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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Desgoverno: Pará é refém da violência

A tentativa de assalto que deixou ferido a bala o delegado geral de polícia, Rilmar Firmino, no último sábado, é emblemática do fracasso da política de segurança do governo Simão Jatene. Com mais de 60 mil assaltos registrados até outubro, mais de 3 mil homicídios e mais um sem fim de outras ocorrências, a população segue aflita e refém da violência. Segundo representante do Sindicato dos Policiais Civis, 80% dos crimes não tem solução.

Não existem mais áreas vermelhas. Os crimes acontecem em todos os bairros e muitas vezes em plena luz do dia. Resultado de uma política de segurança falida, que privilegia ações espetaculosas contra ao trabalho de inteligência, que privilegia a truculência contra uma política de maior integração com a comunidade. Nesse meio tempo, o Pará precisou devolver recursos federais para capacitação de policiais por falta de cursos.

Em 3 anos de governo, apenas um concurso para a PM foi realizado e até agora nenhum policial foi formado. O concurso da Polícia Civil foi cancelado pela justiça. Enquanto isso, somente este ano 30 policiais foram assassinados, e muitos outros foram afastados por ferimentos a bala e doenças relacionadas ao exercício da função, por problemas disciplinares ou reforma. Mesmo com os mais de 4 mil novo policiais militares formados em nosso governo, o efetivo policial ainda está abaixo do necessário, herança dos 12 anos de administração tucana.

E o que falar dos contratos de locação de viaturas, dos escândalos de desvios de veículos, da falta de armamentos, munição e equipamentos de segurança, da condenação do secretaria adjunto de segurança por improbidade administrativa, entre outros casos que enlamearam a segurança pública nestes 3 anos de desgoverno?

Enquanto isso a população segue se defendendo como pode, seja se trancando em casa, seja evitando sair à noite, seja fazendo uso de câmeras de segurança ou alarmes - aqueles que podem. NO quadro de caos generalizado que assola o Pará, nem mesmo o velho discurso de que "as autoridades não se importam, elas estão seguras" pode ser usado para justificar esta inação. Que o diga o Delegado Geral de Polícia.

 

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