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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Brasil passa Reino Unido e se torna 6ª maior economia


A economia brasileira ultrapassou em 2011 o Reino Unido, tornando-se assim a sexta maior economia mundial, segundo o Centro de Pesquisa Econômica e Negócios (CEBR, na sigla em inglês), publicou o jornal britânico The Guardian.

O estudo apontou que a economia do Reino Unido passou para a sétima colocação no ranking mundial em meio a crise financeira internacional que estourou em 2008 e a consequente recessão.

“O Brasil tem ganhado dos países europeus no futebol há tempos, mas ganhar deles na economia é um fenômeno recente. O panorama atual mostra como o mapa da economia mundial está mudando, com os países asiáticos e economias baseadas na produção de commodities subindo no ranking, enquanto os europeus estão ficando para trás”, afirma Douglas McWilliams, CEO do CEBR.

O The Guardian também revelou que outros países deverão ficar na frente do Reino Unido nos próximos dez anos, como Índia e Rússia. Isso tudo acontecerá, de acordo com a pesquisa, em função das expectativas negativas para a Europa, que deverá ter uma década perdida, com baixo crescimento econômico. Com isso, "o crescimento será restrito, impedindo uma recuperação econômica do Reino Unido", ressaltou a publicação.

Para 2012, o CEBR espera uma alta de 2,5% para a economia mundial, menos do que sua previsão anterior, feita em setembro. Se o cenário piorar, no entanto, essa estimativa pode ser reduzida para 1,1%. Na Europa, deve haver uma retração de 0,6% do PIB em 2012 e, no pior dos cenários, de 2%. Já os Estados Unidos devem crescer 1,8%, ficando muito atrás de China (7,6%) e Índia (6%), e com desempenho um pouco inferior ao Brasil. Quem diria …

O ministro da Fazenda Guido Mantega disse nesta segunda-feira (26) que o Brasil tende a consolidar a posição assumida porque continuará com um ritmo de crescimento maior do que o de outros países.

“Os países que mais vão crescer são os emergentes como o Brasil, a China, a Índia e a Rússia. Dessa maneira, essa posição vai ser consolidada e a tendência é de que o Brasil se mantenha entre as maiores economias do mundo nos próximos anos”,disse o ministro em comunicado. Segundo ele, o desafio agora é melhorar o padrão de vida da população.

De acordo com o ministro, o Brasil é “respeitado e cobiçado, tanto que os investimentos estrangeiros diretos devem somar US$ 65 bilhões esse ano”. Para ele, apesar de se tornar o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, o Brasil precisa investir mais nas áreas social e econômica. Conforme Mantega, o cidadão brasileiro deve demorar cerca de 20 anos para ter um padrão de vida semelhante ao europeu.“Isso significa que nós vamos ter que continuar crescendo mais do que esses países, aumentar o emprego e a renda da população. Nós temos um grande desafio pela frente”, disse.

Lei a o texto do The Guardian clicando aqui.

Leia a nota do Ministro Mantega aqui.

Leia a matéria do Brasil Econômico aqui.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Federais Petistas assinam CPI da Privataria

Beto Faro, Cláudio Puty, Miriquinho Batista e Zé Geraldo
apóiam a criação da CPI da Privataria
Do site do PT Pará

Beto Faro, Cláudio Puty, Miriquinho Batista e Zé Geraldo assinaram a proposição do deputado Protógenes Queiroz que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as denúncias contidas no livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. O livro, um best seller que já vendeu mais de 200 mil cópias em poucas semanas,denuncia o que seria um esquema para enriquecimento de pessoas ligadas ao candidato derrotado à presidência José Serra.
Além dos petistas, apenas a deputada Elcione Barbalho assinou o requerimento. Os demais 12 deputados da bancada se negaram a assinar, entre eles Arnaldo Jord, do PPS.

Amaury Ribeiro Jr destrincha, em 343 páginas, documentos inéditos de lavagem de dinheiro e pagamento de propina, todos recolhidos em fontes públicas, entre elas os arquivos da CPI do Banestado.

O ex-governador paulista José Serra, então ministro do governo FHC, é o personagem central da história. Segundo o livro, amigos e parentes do tucano operaram um complexo sistema de maracutaias financeiras que prosperou no auge do processo de privatização.

A obra aponta o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, o economista Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-tesoureiro de Serra e FHC, como o cérebro por trás da complexa engenharia de contas, doleiros e offshores criadas em paraísos fiscais para esconder os recursos desviados da privatização. Ribeiro Jr. elenca uma série de personagens envolvidas com a “privataria” dos anos 1990, todos ligados a Serra, aí incluídos a filha, Verônica Serra, o genro, Alexandre Bourgeois, e um sócio e marido de uma prima, Gregório Marín Preciado.

Em seu twitter, o deputado escreveu: “Vamos investigar a insustentável leveza do ter nas privatizações”. E pediu para que fosse iniciada imediatamente uma mobilização para que a comissão seja agora oficializada.

Protógenes e Marco Maia e presidente da Câmara
O presidente da Câmara, Marco Maia, explicou que as assinaturas serão conferidas pela Secretaria Geral da Mesa no início de 2012 e, se o pedido cumprir todas as exigências regimentais, a CPI será criada no próximo ano juntamente com as comissões parlamentares de inquérito sobre o tráfico de pessoas e sobre trabalho escravo

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Municípios pequenos terão investimentos em água e esgoto da ordem de R$ 2,2 bilhões


Municípios pequenos terão investimentos em água e esgoto da ordem de R$ 2,2 bilhões

Municípios pequenos terão investimentos em água e esgoto da ordem de R$ 2,2 bilhões

PAC Funasa vai reunir prefeitos em Brasília nesta quarta-feira (21).


Nesta quarta-feira, (21), a partir das 11h, no Salão Nobre do Palácio do Planalto ocorrerá a cerimônia para as assinaturas de contratação das obras de saneamento pelo Programa de Aceleração do Crescimento, da Fundação Nacional de Saúde (PAC-Funasa), com a presença da presidenta Dilma Rousseff, da ministra Gleisi Hoffmann, além de outras autoridades.

De acordo com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) divulgado este mês, o resultado da segunda fase do processo seletivo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Segundo a Funasa, foram relacionados 1.013 municípios que serão atendidos com recursos da instituição para a realização das obras de abastecimento de água, esgotamento sanitário e esgotamento sanitário / solução estática.

A Funasa informa que com esse número, chega a 3.113 o total de cidades brasileiras com menos de 50 mil habitantes beneficiadas com algum tipo de ação da Funasa juntamente com o programa PAC 2. De acordo ainda com a instituição, a seleção dos projetos apresentados foi realizada a partir da deliberação do Grupo Executivo do Programa de Aceleração do Crescimento (Gepac), instituído pelo Decreto n° 6.025, de 22 de janeiro de 2007.

O deputado federal André Vargas (PT-PR), que irá acompanhar os prefeitos nesta cerimônia, ressalta a importância dos projetos para os municípios, já que os investimentos têm altos valores e serão aplicados em áreas que são importantíssimas para a saúde e bem estar da população.

O deputado alerta ainda aos municípios sobre o prazo para contratação dos projetos de engenharia selecionados - 29 de fevereiro de 2012. “O municípios devem ficar atentos aos prazos e as exigências de documentação”, reforçou Vargas.


Segunda fase

A segunda fase do PAC 2, estabelecida pelo Governo Federal, abrange o período de 2011 a 2014. E a Funasa participa do PAC por meio de ações de abastecimento de água, esgotamento sanitário (soluções coletivas e estáticas) e elaboração de projetos de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Além dos municípios brasileiros com menos de 50 mil habitantes, a Funasa também beneficia comunidades rurais, quilombolas e aldeias indígenas, com destaque para o abastecimento de água.

De acordo ainda com a instituição, os recursos previstos para o PAC Funasa são da ordem de R$ 4 bilhões. Nesta primeira etapa de seleção serão disponibilizados R$ 2,2 bilhões para o período de 2011 e 2012. Somente as ações de investimento previstas para o Semiárido totalizam R$ 222,2 milhões.

A instituição também informou que com a finalidade de aumentar a execução do PAC 2, adotou mudanças estruturais nos critérios para aprovação dos projetos e das obras, proporcionando uma maior qualificação de todo o processo. Essas mudanças abrangeram a capacitação específica de seu corpo técnico em Brasília e nas Superintendências Estaduais (Suest’s).

Clique aqui para ler a lista dos municípios contemplados nesta fase.

(Fabrícia Neves – Portal do PT)


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ana Júlia discute hidrovia do Tocantins com Ministra do Planejamento e Governador Jatene

Por
Assessoria de Comunicação



A ex-governadora Ana Júlia Carepa reuniu na manhã desta quarta-feira com a Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o Governador Simão Jatene, o ex-deputado Paulo Rocha, a bancada paraense no Congresso Nacional e secretários de estado. Na pauta, a retomada do projeto de derrocagem dos pedrais do rio Tocantins dentro do PAC 2.

A obra é vital para a viabilização da hidrovia do Tocantins. Com a inauguração das eclusas de Tucuruí, em final do ano passado, o rio passa a servir de via de escoamento da produção mineral e agropecuária da região sul do estado e centro oeste do Brasil, reduzindo o custo do transporte de mercadorias até o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, de onde podem ser exportadas para Europa, América do Norte e Ásia.

Ana Júlia destacou na reunião a importância do projeto para a consolidação do pólo industrial metal-mecânico em Marabá. Entre os projetos, destacam-se a Aços Laminados do Pará – ALPA,  e a ALINE, que produzirá aços laminados e galvanizados absorvendo 50% da produção da ALPA, substituindo importações e gerando empregos no Brasil. Os deputados federais Zequinha Marinho e Beto Faro reforçaram a necessidade da hidrovia para a industrialização da economia paraense.

A ministra informou que a licitação para as obras de derrocagem dos pedrais foi suspensa para que o governo pudesse revisar o projeto e encontrar formas de viabilizar os recursos necessários. Uma das possibilidades seria a realização de uma parceria público-privada com as empresas interessadas. Miriam Belchior sinalizou que o governo compreende a importância da viabilização da hidrovia para a economia da região, e que busca a melhor alternativa para realizar a obra.

A participação de representantes de diversas cores partidárias na reunião comprova, de acordo com Ana Júlia, a importância estratégica da hidrovia para o estado e ressalta o compromisso de todos com o desenvolvimento da região.

Hidrovia

Para que a hidrovia se torne completamente navegável, é necessário que sejam feitas obras de derrocamento dos pedrais do rio Tocantins, num trecho de 43 quilômetros, compreendido entre a ilha do Bogea e o município de Itupiranga. Com isso, o calado do rio passa a ser de pelo menos 3,5 metros ao longo de todos o ano. Atualmente, no período de seca do rio, navios com capacidade para 19 mil toneladas não podem navegar por toda sua extensão.

Quando concluída, a hidrovia será uma das mais importantes vias de escoamento de produtos e insumos, interligando o centro-oeste brasileiro ao sul do Pará e, posteriormente, aos mercados importadores da Europa, Ásia e Estados Unidos.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Novo tributo vai na contramão do crescimento industrial


Novo tributo vai aumentar o custo do minério
Maurílio Monteiro
Professor do NAEA - UFPA

A transformação industrial de uma das principais riquezas do Pará, os recursos minerais, é um sonho de todos nós e objeto de grandes esforços ao longo das décadas: transformar calcário em cimento, bauxita  em alumínio, ferro em aço. Pois o governo Simão Jatene enviou projeto-de-lei à Assembléia Legislativa que não apenas vai na contramão desse processo, como corre o risco de botar a perder inumeráveis esforços de industrialização.

Em vez de gerar condições para a verticalização, em vez de reduzir custos de produção para tornar a economia mais competitiva, em vez de ajudar a viabilizar novas plantas industriais, Simão Jatene quer gerar uma taxa que vai onerar a cadeia da transformação de industrial de minerais no Estado. Ou seja: as indústrias que queiram transformar, no Pará,  minérios em produtos industriais vão ter seus custos aumentados,  uma vez que os insumos minerais vão custar mais aqui no Pará do que no resto do Brasil e este dinheiro vai para governo do Estado.

No que se refere tributação da atividade de extração mineral, o  principal instrumento de compensação social  são os royalties – compensação aos municípios, Estados e a União pela extração, do subsolo, uma riqueza que não será renovada. A Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) é o royalty, claramente insuficiente. O valor arrecadado para os entes federativos é destinado a transporte, educação, saúde, políticas públicas. Tem uma destinação social definida, clara. E é objeto de controversas teses econômicas, mas com uma quase unanimidade por parte da sociedade: pode e deveria ser muito maior.

O palco para a discussão do aumento da CFEM e da correção de inúmeras distorções fiscais e de impostos é a reforma tributária, em discussão no Congresso Nacional. É para ali que devem convergir os esforços da sociedade, incluindo governadores e parlamentares, com vistas a aperfeiçoar instrumentos de tributação e de desenvolvimento. Ampliar os custos dos insumos de origem mineral utilizados pela indústria paraense, pode comprometer a atração de indústrias voltadas à transformação industrial destes recursos. Uma vez que, por exemplo, nenhum outro estado da federação taxa ou pretende taxar, desta forma, insumos minerais para a indústria sediada em seus Estados.

Vejamos: ao taxar o calcário, usado na correção da qualidade do solo, se penaliza a agricultura e também põe em risco a indústria do cimento no Estado, que hoje conta com duas plantas e tem projetos de instalação de uma terceira - com a produção do cimento mais cara, a nova planta pode ir, por exemplo, para Xambioá no Tocantins, obrigando à importação de um dos principais insumos da construção civil; ao se taxar o cobre, se põe em xeque a construção de uma planta de cobre metalúrgico em Barcarena, dentro da Zona de Processamento de Exportação (ZPE); ao se taxar a areia, aumentam os custos da construção civil e prejudica a execução de projetos como o Minha Casa, Minha Vida; ao aumentar o custo do minério de ferro destinado à produção siderúrgica em nosso Estado, se aumenta o custo do aço paraense, torna-o menos competitivo do que o produzido noutros estados e compromete ainda mais a implantação da Aços Laminados do Pará (ALPA) em Marabá, para a qual o atual governo do Estado não move uma palha para viabilizar.

Aumentar o repasse de dinheiro para o governo, sem garantias da fiscalização pela sociedade, é tornar a população do Estado refém de governantes, e não agente de seu próprio destino. Senãovejamos: a tão sonhada produção de aço no Pará começou no governo do PT (Sinobras e o início da construção da Alpa); foi no governo do PT que se implantou, de fato, a ZPE em Barcarena, processo interrompido no atual governo e agora comprometido com o projeto de taxação dos insumos industriais para a produção do cobre metalúrgico e do alumínio primário; foi no governo do PT que se criaram as condições para a Votorantim construir uma planta de cimento em Primavera; foi no governo do PT que se atraiu o projeto Aline, para produzir aços laminados em Marabá a partir da Alpa, viabilizando um polo metalmecânico; foi no governo do PT que se reestruturaram os Distritos Industriais, para atrair empresas e gerar empregos; o projeto Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, teve no governo do PT uma extraordinária contrapartida para garantir moradia às famílias de baixa renda.

Em vez de aumentar os custos dos insumos para a indústria nascente,  o governo do Estado deveria brigar para aumentar a tributação da extração mineral em todo o território nacional e pela reforma tributária, garantindo recursos para toda a sociedade, e não para gerar renda para si de forma automática e empregar o dinheiro como bem entender. Mas, claro, também não pode ser coincidência: o PSDB paulista, o mais influente e rico do país, luta abertamente contra a reforma tributária.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Campanha Nacional de Filiação do PT convoca mobilização nacional

Conheça e participe da campanha no hotsite http://www.pt.org.br/mobilizebrasil

O Partido dos Trabalhadores lançou no último dia 8 de dezembro, em seu programa partidário na TV e no rádio, a Campanha Nacional de Filiação. A divulgação da campanha continua através das inserções nacionais do Partido que começaram a ser veiculadas no sábado (10) e prosseguem nos dias 22, 24 e 27 de dezembro.
Com a campanha, o PT deseja convocar toda a nação brasileira para mobilizar-se pela continuidade da construção de um projeto nacional transformador.

“Em toda a parte, as pessoas estão mobilizadas para pedir mudanças, para reivindicar um novo mundo. E o Brasil é o país mais apto para realizar a maior revolução democrática do planeta. Porque, aqui, essa revolução já começou. Milhões de brasileiros melhoraram de vida, nossa economia se tornou a sétima maior do planeta e a imagem do Brasil se fortaleceu como nunca”, diz trecho da mensagem do presidente do PT, Rui Falcão, no hotsite da Campanha.

Na convocação é ressaltada a importante participação do Partido na mobilização do povo brasileiro nos momentos mais decisivos da sua história.

O PT hoje está organizado em mais de cinco mil municípios, conta com mais de 1,5 milhão de filiados e 60 mil dirigentes em todo o País. Governa cinco estados brasileiros e tem três vice-governadores e elegeu, em 2010, 14 senadores, 88 deputados federais e 149 deputados estaduais. Nas eleições municipais de 2008 foram eleitos 560 prefeitos, 428 vice-prefeitos e 4.166 vereadores petistas.

Em seu 4º. Congresso Nacional – Etapa Extraordinária, realizado este ano, o PT avançou ainda mais na consolidação da sua democracia interna e aprovou conquistas como a paridade de gênero e a ampliação da participação dos jovens e representantes da diversidade étnico-racial.





O escândalo do século

Capa do livro que revela os esquemas do tucanato.
Publico a seguir postagem do excelente portal do Observatório da Imprensa sobre o livro "A Privataria Tucana" do, jornalista Amaury Ribeiro Jr. O livro tem dado o que falar nas redes sociais e revela, com base em farta documentação, detalhes sobre esquemas de corrupção levados a cabo durante o governo tucano.
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O escândalo do século
Por Luciano Martins Costa

Publicado originalmente no Observatório da Imprensa

O livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr, intitulado A privataria tucana, publicado pela Geração Editorial na coleção “História Agora”, está produzindo um estranho fenômeno na imprensa brasileira: provoca um dos mais intensos debates nas redes sociais, mobilizando um número espantoso de jornalistas, e não parece sensibilizar a chamada grande imprensa.

O autor promete, na capa, entregar os documentos sobre o que chama de “o maior assalto ao patrimônio público brasileiro”. Anuncia ainda relatar “a fantástica viagem das fortunas tucanas até o paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas”. E promete revelar a história “de como o PT sabotou o PT na campanha de Dilma Rousseff”.

Ex-repórter do Globo, originalmente dedicado ao tema dos direitos humanos, Ribeiro Jr. ganhou notoriedade no ano passado ao ser acusado de violar o sigilo da comunicação de personagens da política ao investigar as fonte de um suposto esquema de espionagem que teria como alvo o então governador mineiro Aécio Neves. Trabalhava, então, no jornal Estado de Minas, que apoiava claramente as pretensões de Neves de vir a disputar a candidatura do PSDB à Presidência da República em 2010.

Os bastidores dessa história apontam para o ex-governador paulista José Serra como suposto mandante da espionagem contra Aécio Neves, seu adversário até o último momento na disputa interna para decidir quem enfrentaria Dilma Rousseff nas urnas.

“Outro ninho”

Informações que transitaram pelas redes sociais no domingo (11/12) dão conta de que Serra tentou comprar todo o estoque de A privataria tucana colocado à venda na Livraria Cultura, em São Paulo, e que teria disparado telefonemas para as redações das principais empresas de comunicação do país.

Intervindo em um grupo de conversações formado basicamente por jornalistas, o editor Luiz Fernando Emediato, sócio da Geração Editorial, afirmou que foram vendidos 15 mil exemplares em apenas um dia, no lançamento ocorrido na sexta-feira (9). Outros 15 mil exemplares estavam a caminho, impressos em plantão especial para serem entregues às livrarias na segunda, dia 12, juntamente com o lançamento da versão digital.

Aos seus amigos do PSDB, Emediato recomendou cautela e a leitura cuidadosa da obra, afirmando que o trabalho de Amaury Ribeiro Jr. não é “dossiê de aloprado, não é vingança, não é denúncia vazia, não é sensacionalismo. É jornalismo”.

O editor indicou ainda aos leitores que procurassem informações no blog do deputado Brizola Neto (PDT-RJ), no qual, segundo ele, estariam as pistas de “outro ninho offshore na rua Bernardino de Campos, no bairro do Paraíso, em São Paulo. A investigação agora chega na família do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Vamos ver onde isso vai parar”, concluiu.

O Titanic da política

A julgar pelo volume e a densidade das denúncias, pode-se afirmar que, sendo verdadeira a história contada por Amaury Ribeiro Jr, trata-se do mais espetacular trabalho de investigação jornalística produzido no Brasil nas últimas décadas. Foram doze anos de apuração e depurações. A se confirmar a autenticidade dos documentos apresentados, pode-se apostar nessa como a obra de uma vida. A hipótese de completa insanidade do autor e do editor seria a única possibilidade de se tratar de uma falsificação.

Confirmado seu conteúdo, o livro representa o epitáfio na carreira política do ex-governador José Serra e um desafio para o futuro de seus aliados até agora incondicionais na chamada grande imprensa.

O editor garante que são 334 páginas de teor explosivo, escancarando o que teria sido a articulação de uma quadrilha altamente especializada em torno do processo das privatizações levadas a efeito durante os dois governos de Fernando Henrique Cardoso. Os documentos envolvem o banqueiro Daniel Dantas, a família de José Serra e alguns personagens de sua confiança.

Não apenas pelo que contém, mas também pelos movimentos iniciais que lhe deram origem, o livro representa uma fratura sem remédio na cúpula do PSDB e deve causar mudanças profundas no jogo político-partidário.

“Privataria”, a expressão tomada emprestada do termo que o colunista Elio Gaspari costuma aplicar para os chamados malfeitos nas operações de venda do patrimônio público, ganha agora um sentido muito mais claro – e chocante.

Os sites dos principais jornais do país praticamente ignoraram o assunto. Mas portais importantes como o Terra Magazine entrevistaram o autor. O tema é capa da revista Carta Capital, e não há como os jornais considerados de circulação nacional deixarem a história na gaveta. Mesmo que seus editores demonstrem eventuais falhas na apuração de Amaury Ribeiro Jr., o fenômeno da mobilização nas redes sociais exige um posicionamento das principais redações.

Se a carreira de Serra parece ter se chocado contra o iceberg do jornalismo investigativo, a imprensa precisa correr imediatamente para um bote salva-vidas. Ou vai afundar junto com ele.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ciência e tecnologia para superar a pobreza | Carta Capital

O Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá. Foto: Agência Pará.
Unir ciência e economia para valorizar os recursos naturais do Pará, qualificar força de trabalho e aumentar a competitividade de trabalhadores, empresas e municípios no Pará.

 Essa foi a estratégia que adotamos para viabilizar um modelo de desenvolvimento, cujas bases se assentavam sobre o conhecimento sistematizado por instituições como a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapespa),criada em 2007, o recriado Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (Idesp), três mil bolsas de pesquisa, parceria com quatro institutos nacionais de ciência e tecnologia, cinco redes de pesquisa, criação de uma rede de comunicação integrada pela internet (NavegaPará) e equipamentos para laboratórios estratégicos.

Os parques de ciência e tecnologia em Belém, Marabá e Santarém são um legado dessa política. Foram pensados para reunir nas três cidades pólos das principais regiões do estado instituições de ciência e pesquisa, empresas e governo, com o objetivo de transformar conhecimento em produtos e processos inovadores, gerando emprego e renda de maior qualificação.

Leia o artigo completo na Carta Capital.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Política econômica protege Brasil da crise internacional, diz chefe do FMI

No Jornal do Brasil.

Como resultado da política econômica dos últimos anos, o Brasil é um dos países mais preparados para enfrentar o agravamento da crise internacional, disse, nesta quinta-feira, (1º) a diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. Em entrevista à imprensa junto com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ela declarou que o Brasil está protegido pelos fundamentos macroeconômicos.

“Nenhum país pode estar totalmente imune à crise, mas alguns estão mais bem preparados que outros. Na nossa visão [do FMI], o Brasil está mais protegido do que qualquer outro país por causa da força do mercado interno e de boas políticas financeiras e macroeconômicas”, destacou.
Christine Lagarde, chefe do FMI, encontrou-se com o ministro da Fazenda, Guido Mantega
Christine Lagarde, chefe do FMI, encontrou-se com o ministro da Fazenda.
Para Lagarde, os três pilares que regem a política econômica brasileira desde o fim da década de 1990 – metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal – garantem a robustez do país neste momento de turbulências econômicas internacionais. “O Brasil passou por um histórico de crises e reconstrução e hoje tem um sistema financeiro capitalizado e uma economia sólida”, disse.

No encontro, foi discutida a situação econômica internacional e eventuais aportes que os países terão de fazer ao FMI para ampliar a capacidade de o Fundo ajudar países em dificuldade. O ministro da Fazenda ressaltou que esta foi a primeira vez que um dirigente do FMI vem ao Brasil pedir recursos, apesar de as negociações com os países emergentes se estenderem há meses.

“Desta vez, o FMI não veio trazer dinheiro, mas pedir dinheiro para o Brasil emprestar a países avançados. Prefiro ser credor a devedor”, destacou Mantega. Apesar de ter se comprometido a ajudar o FMI, o ministro defendeu que o aporte seja feito por meio de acordos diretos entre o Fundo e o país. Ele, no entanto, não especificou o montante que o Brasil pode emprestar.
Pela manhã, Christine Lagarde encontrou-se com a presidenta Dilma Rousseff
Pela manhã, Christine Lagarde encontrou-se com a presidenta Dilma Rousseff
Pela manhã, Lagarde encontrou-se com a presidenta Dilma Rousseff. Ela almoçou com Mantega e, no momento, está reunida com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.