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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Lula está chegando!


Governo Dilma gerou 5 milhões de empregos desde 2011

Do Brasil 247

O destaque para a geração de empregos formais no mês de maio, segundo dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira 24, foi para a maior baixa para o período em 22 anos. Com os números, no entanto, chega-se à seguinte soma: durante o governo da presidente Dilma Rousseff, a geração de empregos formais no País superou a marca de 5 milhões, um crescimento de 11,47% na criação de postos de trabalho entre 2011 e 2014. O número significa ainda que foram criados, por mês, uma média de 123.237 vagas com carteira assinada. Como destacou o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o Brasil mantém uma trajetória positiva, "mesmo com a falta de empregos no mundo".

Veja abaixo dados publicados pelo Blog do Planalto após a divulgação dos números de maio do Caged:

O Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mede geração de postos de trabalho com carteira assinada no País, registrou criação de 58.836 vagas em maio, valor que representa crescimento 0,14% em relação ao estoque do mês anterior. O número é o saldo entre 1,849 milhão de admissões e 1,790 milhão de desligamentos em maio.

Com o resultado de maio, a geração de empregos formais no governo Dilma Rousseff superou a marca de 5 milhões. "No período de janeiro de 2011 a maio de 2014, ocorreu um crescimento de 11,47% na geração de postos formais de trabalho alcançando 5.052.710 empregos criados, uma média mensal de geração de 123.237 postos de trabalho com carteira assinada", informou o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O Caged revela também que no acumulado do ano (janeiro a maio) houve expansão de 1,34% no nível de emprego, equivalente ao acréscimo de 543.231 postos de trabalho. Se considerados os últimos 12 meses, o aumento foi de 867.423 postos de trabalho, correspondendo à elevação de 2,15%. Com relação a maio do ano passado, no entanto, saldo de maio significa queda de 18,3%.

Trajetória positiva no cenário mundial

Os dados foram apresentados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, que destacou a média de empregos gerados mensalmente no Brasil.

"Nós atingimos cinco milhões de empregos no atual governo e vamos continuar gerando novos postos de trabalho. Mantivemos uma ótima média mensal de 123 mil empregos. Mesmo com a falta de empregos no mundo, o Brasil continua sua trajetória positiva de geração de postos de trabalho", ressaltou.

A geração de 5.052.710 no período de 2011 a 2014 demonstrado pelo Caged foi resultado originado da expansão generalizada dos vários setores de atividades econômicas, com destaque para os setores de Serviços (+2.554.078 postos), seguido do Comércio (+1.140.983 postos), da Construção Civil (+580.023 postos) e da Indústria de Transformação (+510.544 postos).

Em nível geográfico o destaque foi para o estado de São Paulo que respondeu pela criação de 1.349.271 postos de trabalho, o que representou cerca de 27% do saldo líquido do Brasil.

Números de maio

No mês de maio, foram gerados 58.836 empregos formais, um crescimento de 0,14% em relação ao estoque do mês anterior. O aumento mantém a trajetória de expansão, com um total de 1.849.591 admissões no mês e os desligamentos atingindo 1.790.755, o que resultou no resultado positivo no mês, sendo o segundo e o maior montante registrado para o período, respectivamente, o que denota a capacidade da economia de manter o número de contratações em patamar expressivo a despeito do número de desligamentos.

O mercado formal apresentou expansão do emprego em seis setores da economia, tendo quatro deles demonstrado melhor desempenho em relação aos dados de maio de 2013.

Em termos absolutos, os setores responsáveis pelo desempenho positivo no mês foram a Agricultura (+44.105 postos ou +2,79%, ante saldo de +33.285 postos em maio de 2013); o setor de Serviços (+38.814 postos ou + 0,23%, ante 21.154 postos em maio de 2013); e a Construção Civil (+2.692 postos ou +0,08%, ante uma redução de 1.877 postos no mesmo mês do ano anterior).

A Indústria de Transformação, com o declínio de 28.533 postos (-0,34%), foi o setor que mais contribuiu para o desempenho mais modesto no mês de maio.

Estados

Os dados por recorte geográfico mostram que em quase todas as regiões brasileiras ocorreu elevação no nível de emprego, com destaque para a região Sudeste com geração de 51.136 postos; a Centro-Oeste, que gerou 7.765 postos e a região Norte com criação de 4.327 postos de trabalho.

Entre os estados, 17 elevaram o nível de emprego, com destaque para o estado do Pará, com geração de +5.204 postos ou +0,66%, apresentando saldo recorde para o período dentre todas os estados, decorrente do desempenho positivo em quase todos os setores com destaque para a Construção Civil que gerou 4.846 postos; Minas Gerais com geração de 22.925 postos ou +0,53% e São Paulo que criou no mês 13.201 postos ou +0,10%.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Os 10 maiores micos da Copa do Mundo do Brasil

Por Najla Passos, da Agência Carta Maior


Na Copa do Mundo do Brasil, foram embora pro chuveiro mais cedo aqueles que torceram pelo fracasso do país. Confira alguns micos da elite e da mídia.

A Copa do Mundo do Brasil ainda não passou da primeira fase, mas já são fartas as gafes, foras e barrigadas do mundial, especialmente fora do campo.

E, curiosamente, elas nada têm a ver com as previsões das “cartomantes do apocalipse” que alardeavam que o país não seria capaz de organizar o evento e receber bem os turistas estrangeiros. Muito pelo contrário.

Os estádios ficaram prontos, os aeroportos estão funcionando, as manifestações perderam força, os gringos estão encantados com a receptividade brasileira e a imprensa estrangeira já fala em “Copa das Copas”.

Confira, então, os principais micos do mundial... pelo menos até agora!

1 - O fracasso do #NãoVaiTerCopa

Mesmo com o apoio da direita conservadora, da esquerda radicalizada, da mídia monopolista e dos black blocs, o movimento #NãoVaiTerCopa se revelou uma grande falácia. As categorias de trabalhadores que aproveitam a visibilidade do evento para reivindicar suas pautas históricas de forma pacífica preferiram apostar na hashtag #NaCopaTemLuta, bem menos antipática e alarmista. E os que continuaram a torcer contra o evento e o país, por motivações eleitoreiras ou ideológicas, amargam o fracasso: políticos perdem credibilidade, veículos de imprensa, audiência e o empresariado, dinheiro!

2 – A vênus platinada ladeira abaixo

Desde os protestos de junho de 2013, a TV Globo vem amargando uma rejeição crescente da população. E se apostava no #NãoVaiTerCopa para enfraquecer o governo, acabou foi vendo sua própria audiência desabar. Uma pesquisa publicada pela coluna Outro Canal, da Folha de S. Paulo, com base em dados do Ibope, mostra que no jogo de abertura da Copa de 2006, na Alemanha, a audiência da Globo foi de 65,7 pontos. No primeiro jogo da Copa de 2010, na África do Sul, caiu para 45,2 pontos. Já na estreia do Brasil na Copa, neste ano, despencou para 37,5 pontos.

3 – #CalaABocaGalvão

Principal ícone da TV Globo, o narrador esportivo Galvão Bueno é o homem mais bem pago da televisão brasileira, com salário mensal de R$ 5 milhões. Mas, tal como o veículo que paga seu salário, está com o prestígio cada vez mais baixo. Criticar suas narrações virou febre entre os fãs do bom futebol. E a própria seleção brasileira optou por assistir os jogos da copa pela concorrente, a TV Band. O movimento #CalaABocaGalvão ganhou ainda mais força! O #ForaGlobo também!

4 – A enquadrada na The Economist

A revista britânica The Economista, que vem liderando o ranking da imprensa “gringa” que torce contra o sucesso do Brasil, acabou enquadrada por seus leitores. A reportagem "Traffic and tempers", publicada no último dia 10, exaltando os problemas de mobilidade de São Paulo às vésperas de receber o mundial, foi rechaçada por leitores dos EUA, Japão, Holanda, Inglaterra e Argentina, dentre vários outros. Em contraposição aos argumentos da revista, esses leitores relataram problemas muito semelhantes nos seus países e exaltaram as qualidades brasileiras, em especial a hospitalidade do povo.

5 – O assassinato da semiótica

Guru da direita brasileira, o colunista da revista Veja, Rodrigo Constantino, provocou risos com o texto “O logo vermelho da Copa”, em que acusa o PT de usar a logomarca oficial do mundial da Fifa para fazer propaganda subliminar do comunismo. Virou chacota, claro. O correspondente do Los Angeles Times, Vincent Bevins, postou em seu Twitter: “Oh Deus. Colunista brasileiro defendendo que o vermelho 2014 na logo da Copa do Mundo é obviamente uma propaganda socialista”.  Seus leitores se divertiram usando a mesma lógica para apontar outros pretensos ícones comunistas, como a Coca-Cola (lol)!

6 – A entrevista com o “falso” Felipão

Ex-diretor da Veja e repórter experiente, Mário Sérgio Conti achou que tivesse tirado a sorte grande ao encontrar o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, em um voo comercial, após o empate com o México. Escreveu uma matéria e a vendeu para os jornais Folha de S. Paulo e O Globo, que a publicaram com destaque. O entrevistado, porém, era o ator Wladimir Palomo, que interpreta Felipão no programa humorístico Zorra Total. No final da conversa, Palomo chegou a passar seu cartão à Conti, onde está escrito: “Wladimir Palomo - sósia de Felipão – eventos”. Mas, tão confiante que estava no seu “furo de reportagem”, o jornalista achou que era uma “brincadeirinha” do técnico...

7 – A “morte do pai” do jogador marfinense

O jogador da costa do Marfim, Serey Die, caiu no choro quando o hino do seu país soou no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Imediatamente, a imprensa do Brasil e do mundo passou a noticiar que o pai dele havia morrido poucas horas antes. A comoção vias redes sociais foi intensa. O jogador, porém, desmentiu a notícia assim que pode. Seu pai havia morrido, de fato. Mas há dez anos. As lágrimas se deveram a outros fatores. "Também pensei no meu pai, mas é por tudo que vivi e por ter conseguido chegar a uma copa do mundo”, explicou.

8 – “Vai pra casa, Renan!”

Cheio de boas intenções, o estudante Renan Baldi, 16 anos, escolheu uma forma bastante condenável de reivindicar mais saúde e educação para o país: cobriu o rosto e se juntou aos black block paulistas para depredar patrimônio público na estreia do mundial. Foi retirado do meio do protesto pelo pai, que encantou o país ao reafirmar seu amor pelo filho, mas condenar sua postura violenta e antidemocrática. A hashtag #VaiPraCasaRenan fez história nas redes sociais!

9 – O fiasco do “padrão Fifa”

Pelos menos 40 voluntários da Copa em Brasília passaram mal após consumir as refeições servidas pela Fifa, no sábado (14), um dia antes do estádio Mané Garrincha estrear no mundial com a partida entre Suíça e Equador. Depois disso, não apareceu mais nenhum manifestante desavisado para pedir saúde e educação “padrão Fifa” no país!

10 – Sou “coxinha” e passo recibo!

Enquanto o Brasil e o mundo criticavam a falta de educação da “elite branca” que xingou a presidenta Dilma no Itaquerão, a empresária Isabela Raposeiras decidiu protestar pela causa oposta: publicou no seu facebook um post contra o preconceito e à discriminação dirigidos ao que ela chamou de “minoria de brasileiros que descente da elite branco-europeia”. “Não sentirei vergonha pelas minhas conquistas, pelo meu status social, pela minha pele branca”, afirmou.  Virou, automaticamente, a musa da “elite coxinha”.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Dilma propõe Plano de Transformação Nacionalhttp://www.pt.org.br/wp-content/uploads/2014/06/dilma-e-lula.jpg

Por Mariana Zoccoli da Agência PT de Notícias

A presidenta Dilma Rousseff anunciou, neste sábado (21), durante discurso na Convenção Nacional do PT, o Plano de Transformação Nacional, que será o principal eixo do seu programa de governo.

Segundo ela, a iniciativa engloba um conjunto de medidas que levarão o País a um novo ciclo histórico de desenvolvimento. As medidas envolvem reformas política, federativa, urbana e de serviços públicos, além de outros mecanismos capazes de produzir revoluções educacional, tecnológica e digital.

 “Temos, agora, uma oportunidade rara na história: defender os grandes resultados de um ciclo fabuloso e, ao mesmo tempo, ter força para anunciar o nascimento de um novo ciclo de desenvolvimento”, disse Dilma, no evento que oficializou sua candidatura ao Palácio do Planalto, em Brasília.

Dilma afirmou que o principal mecanismo para deflagrar uma revolução digital no país será o programa Banda Larga para Todos, que tem a meta de promover a universalização do acesso de todos os brasileiros a um serviço de internet barato, rápido e seguro.

“O programa pressupõe tanto a expansão da infra-estrutura de fibras óticas e equipamentos de última geração, como o uso da Internet como ferramenta de educação, lazer e instrumento de participação popular, nas decisões do governo”, explicou.

Ao evento político estiveram presentes lideranças do PT e partidos aliados, os governadores  Jaques Wagner (BA) e Cid Gomes (CE), candidatos ao Senado, ministros e autoridades do governo.

Além de Dilma, apenas o ex-presidente Luiz Inácio Lula  da Silva, o vice-presidente da República, Michel Temer(PMDB) e o presidente do PT, Rui Falcão, fizeram discursos.

Falcão ressaltou as realizações dos governos do PT e afirmou que não serão permitidos retrocessos. “Nem(vamos permitir) a volta a um passado de recessão, arrocho e desemprego”, afirmou aos cerca de 700 petistas que lotaram o espaço reservado para a convenção.

O vice-presidente da República, Michel Temer, reforçou a aliança entre PT e seu partido. “O PMDB tem, junto com os demais partidos, orgulho de estar ao seu lado”, afirmou.

Já o presidente Lula defendeu o governo Dilma, ressaltou as mudanças vividas pelo País nos últimos anos e conclamou a militância petista a tomar as ruas do País. “Pelo que nós fizemos, temos de ir para a rua e defender essa mulher”, disse, referindo-se à presidenta.

Reformas - Dilma justificou a inclusão da reforma federativa no conjunto de reformas estruturais propostas, sob a alegação de que um Plano de Transformação Nacional só pode se concretizar com uma ampla reforma, capaz de redefinir os papéis dos entes federados.

“Não é por acaso que alguns dos serviços públicos que apresentam mais deficiência são os que têm interface entre os governos federal, estaduais e municipais”, disse Dilma. Ela ainda destacou que é preciso reestudar e redefinir novos papéis e novas funções para os entes federados.

Dilma entende que este novo ciclo histórico já está sendo gestado, em parte, pelos programas e projetos que estão em andamento no atual governo, como o Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC), o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e o Ciência sem Fronteiras.

“É hora de construir mais futuro para o Brasil e ampliar a extraordinária transformação, pacífica, que estamos fazendo há mais de uma década”, declarou.

“Nosso Plano de Transformação Nacional será a ampliação do grande conjunto de mudanças que estamos realizando, junto com o povo brasileiro”, completou.

Educação - A presidenta voltou a defender a valorização dos professores para transformação e melhoria do sistema público de educação. Ela destacou que o governo federal já começou este processo com a destinação de 75% dos royalties do petróleo e do 50% do excedente do pré-sal à educação.

“Este novo ciclo fará o ingresso decisivo do Brasil na sociedade do conhecimento, cujo pilar básico é uma transformação na qualidade da educação”, explicou Dilma.

O novo ciclo, garantiu Dilma, vai manter dois pilares básicos das gestões petistas: solidez econômica e amplitude das políticas sociais.  A presidenta defendeu a transformação nacional com foco, também, em ‘romper as amarras da burocracia’ no Brasil. “É necessário tornar o Estado brasileiro, não um estado mínimo, mas um Estado eficiente, transparente e moderno”, explicou.

Paz  - A presidenta convocou a militância a fazer uma campanha de paz. Ela disse nunca ter feito política com ódio, nem mesmo durante a ditadura, quando foi torturada. “No Brasil, as grandes vitórias são construídas com o fermento da alegria e do otimismo.”, disse Dilma. Não deixemos o ódio prosperar em nossas almas”, disse.

“Eu preciso de mais quatro anos para poder completar uma obra à altura dos sonhos e desafios do Brasil”, encerrou.

Leia a íntegra do discurso da presidenta Dilma.

Lula diz que agressões a Dilma aumentaram disposição para a campanha

Por Edson Luiz, da Agência PT de Notícias

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu empenho da militância do PT para eleger a presidenta Dilma Rousseff. Ele falou sobre as qualidades de sua sucessora, que sofreu durante a ditadura, mas que se tornou chefe da Nação. Lula afirmou que é necessário mostrar, principalmente para os mais jovens, o trabalho e as mudanças realizadas nos últimos anos.

“Está chegando o momento, Dilma, em que a gente vai provar, mais uma vez, que é possível uma presidenta e um ex-presidente terminarem o mandato sem que haja nenhum atrito entre os dois”, disse Lula na abertura de seu discurso, durante a convenção nacional do PT, neste sábado (21), em Brasília. No evento, foi confirmada a candidatura da presidenta à reeleição.

“É uma demonstração que é possível o criador e criatura viverem juntos em harmonia”, completou.

Antes de começar sua fala, o ex-presidente fez a apresentação de um vídeo onde uma catadora de papel de Minas Gerais elogia a festa ocasionada pela Copa do Mundo. Lula usou o depoimento para mostrar que os ataques sofridas por Dilma durante a abertura da Copa do Mundo, em São Paulo, partiu de uma minoria que não acreditava que tudo estaria funcionando até o início da competição.

“Eles nunca acreditaram que a Dilma pudesse ser presidenta da República”, afirmou Lula.

Ele afirmou que as agressões à presidenta deram a ele ainda mais disposição para fazer a campanha de Dilma.

Segundo o ex-presidente, todos os dias o governo tem que dar lições para a oposição, fazendo coisas que eles nunca fizeram em anos passados. Lula afirmou que as eleições deste ano serão difíceis, mas esse discurso será mudado. Ele ressaltou que o PT defende um projeto que não é do partido nem dele próprio, mas que já vem de muitos anos.

“É um projeto de pessoas que queriam mudanças no País e que morreram por causa disso”, afirmou Lula, citando alguns políticos como exemplo e cidadãos que lutaram pela democratização do País.

“A Dilma sobreviveu a isso e veio para governar o País e provar que é possível fazer coisas que antes nunca fizeram”, observou o ex-presidente.

Ele pediu à militância que mostre para os brasileiros o que foi feito pelo governo em 12 anos. Ele deu vários exemplos de realizações, como os programas sociais, habitação e melhoria na educação, entre outros, ressaltando que a população subiu mais degraus na escala social.

“Em todo século 20, eram três milhões de estudantes, e em 12 anos, elevamos para sete milhões”, exemplificou. Além disso, Lula falou sobre o combate à corrupção, afirmando que o governo do PT foi o que mais criou mecanismos para acabar com este tipo de crime no País.

Militância reafirma candidatura de Dilma à Presidência

Por Alessandra Fonseca, da Agência PT de Notícias

O sentimento de companheirismo e reencontro marcou a Convenção Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). Militantes do País inteiro estiveram presentes na oficialização da campanha à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Na manhã deste sábado (21), o Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília, foi pequeno para as quase 700 pessoas empolgadas e certas de mudança.

Delegados dos 27 estados compareceram ao evento que marca o início da corrida eleitoral de 2014. O presidente Nacional do PT, Rui Falcão,  destacou a importância da “militância fervorosa do PT” na transformação brasileira, nas ruas e nas redes. “Nossa vitória depende de cada um de vocês”, disse Rui Falcão.

A assistente social do Recanto das Emas (DF), Lucimar Martins, disse  acreditar no PT porque sabe que só ele é capaz de trazer as melhorias necessárias ao País. “É diferente trabalhar com um governo com programas concretos contra a pobreza”, afirmou.

Para a coordenadora da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia, Marta Rodrigues, o trabalho realizado pela presidenta Dilma Rousseff em defesa da mulher a faz querer continuar nas lutas junto com o PT. “As conquistas das mulheres nos últimos anos foram gigantes, em especial no combate à violência contra mulher”, afirmou Marta.

Além da presidenta Dilma Rousseff, estiveram presentes o ex-presidente Lula, governadores, partidários e aliados. Na ocasião,  os delegados e delegadas do PT homologaram a candidatura de Dilma e do vice-presidente Michel Temer (PMDB).

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Quem tem medo da participação popular?

Do Brasil 247

O papel, como se sabe, aceita tudo. Neste momento, em editorais como o da edição atual da revista Veja, do empresário Gianca Civita, no rancor de um dos herdeiros do que vai restando do jornal O Estado de S. Paulo, Fernão Mesquita, e em diferentes páginas da mídia tradicional e familiar, o papel está aceitando uma grande distorção factual provocada pelo viés ideológico. Trata-se do enfoque dado ao decreto 8,243, assinado no mês passado pela presidente Dilma Rousseff, que estabelece a Política Nacional de Participação Popular.

Classificado como a criação de soviets no Brasil, de ultrapassagem dos poderes constitucionais do Congresso e, é claro, de "golpe contra a democracia", o decreto nem sequer dá abertura para este tipo de teoria da conspiração. Na medida em que reconhece os conselhos populares como fontes capazes de formular e garantir a aplicação de políticas sociais, a iniciativa simplesmente dá praticidade a diferentes artigos da Constituição de 1988. O texto central da democracia brasileira estabelece como forma legítima de participação da população a criação de organismos para o maior ativismo social. Nada de novo em relação ao que os constituintes eleitos pelo povo deixaram em aberto 26 anos atrás. Cabia tanto à sociedade quanto ao governo tornar aquelas palavras em verdade material. É o que aconteceu agora.

No ano passado, quando as manifestações de junho alertaram todo o País sobre as muitas fissuras existentes entre o desejo popular e a realização oficial, formou-se um consenso em torno da necessidade de se dinamizar formas de maior participação coletiva nas instâncias decisórias. Pensou-se até mesmo em candidaturas avulsas à Presidência da República. Todas as ilações extraídas das passeatas foram respeitadas pela mídia tradicional, atenta à imensa perda de leitores que uma trombada com as ruas iria provocar.

De uma hora para outra, a mesma Veja agora taxa de soviets o que, na verdade, são associações de moradores de bairros de grandes cidades, entidades de classe formadas à margem dos sindicatos cartoriais e formações legítimas do público em torno de suas realidades locais. Antes, porém, diante do calor emanado pelas ruas, cobrava-se uma ligação maior entre o governo e as massas – e dizia-se, com todas as letras, que isso não seria feito com êxito apenas por meio da eleição de vereadores, deputados, senadores e cargos executivos como os de prefeitos, governadores e presidente. Não houve que não avaliasse, corretamente, que era preciso ampliar a forma de representatividade do governo nas cúpulas decisórias.

É exatamente essa ampliação de representatividade com legitimidade que o decreto 8.243 oferece à sociedade. Mais uma válvula de escape, mais um canal de diálogo. Em lugar de golpe contra a democracia, como situa Fernão Mesquita, o ex-diretor do finado Jornal da Tarde, que ele próprio conduziu ao abismo, o que se tem é exatamente o contrário. O gesto da presidente Dilma, ainda mais corajoso na medida que, já se sabia, insere mais um ruído contra ela na mídia tradicional, apenas aprofunda e dissemina a democracia brasileira.

Até os Estados Unidos, maior democracia do mundo, já estudam estabelecer a prática de orçamento participativo em suas ações de governo. Na Europa, as consultas populares diretas são frequentes na forma de plebiscitos e referendos. A Política Nacional de Participação Popular segue nessa mesma direção. O público que está organizado ou passar a se organizar em torno de bandeiras próprias e específicas sabe, a partir de agora, que jamais estará agindo de maneira clandestina ou ilegal e, mais ainda, recebe um mecanismo constitucional, criado à luz do dia, para exprimir e fazer valer suas necessidades. O que se vê além disso, como comunismo ou bolivarianismo, são apenas manifestações do atávico, histórico medo que as elites do povo. Era esperado.

Dilma: Brasil venceu os principais obstáculos rumo à Copa

terça-feira, 3 de junho de 2014

Lula: "No segundo mandato a Dilma terá de fazer coisas novas"

Da Carta Capital

Antes de mais nada, impressiona a paixão. Aos 68 anos, Luiz Inácio Lula da Silva não perdeu o vigor com que arengava à multidão reunida no gramado da Vila Euclides no fim dos anos 70. E nos momentos em que sustenta algo capaz de empolgá-lo, ocorrência frequente, aperta com força metalúrgica o pulso do entrevistador mais próximo, como se pretendesse transmitir-lhe fisicamente sua emoção. Assim se deu nesta longa entrevista que o ex-presidente Lula deu a CartaCapital. No caso de Mino, esta foi mais uma das inúmeras, a começar pela primeira, em janeiro de 1978.

CartaCapital: O senhor enxerga alguma relação entre a Copa do Mundo e a eleição? Se enxerga, por que e de que maneira?

Lula: Eu acho difícil imaginar que a Copa do Mundo possa ter qualquer efeito sobre a preferência por este ou aquele candidato. Por outro lado, se o Brasil perder, acho que teremos um desastre similar àquele de 1950. Temo uma frustração tremenda, e a gente não sabe com que resultado psicológico para o povo. Em 50 jogaram o fracasso nas costas do goleiro Barbosa.

CC: Em primeiro lugar do Bigode.

Lula: O Barbosa carregou por 50 anos a responsabilidade, e morreu muito pobre, com a fama de ter sido quem derrotou o Brasil. É uma vergonha jogar a culpa num jogador. Se o Brasil ganha, a campanha passa a debater o futuro do País e o futebol vai ficar para especialistas como eu.

CC: E as chamadas manifestações?

Lula: Ainda há pouco tempo a gente não esperava que pudessem acontecer manifestações. E elas aconteceram sem qualquer radicalização inicial, porque as pessoas reivindicavam saúde padrão Fifa, educação padrão Fifa, poderiam ter reivindicado saúde padrão Interlagos, quando há corrida, ou padrão de tênis, Wimbledon, na hora do tênis. Eu acho que isso é até saudável, o povo elevou seu padrão reivindicatório. E é plenamente aceitável dentro do processo de consolidação democrático que vive o Brasil. Eu acho que, ao realizar a Copa, o governo assumiu o compromisso de garantir o bem-estar e a segurança dos brasileiros e dos torcedores estrangeiros. Quem quiser fazer passeata que faça, quem quiser levantar faixa, que levante, mas é importante saber que, assim como alguém tem o direito de protestar, o cidadão que comprou o ingresso e quer ir ver a Copa tenha a garantia de assistir aos jogos em perfeita paz.

CC: O povo brasileiro amadureceu e nós entendemos que o resultado da Copa será bem menos importante do que foi em 1950. Mesmo que a Seleção perca, não haverá tragédia. Deste ponto de vista. Efeitos sobre as eleições podem ocorrer em função das chamadas manifestações.

Lula: Eu tenho certeza de que a presidenta Dilma e os governos estaduais estão tomando toda a responsabilidade para garantir a ordem. Com isso podemos ficar tranquilos, é questão de honra para o governo brasileiro. O que está em jogo é também a imagem do Brasil no exterior. De qualquer maneira, acho que não vai ter violência, e, se houver será tão marginal a ponto de ser punida pela própria sociedade. Agora se um sindicato quer fazer uma faixa “abaixo não sei o quê, 10% de aumento”, é seu direito. Eu me lembro que disse ao ministro José Eduardo Cardozo, quando começou a se aventar a possibilidade de uma lei contra os mascarados: “Olha, gente, nem brincar com lei contra mascarados porque a primeira coisa que iremos prejudicar vai ser o Carnaval, não os mascarados”. A Constituição e o Código Penal definem claramente o que é ordem e o que é desordem e, portanto, o governo tem mecanismos para evitar qualquer abuso. Recomenda-se senso comum. Nesses dias tentaram até confundir uma frase minha sobre uma linha de metrô até os estádios. Em 1950, no Maracanã cabiam 200 mil pessoas, mais de duas vezes as assistências atuais. É verdade, havia menos carros nas ruas, infinitamente menos carros, mas também não havia metrô.

CC: De todo modo, vale a pena realizar uma Copa?

Lula: Discordo daqueles que defendem a Copa no Brasil dizendo que vão entrar 30 bilhões, ou que geraremos novos empregos. O problema não é econômico. A Copa do Mundo vai nos permitir, no maior evento de futebol do mundo, mostrar a cara do Brasil do jeito que ele é. O encontro de civilizações, o resultado dessa miscigenação extraordinária entre europeus, negros e índios que criou o povo brasileiro. Qual é o maior patrimônio que temos para mostrar? A nossa gente.

CC: Em que medida essas manifestações nascem do fato de que houve uma ascensão econômica? Aqueles que melhoraram de vida reivindicam mais saúde, mais educação.

Lula: Eu acho que não há apenas uma explicação para o que está acontecendo. Precisamos aprender a falar com o povo, para que entenda o momento histórico. O jovem hoje com 18 anos tinha 6 anos quando ganhei a primeira eleição, 14 anos quando deixei de ser presidente da República. Se ele tentar se informar pela televisão, ele é analfabeto político. Se tentar se informar pela imprensa escrita, com raríssimas exceções, ele também será um analfabeto político. A tentativa midiática é mostrar tudo pelo negativo. Agora, se nós tivermos a capacidade de dizer que certamente o pai dele viveu num mundo pior do que o dele, e se começarmos a mostrar como a mudança se deu, tenho certeza de que ele vai compreender que ainda falta muito, mas que em 12 anos passos adiante foram dados.

CC: O governo não soube se comunicar?

Lula: Eu acho. Eu de vez em quando gosto de falar de problema histórico, para a gente entender o que de fato aconteceu neste país. Já disse e repito: Cristóvão Colombo chegou em Santo Domingo, em 1492, e em 1507 ali surgia a primeira faculdade. No Peru, em 1550, na Bolívia, em 1624. O Brasil ganhou a primeira faculdade com dom João VI, mas a primeira universidade somente em 1930. Então você compreende o nosso atraso. Qual é nosso orgulho? Primeiro, em 100 anos, o Brasil conseguiu chegar a 3 milhões de estudantes em universidades. Nós, em 12 anos, vamos chegar a 7,5 milhões de estudantes, ou seja, em 12 anos, nós colocamos mais jovens na universidade do que foi conseguido em um século. Escolas técnicas. De 1909 até 2002, foram inauguradas 140. Em 12 anos, nós inauguramos 365. Ou seja, duas vezes e meia o número alcançado em um século. E daí você consegue imaginar o que significa o Reuni ao elevar o número de alunos por sala de aula, de 12 para 18. Ou o que significa o Ciência Sem Fronteiras, o Fies: 18 universidades federais novas. Pergunta o que o Fernando Henrique Cardoso fez? Se você pensar em 146 campi novos, chegará à conclusão de que foi preciso um sem diploma na Presidência da República para colocar a educação como prioridade neste País. Nós triplicamos o Orçamento da União para a educação. É pouco? É tão pouco que a presidenta Dilma já aprovou a lei permitindo 75% dos royalties para a educação. É tão pouco que a Dilma criou o Ciência Sem Fronteira para levar 65 mil jovens a estudar no exterior. É tão pouco que ela criou o Pronatec, que já tem 6 milhões de jovens se preparando para exercer uma profissão. Isso tudo estimula essa juventude a querer mais. Tem de querer mais. Quanto mais ela reivindicar, mais a gente se sente na obrigação de fazer. Quem comia acém passou a comer contrafilé e agora quer filé. E é bom que seja assim, é bom que as pessoas não se nivelem por baixo. Eu sempre fui contra a teoria de que é melhor pingar do que secar. Quanto mais o povo for exigente e reivindicar, forçará o governo a fazer mais.

O que é ruim? A hipocrisia. Nós temos um setor médio da sociedade, que ficou esmagado entre as conquistas sociais da parte mais pobre da população e os ricos, que ganharam dinheiro também. A classe média, em vários setores, proporcionalmente ganhou menos. Toda vez que um pobre ascende um degrau, quem está dez degraus acima acha que perdeu algumas coisas. A Marilena Chauí tem uma tese que eu acho correta: um setor da classe média brasileira que às vezes também é progressista, do ponto de vista social, mas não aprendeu a socializar os espaços públicos e então fica incomodado.

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Perereca da Vzinha: gastos com viagens internacionais aumentam 360% com Jatene

Da Perereca da Vizinha

É um vidão maravilhoso, regado a muito Moët&Chandon – e quem paga é você, desalentado contribuinte.

Na semana passada, o tucano Simão Jatene, que governa o Pará, estado que possui o terceiro pior  Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil, viajou até a esfuziante Paris, a 7.412,43 km de Belém, a capital do estado, para receber um pedaço de papel: o certificado da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de que o Pará é área livre da febre aftosa.

É verdade que o certificado é importantíssimo para que o estado (dono do quinto maior rebanho do país) possa turbinar ainda mais as suas exportações.

Mesmo assim, a viagem de Jatene provocou espanto: afinal, até agora ninguém conseguiu encontrar um só motivo administrativo de peso para que o governador viajasse a Europa, para receber um documento que poderia ser enviado pelo correio (ou até mesmo por email).

Daí as especulações oposicionistas de que o real motivo da viagem seria a gravação de imagens televisivas, para a campanha de reeleição de Jatene. Em outras palavras: uso da máquina para propaganda eleitoral.

O deslocamento a Paris provocou gastos com diárias e passagens aéreas para o governador e pelo menos mais 7 pessoas: os secretários de Comunicação e de Agricultura, Daniel Nardin e Andrei Castro; o diretor-geral da Adepará (Agência de Defesa Agropecuária), Sálvio Freire, e mais dois diretores da instituição, Ivaldo Santana e Gláucio Galindo; o  tenente-coronel Cesar Mello (ajudante de ordens de Jatene); e o assessor especial Mário Moreira.

E embora tudo tenha sido pago com dinheiro público, ninguém ainda sabe dizer ao certo quanto custou.

No entanto, é bem possível que a visitinha à capital francesa tenha consumido pelo menos R$ 80 mil.

E como a solenidade de entrega do certificado durou apenas 60 minutos, isso quer dizer que a despesa ficou em R$ 1.333,33 por minuto para os cofres públicos paraenses – ou muito, mas muito mais do que os R$ 0,33 centavos que Jatene investe por dia, por cidadão do Pará.

E mais: a maioria da comitiva de Jatene recebeu por dia, para gastar em Paris, mais de 1 salário mínimo – ou mais do que recebe a esmagadora maioria da população paraense por um mês inteiro de trabalho.

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