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quarta-feira, 10 de março de 2010

Investindo em ciência e tecnologia: passos firmes da inclusão

Construir um Sistema Paraense de Inovação, aproximando pesquisadores e empresários, cientistas e trabalhadores. É disso que trato agora pela manhã na Universidade Federal do Pará, em reunião com professores e instituições de ensino e pesquisa.


Desde que assumimos o governo, temos investido fortemente em ciência, tecnologia e inovação, conscientes de que, sem esse investimento, a região amazônica continuará sendo coadjuvante da própria história, sem condições reais de saltos qualitativos, sociais e econômicos.

Inquietantes premissas perspassaram tanto o nosso governo, quanto o governo Lula:


Como dar conta de um passivo histórico, num contexto em que faltam saneamento, água tratada, redes de esgoto?


Como dar conta do básico sem abrir mão do presente e do futuro, ou seja, sem investir em ciência e tecnologia?

Enfrentamos esses dilemas de forma afinada e integrada, pois consideramos os investimentos em ciência e tecnologia estratégicos para devolver à sociedade o direito à informação, a novas soluções tecnológicas para áreas caras, como a saúde, educação e segurança pública. Por isso, aumentamos, significativamente, os investimentos no setor.

Inovar para incluir - O novo modelo de desenvolvimento e a construção do Sistema Paraense de Inovação, se traduz em:

Primeiro, criamos a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará, a Fapespa;

recriamos o Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental, o Idesp;

conseguimos trazer para o Pará uma representação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fato que merece destaque, pois essa é a primeira vez que o Instituto instala uma representação fora da sua sede, em Brasília.


Estamos construindo três parques de ciência e tecnologia, em Belém, Marabá e Santarém, com focos de pesquisa de acordo com as demandas sociais e econômicas de cada região.


Entramos com contrapartida de R$ 8 milhões, e adquirimos 5 laboratórios estratégicos para o parque de ciência e tecnologia Guamá, em área contígua à UFPA: são os laboratórios de biotecnologia, óleos vegetais, qualidade do leite, fitossanidade e manejo, de instrumentação de produtos agroindustriais e um de Tecnologias da Informação e Comunicação, com ênfase em Sistemas Embarcados.


Também conquistamos para o nosso Pará 4 institutos nacionais de ciência e tecnologia, de Biodiversidade, Doenças Hemorrágicas e Virais, Geociências da Amazônia e de Alternativas Energéticas.


Via fundação de Amparo à Pesquisa, concederemos, até o final deste ano, 200 bolsas de doutorado e 400 de mestrado. Para se ter uma idéia, entre 2005 e 2006, não foi concedida nenhuma – nenhuma mesmo – bolsa de mestrado ou doutorado, tirando a oportunidade de centenas de estudantes com alto potencial intelectual de ingressarem na área da pesquisa.


A Fapespa atua em 4 linhas básicas: Capacitação em RH, Fomento à Inovação, Fomento à Pesquisa, e divulgação, Difusão e Popularização da ciência e obras científicas.


Isso nos permitiu, também via Fapespa, firmar convênios no valor de R$ 10 milhões para criar 5 redes de pesquisa: de Tecnologia da Informação e Comunicação; Energias Renováveis e Eficiência Energética; Engenharia Biológica; Pesca e Aqüicultura; e de Biomassa Florestal.


Afinados politicamente - O governo Lula aumentou, a cada ano, o total de investimentos, chegando a quase 700% de incremento em relação ao primeiro ano. Em 2000, quando cumpriu orçamento do ano anterior, o Ministério da Ciência e Tecnologia investiu R$ 1,190 bilhão. Em 2010, o total aprovado é de R$ 7,2 bi.

Da mesma forma, nosso governo, aqui no Pará, movimentou recursos inéditos. Em 2004, o governo investiu 3 milhões de reais; em 2005, R$ 3,4 milhões; em 2006, R$ 2,6 milhões.

É com orgulho, senso de desenvolvimento estratégico, responsabilidade social e histórica que afirmo aqui, para uma platéia de professores e cientistas: em pouco mais de três anos, criamos uma estrutura de ciência e tecnologia que vai servir ao Pará por muitos anos.

E essa estrutura foi feita dentro de perspectivas econômicas e sociais, com o objetivo de final de enfrentar aquele que, na verdade, é o maior dos passivos que herdamos: melhorar a vida da população de nosso Estado, que sofre um dos piores índices de desenvolvimento humano do Brasil. (fotos Liza Soane, da equipe do blog)

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