A economia brasileira cresceu mais do que o esperado em junho, indicando que a atividade já estava dando sinais de recuperação. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 0,75% em junho frente a maio. É a maior elevação mensal desde março de 2011 (quando a expansão ficou em 1,47%).
Com o resultado de junho, o segundo trimestre encerrou com alta de 0,38% na comparação com o 1º trimestre. Neste caso, houve desaceleração sobre janeiro e março, que havia apresentado alta de 0,63% sobre o quarto trimestre de 2011.O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia --serviços, indústria e agropecuária.
Após ter recuado 0,01% em maio ante abril, segundo dados revisados pelo BC, o IBC-Br voltou a mostrar força. O governo tem tomado diversas ações para estimular a economia, afetada pela crise internacional, e assumiu o discurso que ela vai acelerar o passo a partir do segundo semestre.
Nesta semana, outros dados econômicos já haviam mostrado sinais de recuperação, como as vendas no varejo brasileiro, que surpreenderam ao registrar alta de 1,5% em junho ante maio, muito acima da expectativa do mercado de recuo de 0,3%.
Outro sinal também foi dado na quinta-feira, com a criação de 142.496 postos de trabalho formal em julho, superando o desempenho de junho, quando a oferta de vagas foi de 120 mil empregos.
Mesmo assim, por enquanto, o mercado continua esperando que BC reduzirá em 0,50 ponto percentual a taxa básica de juros, para uma nova mínima histórica de 7,50% ao ano, nos próximos dias 28 e 29, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne, dando continuidade à sua ação para incentivar a economia.
Em 12 meses, o avanço no IBC-Br em junho foi de 1,09%, enquanto que na comparação com o mesmo mês do ano passado houve alta de 1,54%.
No primeiro trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,2% na comparação com os últimos três meses de 2011 e havia acendido o sinal de alerta. O mercado mantém sua previsão de crescimento neste ano firmemente abaixo de 2%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga em 31 de agosto os dados sobre a atividade no segundo trimestre.
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