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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Nada como um dia após o outro

Como mãe, mulher, cidadã e governadora, fiquei particularmente feliz com a decisão do Conselho Nacinal de Justiça (CNJ) em aposentar compulsoriamente a juíza Clarice Maria de Andrade, responsável por determinar a manutenção da prisão de uma adolescente de Abaetetuba, presa na mesma cela com mais 20 homens, durante 26 dias, em novembro de 2007.
A menina, que na época tinha 15 anos, sofreu abusos sexuais e outras violências.

À primeira vista, pode parecer que foi um prêmio aposentar uma juíza com menos de 50 anos e ganhando 20 mil reais por mês.

Mas a decisão do CNJ, além de ser a punição máxima prevista a um magistrado, de acordo com a Lei Orgânica da magistratura, teve um outro detalhe, conforme revela a imprensa: é que os conselheiros decidiram enviar os autos do processo ao Ministério Público, que poderá ajuizar ação civil pública contra Clarice Andrade, a fim de cassar o cargo e, como consequência, o direito de receber a remuneração da aposentadoria e ainda ser processada criminalmente.

Confio na justiça, a de Deus e a dos homens e sei que a prisão dessa menina não ficará impune.

2 comentários:

Alan Wantuir disse...

É, excelência, temerário alguém com o poder de julgar, decidir sobre a vidas das pessoas, falsificar documentos oficiais para se eximir de qualquer culpa, quando na realidade ela (Juíza) deveria chamar pra si a responsabilidade que o Estado lhe "outorgou". Parabéns para o CNJ, que tem à frente pessoas responsáveis.

Blog Ana Júlia disse...

Alan,

bom dia

volte mais vezes e obrigada pela visita.
Abraços