Em 2006, o IASEP tinha despesas administrativas anuais de R$ 25 milhões, atrasava os pagamentos dos médicos e hospitais em até 10 meses; não dava assistência odontológica aos segurados e pagava R$ 27,00 por consulta médica.
Hoje, o custo administrativo anual é de apenas R$ 4 milhões; a consulta médica passou para 38 reais; os pagamentos de médicos e hospitais estão em dia; foi reativado o serviço odontológico que estava extinto há 12 anos; filhos ou enteados de 18 a 24 anos não precisam ser universitários para constar como dependentes; a cobertura de atendimento aumentou em 40% e segurados de 37 municípios vão ser integralmente atendidos.
Mágica? Leia aqui.
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Desde 2 de janeiro de 2007, Sandra Leite é a presidenta do IASEP - Instituto de Assistência Social do Estado do Pará. É o IASEP que trata agora da política de assistência e tem a missão de atuar na linha da promoção em saúde e benefícios sociais para 208.717, segurados, dos quais 85.011 são contribuintes do Instituto, dentre os servidores públicos da ativa, aposentados, dependentes e pensionistas.
Nesta entrevista concedida ao blog, Sandra Leite conta como foi reconstruir o Iasep até chegar a um sistema de atendimento com práticas eficazes, eficientes e mais humanas aos segurados e seus dependentes em curto, médio e longo prazo.
Também, o que foi enfrentar distorções e combater os indícios corrupção que estava entranhada nos processos e no sistema.
Deu trabalho, mas a redução de despesas administrativas é claramente demonstrada: até 2006, os gastos anuais do Instituto eram de 25 milhões de reais, em média. Hoje, o custo anual é de 4 milhões de reais. E a rede de exames, hospitais, médicos, a chamada rede credenciada vai chegar a 64 municípios, dos quais 37 não faziam parte dessa rede. Com pagamentos de médicos e hospitais hoje em dia. Antes, havia atrasos de até 10 meses.
Foi preciso construir de regras claras e transparentes. E isso feito e com a participação dos sindicatos de servidores, dos segurados e rede credenciada, sempre buscando garantir e ampliar direitos a atendimento de qualidade aos segurados e seus dependentes diretos. Brecar o que estava errado e construir coletivamente o certo e sem paralisar o atendimento. Como se diz em corrida de fórmula 1, a troca de pneu foi feita o tempo todo com o carro em movimento.
Sandra fala também da grande novidade que é o atendimento extra, isto é, fora das cotas anuais de atendimento para quem está adoecido, garantindo o atendimento na hora em que precisar. E informa que os servidores e dependentes passam a contar com o serviço odontológico, que estava extinto há 12 anos e agora passam a ter, inclusive, o atendimento especializado. São 55 odontólogos que atendem Belém e Ananindeua e já em junho segurados destes 9 municípios passam a contar com o serviço: Abaetetuba, Altamira, Breves, Barcarena, Bragança, Castanhal, Capitão Poço, Paragominas e Redenção.
Ela fala também dos desafios de adequar o Iasep à novíssima lei nº 7.379, de 8 de fevereiro de 2010. Adequação que se traduz em aumento de serviços, descentralização da rede credenciada e redefinição dos dependentes enteados, filhos de 18 a 24 anos e companheiros homoafetivos, mantendo a contribuição de 6% para o grupo familiar dos servidores. E de adequação das contribuições.
Pra saber como funciona hoje o Iasep, como foi que o governo tucano fez o desmonte de um serviço tão essencial à vida e como está sendo reconstruído o caminho de proteção social dos segurados e seus dependentes, leia a entrevista.
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