Em 2008,
durante meu mandato como governadora, enfrentamos um problema semelhante ao que
acontece hoje. Mas vivemos uma situação diferente, em dois aspectos: em
primeiro lugar, pelo tratamento desigual dado ao meu governo pela imprensa, que
o submeteu a um linchamento público; em segundo lugar, pela atitude que tivemos
para tratar do problema.
Sobre o
tratamento dado pela imprensa, devemos lembrar que àquela época fomos tratados
como incompetentes, as explicações tratadas como desculpas de quem quer
esconder os problemas, nosso governo sujeito a linchamento público chegando
inclusive a atingir minha imagem pessoal, com pessoas me associando a uma
criminosa que teria matado os enteados, em um caso de repercussão na época.
Hoje, assistimos uma imprensa anestesiada, vendo as mesmas explicações que
demos serem dadas sem que ninguém se manifeste, como se tivessem recebido um
“cala boca” do marqueteiro oficial.
Sobre a
atitude do governo, ao invés de apenas apresentar justificativas, desenvolvemos
um plano de ações que buscava sanar os problemas existentes na atenção básica e
que tornavam a situação tão dramática, ações estas que hoje se encontram
PARALISADAS. Vamos à elas:
·
Fizemos o reforço a Atenção Básica com repasse
de recursos fundo a fundo para os 143 municípios, sem exceção. Esse programa
acabou, com os repasses SENDO feitos apenas para prefeituras “escolhidas” pelo
governo;
·
Ampliamos o Programa Saúde da Família, que de
1997 a 2006 cobria apenas 21,64% da população paraense, atingindo somente 119
municípios. De 2007 até 2010, chegamos a uma cobertura de populacional de 41%
em 137 municípios;
·
Aumentamos o número de leitos de UCI Neonatal,
em convênio com hospitais conveniados, nos municípios de Marituba, Castanhal,
Ananindeua, Bragança, Parauapebas, Abaetetuba e no Hospital Abelardo Santos, em
Icoaraci.
Além disso,
fizemos investimentos de curto, médio e longo prazo no próprio hospital, para
melhorar e ampliar sua capacidade de funcionamento:
·
Criação de uma nova UTI Pediátrica com 10
leitos para crianças recém-nascidas, investimento de cerca de R$3 milhões;
·
Construção de uma nova Recepção da Santa Casa
, o setor de Regulação e Gerência do Complexo Ambulatorial, a Gerência de
Estrutura Físico-Funcional e Patrimônio, e o Ambulatório de Clínica Cirúrgica;
·
Construção de um novo Parque de Diagnóstico
por Imagem;
·
Inauguramos serviços como o Ambulatório da
Mulher; o Novo Espaço Acolher; reformamos o Centro Obstétrico; melhoramos a UTI
Adulto e a Enfermaria São Roque;
·
Reformamos as enfermarias São Paulo, Santa
Ludovina, Santa Maria e o Banco de Leite, a sala dos Bombeiros da Vida, a
Gerência de Neonatologia, o Serviço Social e o Novo Espaço Mãe Coruja, fizemos
a nova Sala da Ouvidoria, a Sala de Acolhimento e readequação da Gerência de
Enfermagem, como também a Central de Maqueiros, a Farmácia Satélite, a sala de
auditoria médica e os novos vestiários, o Lactário, a ala de Quimioterapia e
Nutrição Parenteral;
·
Demos início à construção do prédio da Nova
Santa Casa, em 2009, e que deixamos pronta até à oitava laje, com os recursos
para sua conclusão e compra de equipamentos em caixa. Devemos lembrar que esta
obra se arrastou por longos 2 anos e meio, com objetivo meramente eleitoreiro. Foi
uma decisão que tomamos para melhorar esse serviço tão importante para o Estado
todo. São investimentos que chegam a R$110 milhões. A Nova Santa Casa contará
com 180 leitos de maternidade do hospital, sendo 20 leitos de UTI Obstétrica.
Além
disso, aplicamos muito mais recursos em saúde do que nos anos de 2003 a 2006.
Neste período, foram aplicados R$ 3,9 bilhões. No nosso governo, essa quantia
subiu para R$ 5,3 bilhões, um aumento de 37,5% em relação ao período anterior.
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