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quarta-feira, 3 de março de 2010

Juruti Velho mostra a força das comunidades e do governo

Cheguei em Juruti Velho no domingo 28, último dia de fevereiro já perto do meio dia.

Já tinha entregado obras e serviços em Eldorado, Peba, Redenção e chegara a vez de Juruti.

Como o Pará é enorme, pra chegar a Juruti Velho, peguei o avião em Redenção. Quase 3 horas de voo e chegamos a Juruti. Uma hora de carro e mais 20 minutos de lancha, na lancha do
seu Lulu, dono do barco e de uma pizzaria em Juruti. Muito vento na cara e a beleza de contemplar o Lago do Juruti Velho, lindo. Aproveitei e tirei a foto daquela beleza.
Água sempre faz bem. Pra gente beber, pra olhar, pra banhar, água é sempre uma delícia.

Chegamos a Juruti Velho e ali havia perto de 3 mil pessoas. Sol o quente e ardido do inverno amazônico.

Fui entregar as casas e conversar com as 45 comunidades do Lago do Juruti Velho, acompanhada do prefeito Henrique Costa (PT).

Muito emocionante estar em Juruti Velho pra fazer a entrega das casas e assinar
termo de cooperação com a Superintendência Regional do Incra de Santarém para levar o benefício do CredCasa a mil famílias da zona rural que estão sendo beneficiadas com programas de moradia. E poder mediar, enquanto poder público, as relações entre empresa e comunidades, para que estas tenham direito a um percentual do lucro da extração da mina de bauxita.

E como conta o Cláudio Puty em seu blog, a comunidade do Pompom, em Juruti Velho, teve a oportunidade de receber pela primeira vez no Brasil, e talvez, no mundo, rendas provenientes da extração da bauxita em seu território.

A compensação dos chamados “superficiários” começou desde que a mina de bauxita, operada pela empresa americana Alcoa, iniciou sua operação, em setembro de 2009.

O pagamento das compensações pela extração mineral está previsto no código minerário nacional, mas nunca havia sido pago a comunitários de um projeto agroextrativista, que não tem título de proprietários da terra, e sim Concessões de Direito Real de Uso (CDRUs) emitidas pela União, através do INCRA.

A associação que congrega a maioria dos comunitários, a ACORJUVE, já está recebendo regularmente 1,5% da receita líquida da venda da bauxita. Conta com algo em torno de 1,5 milhão de reais em conta e já organizou um plano de cinco anos para o investimento dos recursos.

Cheguei a Belém ainda com restinho de sol do quase anoitecer de domingo. Fui jantar com minha filhota e matar as saudades.

Voltei com o coração leve, cheia de gás e convicta de que estamos no caminho certo. Produzindo mudanças e caminhando sempre de mãos dadas com o povo e com homens e mulheres de boa vontade.



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