 postos (-0,34%), foi o setor que mais contribuiu para o desempenho mais modesto no mês de maio.

Estados

Os dados por recorte geográfico mostram que em quase todas as regiões brasileiras ocorreu elevação no nível de emprego, com destaque para a região Sudeste com geração de 51.136 postos; a Centro-Oeste, que gerou 7.765 postos e a região Norte com criação de 4.327 postos de trabalho.

Entre os estados, 17 elevaram o nível de emprego, com destaque para o estado do Pará, com geração de +5.204 postos ou +0,66%, apresentando saldo recorde para o período dentre todas os estados, decorrente do desempenho positivo em quase todos os setores com destaque para a Construção Civil que gerou 4.846 postos; Minas Gerais com geração de 22.925 postos ou +0,53% e São Paulo que criou no mês 13.201 postos ou +0,10%.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Os 10 maiores micos da Copa do Mundo do Brasil

Por Najla Passos, da Agência Carta Maior


Na Copa do Mundo do Brasil, foram embora pro chuveiro mais cedo aqueles que torceram pelo fracasso do país. Confira alguns micos da elite e da mídia.

A Copa do Mundo do Brasil ainda não passou da primeira fase, mas já são fartas as gafes, foras e barrigadas do mundial, especialmente fora do campo.

E, curiosamente, elas nada têm a ver com as previsões das “cartomantes do apocalipse” que alardeavam que o país não seria capaz de organizar o evento e receber bem os turistas estrangeiros. Muito pelo contrário.

Os estádios ficaram prontos, os aeroportos estão funcionando, as manifestações perderam força, os gringos estão encantados com a receptividade brasileira e a imprensa estrangeira já fala em “Copa das Copas”.

Confira, então, os principais micos do mundial... pelo menos até agora!

1 - O fracasso do #NãoVaiTerCopa

Mesmo com o apoio da direita conservadora, da esquerda radicalizada, da mídia monopolista e dos black blocs, o movimento #NãoVaiTerCopa se revelou uma grande falácia. As categorias de trabalhadores que aproveitam a visibilidade do evento para reivindicar suas pautas históricas de forma pacífica preferiram apostar na hashtag #NaCopaTemLuta, bem menos antipática e alarmista. E os que continuaram a torcer contra o evento e o país, por motivações eleitoreiras ou ideológicas, amargam o fracasso: políticos perdem credibilidade, veículos de imprensa, audiência e o empresariado, dinheiro!

2 – A vênus platinada ladeira abaixo

Desde os protestos de junho de 2013, a TV Globo vem amargando uma rejeição crescente da população. E se apostava no #NãoVaiTerCopa para enfraquecer o governo, acabou foi vendo sua própria audiência desabar. Uma pesquisa publicada pela coluna Outro Canal, da Folha de S. Paulo, com base em dados do Ibope, mostra que no jogo de abertura da Copa de 2006, na Alemanha, a audiência da Globo foi de 65,7 pontos. No primeiro jogo da Copa de 2010, na África do Sul, caiu para 45,2 pontos. Já na estreia do Brasil na Copa, neste ano, despencou para 37,5 pontos.

3 – #CalaABocaGalvão

Principal ícone da TV Globo, o narrador esportivo Galvão Bueno é o homem mais bem pago da televisão brasileira, com salário mensal de R$ 5 milhões. Mas, tal como o veículo que paga seu salário, está com o prestígio cada vez mais baixo. Criticar suas narrações virou febre entre os fãs do bom futebol. E a própria seleção brasileira optou por assistir os jogos da copa pela concorrente, a TV Band. O movimento #CalaABocaGalvão ganhou ainda mais força! O #ForaGlobo também!

4 – A enquadrada na The Economist

A revista britânica The Economista, que vem liderando o ranking da imprensa “gringa” que torce contra o sucesso do Brasil, acabou enquadrada por seus leitores. A reportagem "Traffic and tempers", publicada no último dia 10, exaltando os problemas de mobilidade de São Paulo às vésperas de receber o mundial, foi rechaçada por leitores dos EUA, Japão, Holanda, Inglaterra e Argentina, dentre vários outros. Em contraposição aos argumentos da revista, esses leitores relataram problemas muito semelhantes nos seus países e exaltaram as qualidades brasileiras, em especial a hospitalidade do povo.

5 – O assassinato da semiótica

Guru da direita brasileira, o colunista da revista Veja, Rodrigo Constantino, provocou risos com o texto “O logo vermelho da Copa”, em que acusa o PT de usar a logomarca oficial do mundial da Fifa para fazer propaganda subliminar do comunismo. Virou chacota, claro. O correspondente do Los Angeles Times, Vincent Bevins, postou em seu Twitter: “Oh Deus. Colunista brasileiro defendendo que o vermelho 2014 na logo da Copa do Mundo é obviamente uma propaganda socialista”.  Seus leitores se divertiram usando a mesma lógica para apontar outros pretensos ícones comunistas, como a Coca-Cola (lol)!

6 – A entrevista com o “falso” Felipão

Ex-diretor da Veja e repórter experiente, Mário Sérgio Conti achou que tivesse tirado a sorte grande ao encontrar o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, em um voo comercial, após o empate com o México. Escreveu uma matéria e a vendeu para os jornais Folha de S. Paulo e O Globo, que a publicaram com destaque. O entrevistado, porém, era o ator Wladimir Palomo, que interpreta Felipão no programa humorístico Zorra Total. No final da conversa, Palomo chegou a passar seu cartão à Conti, onde está escrito: “Wladimir Palomo - sósia de Felipão – eventos”. Mas, tão confiante que estava no seu “furo de reportagem”, o jornalista achou que era uma “brincadeirinha” do técnico...

7 – A “morte do pai” do jogador marfinense

O jogador da costa do Marfim, Serey Die, caiu no choro quando o hino do seu país soou no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Imediatamente, a imprensa do Brasil e do mundo passou a noticiar que o pai dele havia morrido poucas horas antes. A comoção vias redes sociais foi intensa. O jogador, porém, desmentiu a notícia assim que pode. Seu pai havia morrido, de fato. Mas há dez anos. As lágrimas se deveram a outros fatores. "Também pensei no meu pai, mas é por tudo que vivi e por ter conseguido chegar a uma copa do mundo”, explicou.

8 – “Vai pra casa, Renan!”

Cheio de boas intenções, o estudante Renan Baldi, 16 anos, escolheu uma forma bastante condenável de reivindicar mais saúde e educação para o país: cobriu o rosto e se juntou aos black block paulistas para depredar patrimônio público na estreia do mundial. Foi retirado do meio do protesto pelo pai, que encantou o país ao reafirmar seu amor pelo filho, mas condenar sua postura violenta e antidemocrática. A hashtag #VaiPraCasaRenan fez história nas redes sociais!

9 – O fiasco do “padrão Fifa”

Pelos menos 40 voluntários da Copa em Brasília passaram mal após consumir as refeições servidas pela Fifa, no sábado (14), um dia antes do estádio Mané Garrincha estrear no mundial com a partida entre Suíça e Equador. Depois disso, não apareceu mais nenhum manifestante desavisado para pedir saúde e educação “padrão Fifa” no país!

10 – Sou “coxinha” e passo recibo!

Enquanto o Brasil e o mundo criticavam a falta de educação da “elite branca” que xingou a presidenta Dilma no Itaquerão, a empresária Isabela Raposeiras decidiu protestar pela causa oposta: publicou no seu facebook um post contra o preconceito e à discriminação dirigidos ao que ela chamou de “minoria de brasileiros que descente da elite branco-europeia”. “Não sentirei vergonha pelas minhas conquistas, pelo meu status social, pela minha pele branca”, afirmou.  Virou, automaticamente, a musa da “elite coxinha”.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Dilma propõe Plano de Transformação Nacionalhttp://www.pt.org.br/wp-content/uploads/2014/06/dilma-e-lula.jpg

Por Mariana Zoccoli da Agência PT de Notícias

A presidenta Dilma Rousseff anunciou, neste sábado (21), durante discurso na Convenção Nacional do PT, o Plano de Transformação Nacional, que será o principal eixo do seu programa de governo.

Segundo ela, a iniciativa engloba um conjunto de medidas que levarão o País a um novo ciclo histórico de desenvolvimento. As medidas envolvem reformas política, federativa, urbana e de serviços públicos, além de outros mecanismos capazes de produzir revoluções educacional, tecnológica e digital.

 “Temos, agora, uma oportunidade rara na história: defender os grandes resultados de um ciclo fabuloso e, ao mesmo tempo, ter força para anunciar o nascimento de um novo ciclo de desenvolvimento”, disse Dilma, no evento que oficializou sua candidatura ao Palácio do Planalto, em Brasília.

Dilma afirmou que o principal mecanismo para deflagrar uma revolução digital no país será o programa Banda Larga para Todos, que tem a meta de promover a universalização do acesso de todos os brasileiros a um serviço de internet barato, rápido e seguro.

“O programa pressupõe tanto a expansão da infra-estrutura de fibras óticas e equipamentos de última geração, como o uso da Internet como ferramenta de educação, lazer e instrumento de participação popular, nas decisões do governo”, explicou.

Ao evento político estiveram presentes lideranças do PT e partidos aliados, os governadores  Jaques Wagner (BA) e Cid Gomes (CE), candidatos ao Senado, ministros e autoridades do governo.

Além de Dilma, apenas o ex-presidente Luiz Inácio Lula  da Silva, o vice-presidente da República, Michel Temer(PMDB) e o presidente do PT, Rui Falcão, fizeram discursos.

Falcão ressaltou as realizações dos governos do PT e afirmou que não serão permitidos retrocessos. “Nem(vamos permitir) a volta a um passado de recessão, arrocho e desemprego”, afirmou aos cerca de 700 petistas que lotaram o espaço reservado para a convenção.

O vice-presidente da República, Michel Temer, reforçou a aliança entre PT e seu partido. “O PMDB tem, junto com os demais partidos, orgulho de estar ao seu lado”, afirmou.

Já o presidente Lula defendeu o governo Dilma, ressaltou as mudanças vividas pelo País nos últimos anos e conclamou a militância petista a tomar as ruas do País. “Pelo que nós fizemos, temos de ir para a rua e defender essa mulher”, disse, referindo-se à presidenta.

Reformas - Dilma justificou a inclusão da reforma federativa no conjunto de reformas estruturais propostas, sob a alegação de que um Plano de Transformação Nacional só pode se concretizar com uma ampla reforma, capaz de redefinir os papéis dos entes federados.

“Não é por acaso que alguns dos serviços públicos que apresentam mais deficiência são os que têm interface entre os governos federal, estaduais e municipais”, disse Dilma. Ela ainda destacou que é preciso reestudar e redefinir novos papéis e novas funções para os entes federados.

Dilma entende que este novo ciclo histórico já está sendo gestado, em parte, pelos programas e projetos que estão em andamento no atual governo, como o Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC), o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e o Ciência sem Fronteiras.

“É hora de construir mais futuro para o Brasil e ampliar a extraordinária transformação, pacífica, que estamos fazendo há mais de uma década”, declarou.

“Nosso Plano de Transformação Nacional será a ampliação do grande conjunto de mudanças que estamos realizando, junto com o povo brasileiro”, completou.

Educação - A presidenta voltou a defender a valorização dos professores para transformação e melhoria do sistema público de educação. Ela destacou que o governo federal já começou este processo com a destinação de 75% dos royalties do petróleo e do 50% do excedente do pré-sal à educação.

“Este novo ciclo fará o ingresso decisivo do Brasil na sociedade do conhecimento, cujo pilar básico é uma transformação na qualidade da educação”, explicou Dilma.

O novo ciclo, garantiu Dilma, vai manter dois pilares básicos das gestões petistas: solidez econômica e amplitude das políticas sociais.  A presidenta defendeu a transformação nacional com foco, também, em ‘romper as amarras da burocracia’ no Brasil. “É necessário tornar o Estado brasileiro, não um estado mínimo, mas um Estado eficiente, transparente e moderno”, explicou.

Paz  - A presidenta convocou a militância a fazer uma campanha de paz. Ela disse nunca ter feito política com ódio, nem mesmo durante a ditadura, quando foi torturada. “No Brasil, as grandes vitórias são construídas com o fermento da alegria e do otimismo.”, disse Dilma. Não deixemos o ódio prosperar em nossas almas”, disse.

“Eu preciso de mais quatro anos para poder completar uma obra à altura dos sonhos e desafios do Brasil”, encerrou.

Leia a íntegra do discurso da presidenta Dilma.

Lula diz que agressões a Dilma aumentaram disposição para a campanha

Por Edson Luiz, da Agência PT de Notícias

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu empenho da militância do PT para eleger a presidenta Dilma Rousseff. Ele falou sobre as qualidades de sua sucessora, que sofreu durante a ditadura, mas que se tornou chefe da Nação. Lula afirmou que é necessário mostrar, principalmente para os mais jovens, o trabalho e as mudanças realizadas nos últimos anos.

“Está chegando o momento, Dilma, em que a gente vai provar, mais uma vez, que é possível uma presidenta e um ex-presidente terminarem o mandato sem que haja nenhum atrito entre os dois”, disse Lula na abertura de seu discurso, durante a convenção nacional do PT, neste sábado (21), em Brasília. No evento, foi confirmada a candidatura da presidenta à reeleição.

“É uma demonstração que é possível o criador e criatura viverem juntos em harmonia”, completou.

Antes de começar sua fala, o ex-presidente fez a apresentação de um vídeo onde uma catadora de papel de Minas Gerais elogia a festa ocasionada pela Copa do Mundo. Lula usou o depoimento para mostrar que os ataques sofridas por Dilma durante a abertura da Copa do Mundo, em São Paulo, partiu de uma minoria que não acreditava que tudo estaria funcionando até o início da competição.

“Eles nunca acreditaram que a Dilma pudesse ser presidenta da República”, afirmou Lula.

Ele afirmou que as agressões à presidenta deram a ele ainda mais disposição para fazer a campanha de Dilma.

Segundo o ex-presidente, todos os dias o governo tem que dar lições para a oposição, fazendo coisas que eles nunca fizeram em anos passados. Lula afirmou que as eleições deste ano serão difíceis, mas esse discurso será mudado. Ele ressaltou que o PT defende um projeto que não é do partido nem dele próprio, mas que já vem de muitos anos.

“É um projeto de pessoas que queriam mudanças no País e que morreram por causa disso”, afirmou Lula, citando alguns políticos como exemplo e cidadãos que lutaram pela democratização do País.

“A Dilma sobreviveu a isso e veio para governar o País e provar que é possível fazer coisas que antes nunca fizeram”, observou o ex-presidente.

Ele pediu à militância que mostre para os brasileiros o que foi feito pelo governo em 12 anos. Ele deu vários exemplos de realizações, como os programas sociais, habitação e melhoria na educação, entre outros, ressaltando que a população subiu mais degraus na escala social.

“Em todo século 20, eram três milhões de estudantes, e em 12 anos, elevamos para sete milhões”, exemplificou. Além disso, Lula falou sobre o combate à corrupção, afirmando que o governo do PT foi o que mais criou mecanismos para acabar com este tipo de crime no País.

Militância reafirma candidatura de Dilma à Presidência

Por Alessandra Fonseca, da Agência PT de Notícias

O sentimento de companheirismo e reencontro marcou a Convenção Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). Militantes do País inteiro estiveram presentes na oficialização da campanha à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Na manhã deste sábado (21), o Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília, foi pequeno para as quase 700 pessoas empolgadas e certas de mudança.

Delegados dos 27 estados compareceram ao evento que marca o início da corrida eleitoral de 2014. O presidente Nacional do PT, Rui Falcão,  destacou a importância da “militância fervorosa do PT” na transformação brasileira, nas ruas e nas redes. “Nossa vitória depende de cada um de vocês”, disse Rui Falcão.

A assistente social do Recanto das Emas (DF), Lucimar Martins, disse  acreditar no PT porque sabe que só ele é capaz de trazer as melhorias necessárias ao País. “É diferente trabalhar com um governo com programas concretos contra a pobreza”, afirmou.

Para a coordenadora da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia, Marta Rodrigues, o trabalho realizado pela presidenta Dilma Rousseff em defesa da mulher a faz querer continuar nas lutas junto com o PT. “As conquistas das mulheres nos últimos anos foram gigantes, em especial no combate à violência contra mulher”, afirmou Marta.

Além da presidenta Dilma Rousseff, estiveram presentes o ex-presidente Lula, governadores, partidários e aliados. Na ocasião,  os delegados e delegadas do PT homologaram a candidatura de Dilma e do vice-presidente Michel Temer (PMDB).

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Quem tem medo da participação popular?

Do Brasil 247

O papel, como se sabe, aceita tudo. Neste momento, em editorais como o da edição atual da revista Veja, do empresário Gianca Civita, no rancor de um dos herdeiros do que vai restando do jornal O Estado de S. Paulo, Fernão Mesquita, e em diferentes páginas da mídia tradicional e familiar, o papel está aceitando uma grande distorção factual provocada pelo viés ideológico. Trata-se do enfoque dado ao decreto 8,243, assinado no mês passado pela presidente Dilma Rousseff, que estabelece a Política Nacional de Participação Popular.

Classificado como a criação de soviets no Brasil, de ultrapassagem dos poderes constitucionais do Congresso e, é claro, de "golpe contra a democracia", o decreto nem sequer dá abertura para este tipo de teoria da conspiração. Na medida em que reconhece os conselhos populares como fontes capazes de formular e garantir a aplicação de políticas sociais, a iniciativa simplesmente dá praticidade a diferentes artigos da Constituição de 1988. O texto central da democracia brasileira estabelece como forma legítima de participação da população a criação de organismos para o maior ativismo social. Nada de novo em relação ao que os constituintes eleitos pelo povo deixaram em aberto 26 anos atrás. Cabia tanto à sociedade quanto ao governo tornar aquelas palavras em verdade material. É o que aconteceu agora.

No ano passado, quando as manifestações de junho alertaram todo o País sobre as muitas fissuras existentes entre o desejo popular e a realização oficial, formou-se um consenso em torno da necessidade de se dinamizar formas de maior participação coletiva nas instâncias decisórias. Pensou-se até mesmo em candidaturas avulsas à Presidência da República. Todas as ilações extraídas das passeatas foram respeitadas pela mídia tradicional, atenta à imensa perda de leitores que uma trombada com as ruas iria provocar.

De uma hora para outra, a mesma Veja agora taxa de soviets o que, na verdade, são associações de moradores de bairros de grandes cidades, entidades de classe formadas à margem dos sindicatos cartoriais e formações legítimas do público em torno de suas realidades locais. Antes, porém, diante do calor emanado pelas ruas, cobrava-se uma ligação maior entre o governo e as massas – e dizia-se, com todas as letras, que isso não seria feito com êxito apenas por meio da eleição de vereadores, deputados, senadores e cargos executivos como os de prefeitos, governadores e presidente. Não houve que não avaliasse, corretamente, que era preciso ampliar a forma de representatividade do governo nas cúpulas decisórias.

É exatamente essa ampliação de representatividade com legitimidade que o decreto 8.243 oferece à sociedade. Mais uma válvula de escape, mais um canal de diálogo. Em lugar de golpe contra a democracia, como situa Fernão Mesquita, o ex-diretor do finado Jornal da Tarde, que ele próprio conduziu ao abismo, o que se tem é exatamente o contrário. O gesto da presidente Dilma, ainda mais corajoso na medida que, já se sabia, insere mais um ruído contra ela na mídia tradicional, apenas aprofunda e dissemina a democracia brasileira.

Até os Estados Unidos, maior democracia do mundo, já estudam estabelecer a prática de orçamento participativo em suas ações de governo. Na Europa, as consultas populares diretas são frequentes na forma de plebiscitos e referendos. A Política Nacional de Participação Popular segue nessa mesma direção. O público que está organizado ou passar a se organizar em torno de bandeiras próprias e específicas sabe, a partir de agora, que jamais estará agindo de maneira clandestina ou ilegal e, mais ainda, recebe um mecanismo constitucional, criado à luz do dia, para exprimir e fazer valer suas necessidades. O que se vê além disso, como comunismo ou bolivarianismo, são apenas manifestações do atávico, histórico medo que as elites do povo. Era esperado.

Dilma: Brasil venceu os principais obstáculos rumo à Copa

terça-feira, 3 de junho de 2014

Lula: "No segundo mandato a Dilma terá de fazer coisas novas"

Da Carta Capital

Antes de mais nada, impressiona a paixão. Aos 68 anos, Luiz Inácio Lula da Silva não perdeu o vigor com que arengava à multidão reunida no gramado da Vila Euclides no fim dos anos 70. E nos momentos em que sustenta algo capaz de empolgá-lo, ocorrência frequente, aperta com força metalúrgica o pulso do entrevistador mais próximo, como se pretendesse transmitir-lhe fisicamente sua emoção. Assim se deu nesta longa entrevista que o ex-presidente Lula deu a CartaCapital. No caso de Mino, esta foi mais uma das inúmeras, a começar pela primeira, em janeiro de 1978.

CartaCapital: O senhor enxerga alguma relação entre a Copa do Mundo e a eleição? Se enxerga, por que e de que maneira?

Lula: Eu acho difícil imaginar que a Copa do Mundo possa ter qualquer efeito sobre a preferência por este ou aquele candidato. Por outro lado, se o Brasil perder, acho que teremos um desastre similar àquele de 1950. Temo uma frustração tremenda, e a gente não sabe com que resultado psicológico para o povo. Em 50 jogaram o fracasso nas costas do goleiro Barbosa.

CC: Em primeiro lugar do Bigode.

Lula: O Barbosa carregou por 50 anos a responsabilidade, e morreu muito pobre, com a fama de ter sido quem derrotou o Brasil. É uma vergonha jogar a culpa num jogador. Se o Brasil ganha, a campanha passa a debater o futuro do País e o futebol vai ficar para especialistas como eu.

CC: E as chamadas manifestações?

Lula: Ainda há pouco tempo a gente não esperava que pudessem acontecer manifestações. E elas aconteceram sem qualquer radicalização inicial, porque as pessoas reivindicavam saúde padrão Fifa, educação padrão Fifa, poderiam ter reivindicado saúde padrão Interlagos, quando há corrida, ou padrão de tênis, Wimbledon, na hora do tênis. Eu acho que isso é até saudável, o povo elevou seu padrão reivindicatório. E é plenamente aceitável dentro do processo de consolidação democrático que vive o Brasil. Eu acho que, ao realizar a Copa, o governo assumiu o compromisso de garantir o bem-estar e a segurança dos brasileiros e dos torcedores estrangeiros. Quem quiser fazer passeata que faça, quem quiser levantar faixa, que levante, mas é importante saber que, assim como alguém tem o direito de protestar, o cidadão que comprou o ingresso e quer ir ver a Copa tenha a garantia de assistir aos jogos em perfeita paz.

CC: O povo brasileiro amadureceu e nós entendemos que o resultado da Copa será bem menos importante do que foi em 1950. Mesmo que a Seleção perca, não haverá tragédia. Deste ponto de vista. Efeitos sobre as eleições podem ocorrer em função das chamadas manifestações.

Lula: Eu tenho certeza de que a presidenta Dilma e os governos estaduais estão tomando toda a responsabilidade para garantir a ordem. Com isso podemos ficar tranquilos, é questão de honra para o governo brasileiro. O que está em jogo é também a imagem do Brasil no exterior. De qualquer maneira, acho que não vai ter violência, e, se houver será tão marginal a ponto de ser punida pela própria sociedade. Agora se um sindicato quer fazer uma faixa “abaixo não sei o quê, 10% de aumento”, é seu direito. Eu me lembro que disse ao ministro José Eduardo Cardozo, quando começou a se aventar a possibilidade de uma lei contra os mascarados: “Olha, gente, nem brincar com lei contra mascarados porque a primeira coisa que iremos prejudicar vai ser o Carnaval, não os mascarados”. A Constituição e o Código Penal definem claramente o que é ordem e o que é desordem e, portanto, o governo tem mecanismos para evitar qualquer abuso. Recomenda-se senso comum. Nesses dias tentaram até confundir uma frase minha sobre uma linha de metrô até os estádios. Em 1950, no Maracanã cabiam 200 mil pessoas, mais de duas vezes as assistências atuais. É verdade, havia menos carros nas ruas, infinitamente menos carros, mas também não havia metrô.

CC: De todo modo, vale a pena realizar uma Copa?

Lula: Discordo daqueles que defendem a Copa no Brasil dizendo que vão entrar 30 bilhões, ou que geraremos novos empregos. O problema não é econômico. A Copa do Mundo vai nos permitir, no maior evento de futebol do mundo, mostrar a cara do Brasil do jeito que ele é. O encontro de civilizações, o resultado dessa miscigenação extraordinária entre europeus, negros e índios que criou o povo brasileiro. Qual é o maior patrimônio que temos para mostrar? A nossa gente.

CC: Em que medida essas manifestações nascem do fato de que houve uma ascensão econômica? Aqueles que melhoraram de vida reivindicam mais saúde, mais educação.

Lula: Eu acho que não há apenas uma explicação para o que está acontecendo. Precisamos aprender a falar com o povo, para que entenda o momento histórico. O jovem hoje com 18 anos tinha 6 anos quando ganhei a primeira eleição, 14 anos quando deixei de ser presidente da República. Se ele tentar se informar pela televisão, ele é analfabeto político. Se tentar se informar pela imprensa escrita, com raríssimas exceções, ele também será um analfabeto político. A tentativa midiática é mostrar tudo pelo negativo. Agora, se nós tivermos a capacidade de dizer que certamente o pai dele viveu num mundo pior do que o dele, e se começarmos a mostrar como a mudança se deu, tenho certeza de que ele vai compreender que ainda falta muito, mas que em 12 anos passos adiante foram dados.

CC: O governo não soube se comunicar?

Lula: Eu acho. Eu de vez em quando gosto de falar de problema histórico, para a gente entender o que de fato aconteceu neste país. Já disse e repito: Cristóvão Colombo chegou em Santo Domingo, em 1492, e em 1507 ali surgia a primeira faculdade. No Peru, em 1550, na Bolívia, em 1624. O Brasil ganhou a primeira faculdade com dom João VI, mas a primeira universidade somente em 1930. Então você compreende o nosso atraso. Qual é nosso orgulho? Primeiro, em 100 anos, o Brasil conseguiu chegar a 3 milhões de estudantes em universidades. Nós, em 12 anos, vamos chegar a 7,5 milhões de estudantes, ou seja, em 12 anos, nós colocamos mais jovens na universidade do que foi conseguido em um século. Escolas técnicas. De 1909 até 2002, foram inauguradas 140. Em 12 anos, nós inauguramos 365. Ou seja, duas vezes e meia o número alcançado em um século. E daí você consegue imaginar o que significa o Reuni ao elevar o número de alunos por sala de aula, de 12 para 18. Ou o que significa o Ciência Sem Fronteiras, o Fies: 18 universidades federais novas. Pergunta o que o Fernando Henrique Cardoso fez? Se você pensar em 146 campi novos, chegará à conclusão de que foi preciso um sem diploma na Presidência da República para colocar a educação como prioridade neste País. Nós triplicamos o Orçamento da União para a educação. É pouco? É tão pouco que a presidenta Dilma já aprovou a lei permitindo 75% dos royalties para a educação. É tão pouco que a Dilma criou o Ciência Sem Fronteira para levar 65 mil jovens a estudar no exterior. É tão pouco que ela criou o Pronatec, que já tem 6 milhões de jovens se preparando para exercer uma profissão. Isso tudo estimula essa juventude a querer mais. Tem de querer mais. Quanto mais ela reivindicar, mais a gente se sente na obrigação de fazer. Quem comia acém passou a comer contrafilé e agora quer filé. E é bom que seja assim, é bom que as pessoas não se nivelem por baixo. Eu sempre fui contra a teoria de que é melhor pingar do que secar. Quanto mais o povo for exigente e reivindicar, forçará o governo a fazer mais.

O que é ruim? A hipocrisia. Nós temos um setor médio da sociedade, que ficou esmagado entre as conquistas sociais da parte mais pobre da população e os ricos, que ganharam dinheiro também. A classe média, em vários setores, proporcionalmente ganhou menos. Toda vez que um pobre ascende um degrau, quem está dez degraus acima acha que perdeu algumas coisas. A Marilena Chauí tem uma tese que eu acho correta: um setor da classe média brasileira que às vezes também é progressista, do ponto de vista social, mas não aprendeu a socializar os espaços públicos e então fica incomodado.

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Perereca da Vzinha: gastos com viagens internacionais aumentam 360% com Jatene

Da Perereca da Vizinha

É um vidão maravilhoso, regado a muito Moët&Chandon – e quem paga é você, desalentado contribuinte.

Na semana passada, o tucano Simão Jatene, que governa o Pará, estado que possui o terceiro pior  Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil, viajou até a esfuziante Paris, a 7.412,43 km de Belém, a capital do estado, para receber um pedaço de papel: o certificado da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de que o Pará é área livre da febre aftosa.

É verdade que o certificado é importantíssimo para que o estado (dono do quinto maior rebanho do país) possa turbinar ainda mais as suas exportações.

Mesmo assim, a viagem de Jatene provocou espanto: afinal, até agora ninguém conseguiu encontrar um só motivo administrativo de peso para que o governador viajasse a Europa, para receber um documento que poderia ser enviado pelo correio (ou até mesmo por email).

Daí as especulações oposicionistas de que o real motivo da viagem seria a gravação de imagens televisivas, para a campanha de reeleição de Jatene. Em outras palavras: uso da máquina para propaganda eleitoral.

O deslocamento a Paris provocou gastos com diárias e passagens aéreas para o governador e pelo menos mais 7 pessoas: os secretários de Comunicação e de Agricultura, Daniel Nardin e Andrei Castro; o diretor-geral da Adepará (Agência de Defesa Agropecuária), Sálvio Freire, e mais dois diretores da instituição, Ivaldo Santana e Gláucio Galindo; o  tenente-coronel Cesar Mello (ajudante de ordens de Jatene); e o assessor especial Mário Moreira.

E embora tudo tenha sido pago com dinheiro público, ninguém ainda sabe dizer ao certo quanto custou.

No entanto, é bem possível que a visitinha à capital francesa tenha consumido pelo menos R$ 80 mil.

E como a solenidade de entrega do certificado durou apenas 60 minutos, isso quer dizer que a despesa ficou em R$ 1.333,33 por minuto para os cofres públicos paraenses – ou muito, mas muito mais do que os R$ 0,33 centavos que Jatene investe por dia, por cidadão do Pará.

E mais: a maioria da comitiva de Jatene recebeu por dia, para gastar em Paris, mais de 1 salário mínimo – ou mais do que recebe a esmagadora maioria da população paraense por um mês inteiro de trabalho.

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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Não existia combate à corrupção política antes do governo Lula

Por Antonio Lassance, Carta Maior

A corrupção ainda é um grave problema no Brasil porque o combate à corrupção ainda está em sua infância. Tem pouco mais de 10 anos.

É a partir do governo Lula que se cria a Controladoria Geral da União; a Polícia Federal multiplica seu efetivo e o número de operações; e as demissões de servidores envolvidos em ilícitos se tornam regra, e não exceção.

É bem verdade que, antes, já existiam a Polícia Federal, o Ministério Público e uma Corregedoria-Geral da União. Mas alguém conhece alguma estatística relevante dessa época? Não existe. O combate à corrupção no governo FHC é traço.

A única estatística mais polpuda daquela época é a do ex-procurador-geral da República de FHC, Geraldo Brindeiro, que, até 2001, tinha em suas gavetas mais de 4 mil processos parados - fato que lhe rendeu o apelido de “engavetador-geral da República”.

De 2003 a 2013, compreendendo os governos de Lula e Dilma, a expulsão de servidores acusados de corrupção quase dobrou, passando de 268, em 2003, para 528, em 2013.

Gráfico 1 - Servidores expulsos do serviço público (2003-2013)
Dados da CGU, disponíveis no Relatório de acompanhamento das punições expulsivas aplicadas a estatutários no âmbito da administração pública federal. http://www.cgu.gov.br/Correicao/RelatoriosExpulsoes/Punicoes_2003-2013.pdf


As operações da Polícia Federal saltaram de 9, em 2003, para mais de 200, a partir de 2008 (dados da Polícia Federal  http://www.dpf.gov.br/agencia/estatisticas).

Gráfico 2 - Operações da Política Federal e número de servidores presos (2003-2012)
 
Fonte: dados da Polícia Federal, em gráfico produzido em estudo do Instituto Alvorada: http://institutoalvorada.org/transparencia-e-combate-a-corrupcao-nos-governos-lula-e-dilma/

Antes de 2003, se os escândalos envolvessem políticos, aí é que não acontecia nada vezes nada. Apenas dois casos podem ser citados com algum destaque na atuação da PF.

O primeiro foi a prisão de Hildebrando Pascoal, em 1999. Hildebrando era deputado pelo então PFL (hoje DEM) no estado do Acre e acabou condenado por chefiar um grupo de extermínio. Ficou célebre pela sessão de tortura em que uma pessoa teve os olhos perfurados; as pernas, os braços e o pênis amputados com uma motosserra; e um prego cravado na cabeça.

O outro foi o caso Lunus, a operação da PF de março de 2002 que vasculhou a sede da construtora Lunus, de propriedade da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, então no PFL. Naquele ano, Roseana era candidata à Presidência da República e estava bem melhor posicionada nas pesquisas do que o candidato do PSDB, José Serra. A operação foi coroada de êxito: criou um escândalo que sepultou a candidatura de Roseana.

O PSDB, que se diz contra o aparelhamento do Estado para fins partidários, tinha à frente da PF o delegado Agílio Monteiro Filho, que se candidataria a deputado federal pelo PSDB no mesmo ano de 2002.

Não existia combate à corrupção política antes de 2003. Isso é coisa do Lula e dessa tal Dilma Rousseff, hoje acusados de fazerem pouco justamente por aqueles que não fizeram nada além de aparelharem o Estado para fins partidários.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Jefferson Monteiro: Dilma Bolada não está a venda!

O ativista digital Jeferson Monteiro, que há 4 anos criou e mantém o perfil fake do bem Dilma Bolada, postou um depoimento no seu perfil pessoal no Facebook onde denuncia uma manobra para compra de militantes virtuais. Leia abaixo as revelações de Jefferson e confira clicando aqui a postagem no Facebook. Força, Jeferson: lealdade não se compra, se conquista!

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Pois bem, como todos sabem há 4 anos eu criei a Dilma Bolada. Desde então minha vida mudou muito devido a isso. Conheci diversas pessoas, lugares e aprendi um monte de coisa. A minha personagem trouxe uma releitura da vida cotidiana da mulher que governa o nosso país, o tom pessoal sempre foi o mesmo, a exaltação e exacerbação da figura de poder de Dilma. Dilma essa que eu sempre admirei, ainda quando Ministra do Presidente Lula, e que resolvi lá em 2010 criar uma conta fake para assegurar o nome de usuário para que terceiro não o usassem de má fé. Bem, o resto dessa história vocês já sabem.

Tudo ocorrera muito bem até que a repercussão e a influência da Dilma Bolada começou a ganhar destaque na mídia de uma forma geral. Isso acabou atraindo a atenção de pessoas que não simpatizavam com a Dilma verdadeira, a Presidenta. Em meados do ano passado, eu tive um sério problema com uma pessoa chamada Pedro Guadalupe(que hoje trabalha para o PSDB). Pra quem não sabe, Guadalupe é um auto-intitulado "marketeiro digital" que atua em Minas Gerais(mas na verdade a especialidade dele é mesmo comprar uns bots, inflar páginas, spam, umas montagens ~engraçadas~ toscas tudo com o engajamento tendendo a zero). Ele já trabalhou para o PT e agora está com o PSDB. Pois bem, ano passado esse mesmo Pedro Guadalupe criou uma página também chamada "Dilma Bolada" e ameaçou dizendo que caso eu não me juntasse a ele e apoiasse quem ele apoiava, ele iria tomar o nome "Dilma Bolada" de mim e derrubar a minha solicitação de registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial(INPI), ele não apenas me mandou mensagens dizendo como expôs isso no Twitter onde todos puderam ver o caráter do sujeito. Eu, obviamente, ignorei e tudo que ele falara foi de fato um blefe.

Dito isto, vamos aos fatos:
Há algumas semanas uma agência de publicidade entrou em contato comigo para conversar. Eu naturalmente aceitei porque é normal as agências procurarem blogueiros e influenciadores para parcerias, eventos, etc. Então, um dos diretores então marcou uma reunião por videconferência e me explicou do que se tratava: a agência que administra diversas páginas aqui no Facebook disse que estava interessada em me convidar para o "casting" deles pois viam em mim um "potencial muito grande". Primeiramente eles quiseram saber se eu estava coordenando ou tinha algum contato com a direção do PT, ao negar eles foram direto ao assunto: a agência tinha um plano de venda de apoio político das suas páginas para as Eleições Presidenciais deste ano. Ou seja, diversas páginas que todos curtem, gostam e recebem conteúdo diários, iriam fazer campanha eleitoral para o candidato que fechasse um contrato milionário com eles e iria assim difamar os opositores, praticamente um "mensalet". Na hora que ele me disse isso, eu fiquei meio que sem reação. A naturalidade com que tudo era dito, era realmente inacreditável. Quando eu pedi para que me fosse detalhado o plano, ele me adiantou que já havia tentado fazer acordou ou reunião com a Equipe do PSB(Eduardo Campos) e PT(Dilma Rousseff) mas que não obtivera sucesso. Contudo, ele afirmou que o PSDB de Aécio Neves ficou muito interessado na transição e que havia chances de fecharem com eles. Eu concordei e disse que era bem o estilo tucano de ser e que provavelmente obteriam sucesso nas negociações.

Ao fim da conversa, ele perguntou se eu toparia fazer parte dos "talentos" dele para que fosse feita a negociação com a turma do PSDB. Para a supresa dele eu aceitei. Por sua reação ele provavelmente deu pulos de alegria. Ele não estava acreditando que já tinha o maior trunfo nas mãos: eu, com a Dilma Bolada, para o ninho tucano. (HAHAHA - SABE DE NADA INOCENTE!)

Aos finalmentes: uns dias depois, o cara me retorna o contato dizendo que falou com o Pedro Guadalupe, membro da equipe digital de Aécio Neves, que por sua vez queria falar comigo. Nem deu tempo d'eu responder: o próprio Pedro Guadalupe me enviou um e-mail ansioso se fazendo de amigo, no melhor estilo "lobo em pele de cordeiro" num cinismo sem igual e como se nunca tivesse feito nada pra mim, querendo saber se era mesmo verdade que Dilma Bolada, estava a venda para aproveitar a personagem e usar o seu "capital político/poder para mudar opiniões" dos internautas. Confirmei que eu tinha falado com a Agência e que tudo deveria ser tratado por via dela. A tal agência, por sua vez, disse que eles queriam que eu assinasse um CONTRATO DE EXCLUSIVIDADE para garantir uma amarra da Dilma Bolada a eles e que pudessem efetuar a transação com os tucanos. Eu, é claro, não assinei coisa alguma. Fui em frente, levando a coisa só pra saber até onde ia a cara de pau. Informei que só assinaria após que estivesse tudo acertado e depois que falassem de como seria de fato o tal esquema. Diante disso, na semana passada, a Agência combinou com Pedro Guadalupe uma reunião com os dirigentes responsáveis pelo veredicto final...

Pra mim foi o bastante. Eu, como vocês podem ver, não esperei o tal veredicto. Resolvi expor tudo isso aqui porque eu há mais de 1 ano venho sido constantemente atacado por pessoas dessa corja. Sujos e cínicos que têm a capacidade de inventarem mentiras absurdas que vão desde histórias de que mantenho "ligação direta com a Presidenta" até "de sou pago com o dinheiro público e recebo R$120 mil/mês" como foi dito recentemente num blog de simpatizantes tucanos. Não Pedro Guadalupe, eu não quero o dinheiro sujo de vocês. Diferentemente de você eu tenho caráter. Mas é esse o tipo de gente, que Aécio que diz com a maior cara de pau do mundo que "não vai tolerar campanha suja na internet" mantém na equipe, em contato constante com sua irmã, fazendo o possível e impossível para atacar a honra das pessoas e espalhar todo esse chorume de desinformação na internet. É lamentável que tenhamos chegado a um ponto tão baixo.

Por fim, eu queria dizer que nem todo mundo tem seu preço. E que eu e nem a minha criação estão a venda, nunca estiveram. Eu esperei ansiosamente pra escrever isso: vocês podem comprar quem quiserem mas a mim não. O que eu faço não há dinheiro no mundo que pague. Vocês deveriam ter sido um pouquinho mais espertos e terem tido o feeling pra saber que eu não sou e nunca vou ser como vocês. Lealdade não se compra e nem se vende.
RALA TUCANADA!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Programa do PT vai ao ar

Ontem foi dia do povo brasileiro assistir mais um programa do PT. A peça foi ar em horário nobre e mostra que o PT é a verdadeira mudança, a mudança pra melhor. A mudança que a oposição oferece é a oposição para o passado, que todos nós conhecemos e para onde não queremos voltar. Assista ao programa no link abaixo.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Propaganda partidária do PT Pará vai ao ar

Foram ao ar mais duas inserções do PT Estadual neste ano. Confira os Vts abaixo:







Mensagens entre jornalista e marketeiro oficial revelam compra de opiniões

O que poderia ser um simples descuido se tornou a revelação de uma grande farsa. Travestido de jornalista ético e probo, colunista do jornal O Liberal se revela ser mais um apaniguado do governador. Através da agência de publicidade contratada para gerenciar as verbas milionárias de publicidade do governo estadual, jornalista Ronaldo Brasiliense recebe mensalmente cerca de 70 mil reais mensais em seu jornal, O Paraense. Brasiliense é conhecido por combater políticos adversários de Simão Jatene.

Tudo aconteceu após uma passagem do repórter pela cidade de Santarém. Depois de algumas horas em uma lan house, Brasiliense teria deixado seu email aberto. Não suspeitava que o usuário seguinte, ao se deparar com o conteúdo explosivo das mensagens trocadas entre o escriba e o marketeiro oficial, Orly Bezerra, faria prints das mensagens e divulgaria na internet. O conteúdo foi parar nas mãos do blogueiro Paulo Leandro Leal, do blog VioNorte, que disparou a postagem “BASTIDORES DO PODER: A relação nada republicana entre o Governo do Pará, o jornalista Ronaldo Brasiliense, o marqueteiro do governo e o jornal O Liberal”.

Na postagem Leal revela: mensalmente Brasiliense recebe 70 mil reais para publicar ataques contra os opositores do Jatene no panfleto O Paraense, que dirige. E mais: o conteúdo da coluna Por Dentro, publicada a cada domingo no jornal O Liberal, é previamente autorizado por Orly. As suspeitas dessa relação nada republicana eram conhecidas de todos, mas jamais foram confirmadas. Agora tudo fica claro. 



Numa das mensagens vazadas, Brasiliense pede licença a Orly para atacar o companheiro Paulo Rocha, candidato ao senado pelo meu partido, o PT. No dia 1º de abril, Brasiliense envia uma mensagem a Orly, com o seguinte conteúdo:

- Orly, caro.
- Dá uma olhada ai e comenta.
- É o abre da minha coluna de domingo.
- Abraços. Ronaldo.

Na sequência, o conteúdo de uma matéria sobre a candidatura de Paulo Rocha, intitulada “Paulo Rocha pode estar inelegível”. Em resposta ao e-mail, Orly responde:

- Acho que a sua análise ta correta.



Brasiliense, tal qual um juiz eleitoral, tem anunciado constantemente a inelegibilidade dos opositores de Jatene, inclusive a minha. Numa mistura de juridiquês e malabarismo político, Brasiliense, semana sim, semana não, tenta provar que ninguém poderá sair candidato. Tudo articulado com Orly.

As mensagens revelam ainda que a Agência Pará de Notícias, órgão oficial de informação do governo estadual, se tornou uma braço armado da campanha à reeleição dos tucanos. Outro blogueiro do oeste do Pará, Alaílson Muniz, contratado como correspondente pela Secom, pede a ele que envie uma matéria ofensiva a Jader para ser publicada em sua página.
 


A repercussão do escândalo é grande na internet e nas redes sociais. Nos blogs do deputado Parsifal Pontes e no próprio VioNorte, comentarista que se identifica como sendo o próprio Brasiliense ameaça quem divulgar as mensagens com processos judiciais. Contudo, o comentarista não nega o conteúdo das mensagens.

Com essas revelações, a lisura da comunicação oficial está posta em xeque. Quantos outros blogueiros e jornalistas recebem mimos da comunicação oficial para assumir um lado na disputa política? Jatene, que veste a máscara de democrata dia e noite, até agora não se pronunciou, nem seu secretário de comunicação. Como reagirá? Vai esconder o escândalo mais uma vez, ou afastará essa figura pusilânime de seu governo? Com a palavra o tucano.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

A Copa é boa para o Brasil sim!

Do site Muda Mais

Desde 2010 o governo investiu R$ 968 bilhões em educação, saúde e infraestrutura. E como a nova onda é a de somar, ainda foram investidos R$ 17,6 bilhões em toda a infraestrutura envolvendo a Copa.

Em educação, por exemplo, o governo entregou 1.300 creches até o início desse ano e outras 3.100 estão em construção. São 49 mil escolas com ensino de tempo integral e o objetivo é chegar a 60 mil até o fim do ano. Para aperfeiçoar o ensino, professores alfabetizadores estão sendo preparados para ajudar as crianças a chegar ao 8 anos de idade já sabendo ler e fazer as operações básicas de matemática.

Adicione a isso a retomada dos investimentos para o ensino técnico, com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec). Sozinho e com pouco mais de dois anos de existência, recebeu R$ 14 bilhões de investimentos, opa... muito mais do que foi investido em todos os estádios da Copa (R$ 8 bilhões). Além disso, foram criadas novas escolas técnicas federais e novas universidades. Poderíamos até parar por aqui, mas tem muito mais. Com a criação do Sistema de Seleção Unificada, que oferece vagas de ensino superior com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), muito mais gente conseguiu conquistar um diploma. Isso sem contar os programas como o ProUni e o Ciência sem Fronteiras.

Assim como à educação, os investimentos em saúde têm várias frentes. Por exemplo, são 10.121 novas unidades de saúde, outras 8.506 estão sendo ampliadas e mais 8.349 reformadas, com investimentos que chegam a R$ 3,5 bilhões. Outro programa é a Rede Cegonha, que já atendeu 2,6 milhões de gestantes, em mais de 5 mil municípios. Lançado em 2011, tem o objetivo de oferecer às gestantes do Sistema Único de Saúde (SUS) um atendimento cada vez mais qualificado e humanizado. Para a aplicação, foram investidos inicialmente R$ 9,4 bilhões.

Tem ainda o Brasil Sorridente, que já beneficiou 80 milhões de pessoas em todo o país e é considerado o maior programa bucal do mundo, com mil Centros de Especialidades Odontológicas e 23.150 equipes de saúde bucal, que atendem inclusive nas Unidades Básicas de Saúde. Até o final de 2014, terão sido investidos R$ 3,6 bilhões no programa. É claro, tem ainda o Mais Médicos, que levou 13.235 profissionais a 4040 municípios e também os investimentos em pesquisas  – R$ 248,7 milhões para encontrar soluções inovadoras a serem aplicadas ao SUS.

Quanto a mobilidade urbana, foram investidos R$ 143 bilhões em 3.859 km de vias para transporte coletivo urbano, seja sobre trilhos, pneus ou corredores fluviais. A prioridade está em empreendimentos de transporte público coletivo, de alta e média capacidade e que atendam áreas com população de baixa renda.

A esses R$ 143 bilhões somam-se R$ 8 bi que envolvem 42 projetos do escopo Copa do Mundo. Eles garantiram 17 novos corredores e vias expressas, 5 novas estações e terminais de trens e metrôs, 13 BRTs e 2 VLTs, obras essenciais, ainda que o mundial não fosse no Brasil e que beneficiarão 62 milhões de pessoas.

Os aeroportos das cidades-sede e também de regiões turísticas próximas passaram por reforma, na maioria dos casos para ampliar a capacidade de passageiros e de taxiamento de pistas. O benefício desses R$ 6,3 bilhões investidos não serão restritos à Copa, muito pelo contrário, turistas, homens e mulheres de negócios, ou seja, qualquer pessoa que utilizar um aeroporto neste e nos próximos anos encontrará um ambiente mais confortável e agradável.

Levantamento da Fundação de Estudos e Pesquisas Econômicas (Fipe) em conjunto com o Ministério do Turismo indica que o país poderá ganhar R$ 30 bilhões com a Copa – o valor corresponde a geração de renda que será adicionada à economia brasileira. Entre abril e junho serão criados 47,9 mil novas vagas de trabalho por conta do mundial. A receita de negócios estimada para o setor hoteleiro, por exemplo, chega a R$ 2,1 bilhões, comércio – R$ 831,6 milhões e alimentação – R$ 900 milhões.

Mas o legado vai além. Passa por mais segurança, uma vez que estão sendo investidos R$ 1,9 bilhão em compra de equipamentos, capacitação dos profissionais, a criação de um Sistema Integrado de Comando e Controle para monitorar, em tempo real, imagens de centros fixos e móveis instalados nas cidades-sede e reforço de 157 mil profissionais das forças de segurança pública nas ruas. Agora, diz aí: viu como a Copa é boa para o Brasil e para os brasileiros?
Existe no Brasil uma geração que nunca viu a seleção brasileira conquistar a Copa do Mundo. Essa galera também não sabe que o país tinha regras diferentes, onde não cabia opções: ou se investia em educação ou saúde, em saneamento, nem pensar! Era gasto. E a casa própria era apenas para as classes B e A. Mas o Brasil mudou e hoje, no lugar de escolher uma alternativa, o pais adotou o agregar e incluir. Agora a população pode ter sim mais saúde, mais educação, mais infraestrutura, mobilidade urbana e também Copa do Mundo. Está na dúvida? Então veja os números:

Os fantasmas do passado não podem voltar

terça-feira, 13 de maio de 2014

Dois pesos, duas medidas: Trabalhadores da Educação paralisarão por 2 dias

No meu governo, por menos do que isso eles fariam greve geral.

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Do Diário Online

Os trabalhadores em educação da rede estadual de ensino realizam nesta terça-feira (13) e na quarta-feira (14) paralisação nas escolas públicas do Pará para cobrar do governo estadual celeridade nas demandas que compõem a campanha salarial 2014 e o cumprimento integral do acordo que pôs fim, em novembro passado, a greve que durou 53 dias.

A categoria discorda do governo em alguns artigos presentes no Projeto de Lei que versa sobre a lotação por jornada de trabalho e a garantia de pagamento das aulas suplementares; exige agilidade nas reformas de unidades escolares; finalização e aplicabilidade do Plano de Cargos e Carreiras e denuncia a perseguição política aos dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp).

O aumento do número de alunos para o corpo administrativo e de espaços para o pessoal de apoio revoltou a categoria. “Percebemos esta medida de Jatene como um golpe aos trabalhadores. A categoria não aceitaria calada e vamos lutar para reverter”, esclarece Alberto Andrade, Secretário Geral do Sintepp.

Amanhã (13), a paralisação terá início com um ato público agendado para às 9h, com concentração na Praça Santuário. Depois, os trabalhadores seguirão para o Centro Integrado do Governo, da avenida Nazaré.

Na quarta-feira (14), os trabalhadores seguirão para a Alepa.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

"O Brasil está mudando para melhor. Não dá para contestar isso."

Da Carta Maior

A relação entre as transformações do Brasil nas últimas duas décadas e a luta para superarmos a herança nefasta de 21 anos de ditadura militar é o tema da entrevista concedida ao Blog do Zé pelo economista Ladislau Dowbor, professor da PUC-SP.

Dowbor, dentre os mais atentos observadores e analistas da cena política e econômica brasileira, que não apenas viveu o período militar, mas lutou contra a ditadura, mostra como a desigualdade social e regional fizeram parte do modelo adotado pela ditadura militar. Destrincha o milagre econômico e aponta o que estava por trás da máxima daqueles anos “deixar o bolo crescer primeiro, para depois distribuir”.

No alto de sua experiência em consultoria para as Nações Unidas e outras entidades, além de diversas passagens pela máquina pública, tanto no Brasil como no exterior, Dowbor alerta para a inconsistência das análises econômicas que atualmente pululam na mídia. Didaticamente, ele mostra o caminho: “É preciso fazer a lição de casa”, ou seja, o trabalho do economista: procurar os números, analisar os dados, comparar, checar…

Em seu site, www.dowbor.org, vocês podem encontrar e baixar os trabalhos do professor Dowbor. São mais de trinta anos destinados à economia e ao esforço de traduzi-la para um conjunto cada vez maior de pessoas. Seu mais recente trabalho, “Os Mecanismos Econômicos” (confira a íntegra aqui), mostra exatamente como funciona o sistema econômico e porque interessa a alguns setores que esses mecanismos permaneçam desconhecidos pela maioria da população.

Acompanhem a entrevista:
 
Uma das coisas que exploraram e usaram de pretexto para dar o golpe é que a inflação do governo João Goulart, o Jango era altíssima. Depois, durante a Ditadura, em longos períodos, tivemos inflação altíssima…
 
[ Ladislau Dowbor ] Em seus trabalhos, o Celso Furtado deixou muito claro que a inflação é um mecanismo de transferência de recursos. De forma geral, dos pobres para os ricos. Mais especificamente, das pessoas que têm renda fixa para os que têm renda variada. Uma empresa cuja matéria prima teve seu preço aumentado, acaba aumentando seu preço de venda. Ela tem formas de acompanhar a evolução da inflação. Um banco, se passa a captar dinheiro com um preço mais alto, ele joga isso nos juros. Eles têm como repassar o processo inflacionário para a frente. Agora, quando a inflação bate no trabalhador, ele fica esperando o reajuste salarial. Só que ela é empurrada durante todo o mês. Então, quando ele recebe o pagamento, na semana seguinte, o salário já vale muito menos.

Os assalariados, os aposentados e os pequenos produtores, que não têm como passar o preço para frente acabam perdendo a capacidade de compra que é transferida para as elites. Em particular para os bancos que criaram todo um sistema de aplicações de alta rotatividade. Neste sistema, eles aplicam o montante que o depositante deixa no banco. Com isso, os correntistas estavam perdendo o seu dinheiro e os bancos não. Todo processo de inflação se constituiu na transferência de concentração da renda nas elites. É importante pensar a inflação assim, porque as pessoas dizem “os preços subiram”. Inflação não aparece, de repente. Alguém subiu os preços para ela existir. E são esses grupos que sobem os preços, em particular os mercados financeiros, que jogam com a inflação como uma forma deles conseguirem reforçar a concentração de renda.

Isso é tão enraizado na cultura das elites brasileiras que em 1993, com o Plano Real, quando se quebra a inflação, foi feito uma troca: os bancos pararam de ganhar o que vinham obtendo com a inflação e passam a ganhar com os juros com duas vertentes: com os juros comerciais e com a taxa Selic. Apresentar juros ao mês é uma desonestidade
 
Tão alta e constante elevação dos juros, chega a ser, então, uma desonestidade?
 
[ Dowbor ] No caso dos juros comerciais, as pessoas não se dão conta, até porque não conhecem os juros internacionais e do resto do mundo. Só para citar alguns exemplos. Houve um escândalo nos EUA porque eles estavam cobrando 16% de juros ao ano no cartão de crédito. No Brasil o índice é 238% ao ano. O juro é calculado ao ano. Apresentá-lo ao mês, como ocorre no Brasil, é uma desonestidade, porque você esconde que ele é cumulativo. A pessoa pensa “é só 3%”. Eu sou professor da PUC-SP. Ela me paga no Santander e o cheque especial aqui no Brasil é de 160% ao ano. Agora, lá na Espanha, o correntista do Santander tem o direito de entrar no cheque especial até 5 mil euros, por seis meses e com juros zero. Isso é lógico. Como as pessoas deixam ali um dinheiro não aplicado – mas que o banco aplica – se o correntista entrar um pouco no vermelho, as coisas se equilibram. Existe uma lei para isso.

De certa maneira, o processo de concentração de renda nas mãos das elites (dos rentistas, principalmente aplicadores financeiros de diversos tipos), garantida pelo sistema da inflação, acentuada em 1964, se manteve por meio do sistema dos juros dos bancos comerciais a partir de 1993, quando entra o Plano Real. Basicamente hoje isso está na faixa de 60% ao ano para pessoa jurídica e 110% ao ano para pessoa física. A média do que se paga aqui no Brasil ao mês é o que se paga no resto do mundo ao ano. Em outras palavras, temos uma gigantesca transferência de recursos dos produtores, dos assalariados, das empresas produtoras para os intermediários financeiros, os rentistas.
 
E via a alta taxa SELIC?
 
[ Dowbor ] A outra via dessa transferência, além dos bancos comerciais, é a SELIC. Quando o Lula assume em 2003, a taxa SELIC estava a 24,5%, risco zero e liquidez total. Eu coloco a minha poupança no banco, ele usa esse dinheiro e me paga 8% ao ano. Mas, ele pega esse dinheiro e compra títulos do governo. O governo está pagando ao banco 24,5%, risco zero. No governo FHC a SELIC chegou a 46% ao ano. Mas, de onde o governo tira esses 24,5% para pagar? Ele tira dos impostos. Da minha aplicação, o banco me paga 8% ao ano, mas tira 24,5% do governo. Isso é uma transferência de renda que funciona atualmente, chegando à ordem de R$ 150 bi/ano transferido dos nossos impostos para pagar os bancos.
 
Eles acabaram com a CPMF que era um imposto razoável e eram os bancos que pagavam, porque eles fazem as transações financeiras, os demais pagavam pouco. Acabar com a CPMF foi uma forma de absolver os bancos dos impostos que chegava a R$ 60 bi. A SELIC chega a R$ 150 bi ao ano, é dinheiro dos nossos impostos transferido para os intermediários financeiros. Além disto, cobram juros exorbitantes, basicamente a mesma taxa ao mês que no mundo se paga ao ano. A isto temos de acrescentar os crediários comerciais, com os juros que eles obram, tipicamente de 100%. Pensem no exemplo das que têm dedicação total a nós. Tipicamente, um fogão que sai a R$ 200,00 da fábrica, eles vão pagar 40% de imposto, e vão ganhar bem mesmo vendendo à vista, cobrando por exemplo R$ 420 a vista. A prazo sai R$ 820,00. O consumidor está pagando $820,00 por um fogão que sai a R$ 200,00 da fábrica. É na venda a prazo, com juros exorbitantes, que se faz realmente o lucro. É mais uma atividade de intermediação financeira do que prestação de serviços comerciais.

Existe uma máquina de intermediários que drena as capacidades produtivas, tanto por reduzir a capacidade de investimentos dos produtores, como de obtenção por parte da população. Esse era o sistema contra o qual o João Goulart queria tomar medidas – estava em suas propostas de reformas de base. Foi o sistema que a ditadura militar reforçou mantendo a inflação e é o sistema que continua no tripé juros dos bancos / juros dos crediários / e taxa SELIC. Você pode me perguntar, mas por que esse negócio funciona? Funciona por uma razão muito simples: porque ninguém entende o sistema financeiro. Tanto isso é verdade que o Joseph Stiglitz, que foi economista-chefe do Banco Mundial, ganhou um prêmio Nobel porque ele mostrou como funciona. Mostrou esses mecanismos com base na assimetria da informação.

Vamos supor que você tenha um dinheiro e queira fazer uma aplicação. Você chega no banco e vai perguntar para o gerente de crédito no que deve aplicar. No final das contas, vai acabar fazendo o que ele achar. Você não acha nada. Com Lula, o Brasil dá uma guinada

Leia mais clicando aqui.


Lula: vantagens do governo do PT são incomparáveis

Do Brasil 247

A quase cinco meses das eleições, o principal cabo eleitoral da presidente Dilma Rousseff, Lula, desembarca na Bahia nesta segunda-feira 12 a fim de disputar o eleitor local com os demais principais presidenciáveis – Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), que também cumprem agenda no estado hoje. Em entrevista ao jornal A Tarde, o ex-presidente fala sobre as qualidades de Dilma, a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras e a candidatura do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que foi aliado histórico do PT.

Questionado se a candidata do PT à reeleição leva vantagem na comparação de seu governo com as gestões anteriores, Lula disse acreditar que "o Brasil tem no governo do PT uma política de sucesso que serve de exemplo para o mundo" e que "não tem dúvida" de que o que foi feito nos 12 anos do PT "nos enchem de orgulho". "Eu acho, incomparável, as vantagens obtidas no governo do PT em relação aos outros governos", declarou.

O ex-presidente acrescentou não acreditar que a Copa do Mundo tenha influência "para qualquer que seja o candidato" – independente da vitória ou da derrota da seleção brasileira no campeonato. Para ele, Dilma é a candidata com mais condições para vencer as eleições. "Eu acho que a Dilma vai ganhar as eleições porque é a candidata mais preparada, com as melhores propostas para o segundo mandato, e todo mundo sabe que ela tem uma experiência extraordinária em governar o Brasil".

Sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras – assunto que virou alvo de investigação no Congresso, a pedido de partidos da oposição – o ex-presidente enfatiza que os esclarecimentos já foram dados por José Sergio Gabrielli, presidente da estatal à época da aquisição, e por Graça Foster, atual presidente da companhia.

"O que eu acho estranho é que toda a época de eleição aparece alguém com uma denúncia contra a Petrobras, que desaparece logo depois das eleições. Eu tenho, às vezes, a impressão que tem gente querendo fazer caixa dois fazendo denúncia contra a Petrobras", cutucou Lula.

Na opinião do ex-presidente, Eduardo Campos "tem todas as condições de ser candidato a presidente". O cacique petista diz que, ao difundir o discurso, porém, de que pretende enterrar a "velha política", o postulante do PSB "deve saber do que está falando", uma vez que "todo mundo que faz política, inclusive ele, faz política com base na realidade, com base na correlação de forças, com base na composição necessária para ter governabilidade".

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Dilma diz que vai lançar Pronatec 2.0, com a inclusão de novos cursos

Por Yara Aquino, da Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (8) que até o final deste mês apresentará o Programa Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) 2.0, que vai incluir cursos para melhorar a gestão de microempreendedores individuais e pequenos empresários. A presidenta também informou que o Pronatec vai se tornar uma política de estado.

Dilma respondeu a perguntas de internautas sobre o programa pelo Facebook, em um evento online batizado de Face to Face com Dilma (#FaceToFaceDilma), na página do Palácio do Planalto, na rede social.

"Neste novo Pronatec, devido as demandas que recebemos no primeiro, iremos também incluir cursos para melhorar a gestão de microempreendedores individuais e pequenos empresários", respondeu a presidenta. "O Pronatec vai se tornar sim uma política de estado, porque este programa é um dos pilares da política educacional de todo e qualquer país desenvolvido" ", acrescentou.

Em resposta a internauta, a presidenta disse que os cursos são ofertados de acordo com as necessidades do mercado de trabalho da região, e que está sendo desenvolvida com o Ministério do Trabalho, uma ação de intermediação de mão de obra entre os que querem trabalhar e os que precisam dos trabalhadores.

Dilma escreveu ainda sobre a importância da qualificação profissional para o desenvolvimento do país. "O aumento da produtividade no Brasil requer a adoção de melhorias em processos e produtos. Para isso, a formação profissional é um elemento fundamental", disse.

O Pronatec foi criado em 2011 pelo governo federal com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. Até 2014, a meta é oferecer 8 milhões de matrículas em cursos técnicos, de formação inicial e continuada. De acordo com a presidenta, o programa contabiliza atualmente 6,89 milhões de matrículas, e o governo federal investe no Pronatec atual R$ 14 bilhões até o final de 2014. "Portanto, temos a certeza que chegaremos aos 8 milhões, se não a um pouco mais", registrou.

A conversa online durou cerca de uma hora, teve aproximadamente 470 manifestações entre perguntas e comentários e somou mais de 545 curtidas e 154 compartilhamentos. Os internautas fizeram elogios e críticas ao programa e também manifestações sobre outros assuntos como a qualidade da educação no país e o Programa Luz para Todos.

Sobre o Pronatec

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego foi criado pelo governo federal em 2011 e busca ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica.

Entre os objetivos do Pronatec estão expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional técnica de nível médio e de cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional presencial e a distância; construir, reformar e ampliar as escolas que ofertam educação profissional e tecnológica nas redes estaduais; aumentar as oportunidades educacionais aos trabalhadores por meio de cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional; aumentar a quantidade de recursos pedagógicos para apoiar a oferta de educação profissional e tecnológica; e melhorar a qualidade do ensino médio.

O programa também envolve iniciativas como a expansão da Rede Federal de Educação; o Programa Brasil Profissionalizado; o Rede e-TecBrasil; acordo de gratuidade com os Serviços Nacionais de Aprendizagem; FIES Técnico e Empresa; e Bolsa-Formação.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Dilma entrega máquinas e inaugura terminal de grãos no Pará

A nossa querida presidenta Dilma Rousseff volta ao Pará para cumprir várias agendas. Em Barcarena, ela inaugura dois grandes empreendimentos de infraestrutura portuária: uma estação de transbordo em Miritituba e um terminal portuário no porto de Vila do Conde.

Para esses empreendimentos foram investidos cerca de US$ 170 milhões, que deve gerar cerca de 350 empregos diretos e indiretos, numa região em crescimento, um dos pontos estratégicos para escoamento da produção na Região. O complexo portuário tem capacidade de escoamento de quatro milhões de toneladas de grãos por ano e deve melhorar a logística da exportação do produto, desafogando os portos e as estradas.

Em Belém, Dilma participa para a formatura dos benefíciados pelo PRONATEC, no Hangar Centro de Convenções. Em todo país, até 2014 cerca de 8 milhões de jovens receberam bolsas de qualificação tecnológica por meio do Programa. No Pará, foram mais de 120 mil.

Em seguida, mais uma rodada de entrega de máquinas motoniveladoras para 32 prefeituras. O evento acontece no Parque de Exposições do Entroncamento.

Confira agenda da Presidenta:
25 de abril de 2014 - Sexta

Barcarena:

12h00 Cerimônia de Inauguração do Complexo Portuário Miritituba-Barcarena (Local: Avenida Beira Mar, s/nº, Itupanema);

Belém:

14h00 Cerimônia de Formatura do Pronatec (Local: Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, Av. Dr. Freitas, s/n - Marco); e

16h00 Cerimônia de Entrega de máquinas a Municípios do Estado do Pará (Local: Estádio Mangueirão – Rodovia Augusto Montenegro Km 4,5 s/nº - Bairro Mangueirão)

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Dilma sanciona Marco Civil da Internet

A presidenta Dilma Rousseff sancionou o Marco Civil da Internet, durante a abertura do Encontro sobre o Futuro da Governança na Internet - NET Mundial, nesta quarta-feira (23), após aprovação do conteúdo pelo Congresso, na noite de ontem (22). A lei sancionada pela presidenta foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta quinta-feira (24).

A presidenta afirmou estar orgulhosa com a aprovação do projeto e ressaltou seu caráter democrático.

“Foi um processo virtuoso que elaboramos aqui no Brasil. Nosso Marco Civil foi valorizado ainda mais pelo processo da sua construção. Por isso, gostaria de lembrar que nosso Marco Civil estabelece princípios, garantias e direitos dos usuários, delimitando deveres e responsabilidades dos atores e do poder público online", destaca.

Dilma também ressaltou a necessidade de uma maior participação dos países em desenvolvimento neste processo. “Para que a governança da internet seja democrática, são necessários mecanismos que garantam maior participação dos países em desenvolvimento. Devemos identificar e remover as barreiras da participação da população de cada país, sob pena de restringir o alcance democrático e cultural da internet”.

Durante seu discurso a presidenta relembrou o caso de espionagem da agência norte-americana NSA e ressaltou a necessidade vital da internet ser uma campo democrático e de respeito mútuo entre seus usuários.

"No Brasil, empresas e a própria Presidência tiveram comunicações interceptadas. Esses fatos são inaceitáveis e continuam sendo. Eles atentam contra  a natureza da internet, natureza aberta, plural e livre. A internet, que queremos, ela só é possível num cenário de respeito aos direitos humanos, em particular liberdade e privacidade", disse.

Dilma reforçou a importância do projeto para a segurança das informações, afirmando que os direitos que são garantidos às pessoas offline, devem ser estendidos ao online.

NET mundial

Ao tratar sobre o evento, a presidenta ressaltou seu objetivo em dinamizar as discussões sobre a internet. "Partimos de duas premissas, a primeira é que todos nos queremos proteger a internet como espaço democrático de todos, como um bem comum,  patrimônio da humanidade."

Dilma também destacou o desejo do governo brasileiro em fomentar uma governança multisetorial, democrática e transparente da internet e citou o Brasil como exemplo.

"Consideramos o modelo multissetorial a melhor forma de exercício da governança da internet. O sistema local de governança, em funcionamento há 20 anos, conta com a participação efetiva do Comitê de Governança da Internet (CGI), de representantes da sociedade civil, acadêmicos, empresários e governo (...) de forma que a participação do governo ocorra de em pé de igualdade, e sem que um pais tenha mais importância", disse

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o secretário Adjunto do Departamento da Organização das Nações Unidas para assuntos Econômicos e Sociais, Wu Hongbo, e o criador da internet, Tim Beernes Lee, elogiaram o caráter democrático do Marco Civil da internet e do encontro NET mundial.

"Que a internet, governada por mais pessoas, chegue a mais pessoas pelo mundo", disse Paulo Bernardo. Na mesma linha de pensamento, o criador da rede mundial de computadores ressaltou que o sucesso da internet se dá por sua característica democrática, de serviço público mundial.

"A web é um serviço público essencial e deve ser observada como tal, numa perspectiva de direitos humanos", mencionou Lee. “Peço aos países que sigam o exemplo do Brasil, com leis que garantam a internet livre e aberta”, finalizou.

Hongbo, das Nações Unidas, elogiou o governo brasileiro por organizar o Net Mundial e destacou que a internet “é o veículo essencial para disseminar as ideias” e favorecer a erradicação da pobreza. Para complementar, o secretário citou que é essencial que a internet continue a fomentar a liberdade de expressão e afirmou que “a internet está transformando a sociedade em todas as regiões”.

Marco Civil da Internet

A proposta do Marco Civil da internet começou a ser discutida em 2009 e foi elaborada pelo governo federal com base no documento do Comitê Gestor da Internet no Brasil: Princípios para a governança e o uso da internet.

Em 2011, o projeto foi encaminhado pela Presidência da República à Câmara dos Deputados e foi aprovado no em março deste ano. No Senado Federal, o texto já chegou com pedido de urgência constitucional, ou seja, com prazo de 45 dias para análise. Assim, o Marco Civil foi aprovado pelo plenário do Senado na última terça-feira (22).

Antes de chegar ao plenário do Senado, o marco civil da internet foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). O projeto também vinha sendo analisado, simultaneamente, pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

Principais destaques da proposta

Um dos principais pontos do Marco Civil é a neutralidade da internet, que garante a igualdade dos serviços prestados a todos os usuários. Desse modo, o tratamento deve ser igualitário - sendo proibida a distinção de preços para a oferta de conteúdo - a todos os dados que trafegam na rede; independentemente da origem, destino, conteúdo, serviço, terminal ou aplicativo.

Outro fator de muita importância é a garantia de privacidade dos dados do cidadão. O texto determina que as empresas desenvolvam mecanismos para garantir, por exemplo, que os e-mails só sejam lidos pelos emissores e pelos destinatários da mensagem, nos moldes que já são previstos para as tradicionais cartas de papel.

Confira outros detalhes do projeto:

    Proteção: O Marco Civil também assegura proteção a dados pessoais e registros de conexão e coloca na ilegalidade a cooperação das empresas de internet com departamentos de espionagem de Estado como a NSA, dos Estados Unidos.
    Liberdade de expressão: O artigo 19, que delega à Justiça a decisão sobre a retirada de conteúdos também é visto como um dos principais pontos do marco civil. Atualmente, vários provedores tiram do ar textos, imagens e vídeos de páginas que hospedam a partir de simples notificações.