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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Santa Casa: atitude do governo pode impedir mortes

Tenho acompanhado as notícias sobre a morte de bebês na Santa Casa de Misericórdia e lamento muito que estes óbitos estejam acontecendo. Nenhuma mãe merece perder seu filho, muito menos em momento tão especial, logo após seu nascimento. Porém, não poso deixar de ficar indignada pois, caso a obra da Nova Santa Casa estivesse pronta, quem sabe estas mortes não estivessem ocorrendo.

Em 2008, durante meu mandato como governadora, enfrentamos um problema semelhante ao que acontece hoje. Mas vivemos uma situação diferente, em dois aspectos: em primeiro lugar, pelo tratamento desigual dado ao meu governo pela imprensa, que o submeteu a um linchamento público; em segundo lugar, pela atitude que tivemos para tratar do problema.

Sobre o tratamento dado pela imprensa, devemos lembrar que àquela época fomos tratados como incompetentes, as explicações tratadas como desculpas de quem quer esconder os problemas, nosso governo sujeito a linchamento público chegando inclusive a atingir minha imagem pessoal, com pessoas me associando a uma criminosa que teria matado os enteados, em um caso de repercussão na época. Hoje, assistimos uma imprensa anestesiada, vendo as mesmas explicações que demos serem dadas sem que ninguém se manifeste, como se tivessem recebido um “cala boca” do marqueteiro oficial.

Sobre a atitude do governo, ao invés de apenas apresentar justificativas, desenvolvemos um plano de ações que buscava sanar os problemas existentes na atenção básica e que tornavam a situação tão dramática, ações estas que hoje se encontram PARALISADAS. Vamos à elas:

·         Fizemos o reforço a Atenção Básica com repasse de recursos fundo a fundo para os 143 municípios, sem exceção. Esse programa acabou, com os repasses SENDO feitos apenas para prefeituras “escolhidas” pelo governo;

·         Ampliamos o Programa Saúde da Família, que de 1997 a 2006 cobria apenas 21,64% da população paraense, atingindo somente 119 municípios. De 2007 até 2010, chegamos a uma cobertura de populacional de 41% em 137 municípios;

·         Aumentamos o número de leitos de UCI Neonatal, em convênio com hospitais conveniados, nos municípios de Marituba, Castanhal, Ananindeua, Bragança, Parauapebas, Abaetetuba e no Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci.

Além disso, fizemos investimentos de curto, médio e longo prazo no próprio hospital, para melhorar e ampliar sua capacidade de funcionamento:

·         Criação de uma nova UTI Pediátrica com 10 leitos para crianças recém-nascidas, investimento de cerca de R$3 milhões;

·         Construção de uma nova Recepção da Santa Casa , o setor de Regulação e Gerência do Complexo Ambulatorial, a Gerência de Estrutura Físico-Funcional e Patrimônio, e o Ambulatório de Clínica Cirúrgica;

·         Construção de um novo Parque de Diagnóstico por Imagem;

·         Inauguramos serviços como o Ambulatório da Mulher; o Novo Espaço Acolher; reformamos o Centro Obstétrico; melhoramos a UTI Adulto e a Enfermaria São Roque;

·         Reformamos as enfermarias São Paulo, Santa Ludovina, Santa Maria e o Banco de Leite, a sala dos Bombeiros da Vida, a Gerência de Neonatologia, o Serviço Social e o Novo Espaço Mãe Coruja, fizemos a nova Sala da Ouvidoria, a Sala de Acolhimento e readequação da Gerência de Enfermagem, como também a Central de Maqueiros, a Farmácia Satélite, a sala de auditoria médica e os novos vestiários, o Lactário, a ala de Quimioterapia e Nutrição Parenteral;

·         Demos início à construção do prédio da Nova Santa Casa, em 2009, e que deixamos pronta até à oitava laje, com os recursos para sua conclusão e compra de equipamentos em caixa. Devemos lembrar que esta obra se arrastou por longos 2 anos e meio, com objetivo meramente eleitoreiro. Foi uma decisão que tomamos para melhorar esse serviço tão importante para o Estado todo. São investimentos que chegam a R$110 milhões. A Nova Santa Casa contará com 180 leitos de maternidade do hospital, sendo 20 leitos de UTI Obstétrica.
Além disso, aplicamos muito mais recursos em saúde do que nos anos de 2003 a 2006. Neste período, foram aplicados R$ 3,9 bilhões. No nosso governo, essa quantia subiu para R$ 5,3 bilhões, um aumento de 37,5% em relação ao período anterior.

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