Foto: Diário do Pará |
O objetivo era claro: reafirmar o apoio do governador Jatene - cujo barco está afundando - ao mineiro Aécio, cuja candidatura segue firme rumo ao fundo do poço. O neto de Tancredo Neves trava encarniçada luta interna contra o paulista José Serra. Este pretende disputar mais uma vez a presidência e torce pelo fracasso do senador da terra do leite em pó.
O que Aécio não sabe é que Jatene acende uma vela para Deus e outra para o Diabo. Ao mesmo tempo que promove esta mis en scéne, Jatene prepara o palanque para o pernambucano Eduardo Campo, ao transferir parte dos quadros tucanos - em especial o grupo de Paragominas - para o PSB.
A fidelidade de Jatene é lendária. Que o diga o ex-governador Almir Gabriel. Abandonado por ele à própria sorte em 2006, Almir só foi fazer as pazes com o pupilo no leito de morte. O mesmo pode dizer o povo do Pará. Seduzido em 2010, o amor do povo paraense, sujeito a tanta traição, serve hoje apenas de inspiração para os boleros que Jatene tanto aprecia.
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