No dia 6 de dezembro de 2013 fará 25 anos do assassinato de João Carlos Batista.
Na tarde daquele dia, em 1988, Batista discursou da Tribuna da Assembleia Legislativa paraense, mais uma vez, denunciando as ameaças de morte que enfrentava. Como sempre fez, indicou o nome dos que o ameaçavam e dos mandantes, os quais já haviam tentando por três vezes matá-lo. No primeiro atentado que sofreu, seu pai, Nestor, recebeu um tiro de escopeta na cabeça.
Decorridos vinte e cinco anos os pistoleiros foram mortos, em verdadeiros crimes de queima de arquivo e nenhum mandante foi indiciado, julgado ou condenado. A impunidade permanece.
João Carlos Batista nasceu em Votuporanga (SP), vindo com a família na adolescência para o Pará. Estudou direito, advogou para trabalhadores do campo e da cidade, foi eleito deputado estadual, em 1986, tendo sido o único deputado assassinado após o fim da ditadura devido a sua luta ao lado dos trabalhadores rurais na defesa da reforma agrária e na luta contra o latifúndio.
Essa situação é semelhante para centenas de assassinatos de trabalhadores rurais e seus defensores por todo o Brasil, mas especialmente no Pará. Mandantes de crimes permanecem circulando pelos corredores dos poderes, em colunas sociais e acumulando riquezas às custas do sangue e da exploração.
Para piorar a situação, a reforma agrária, motivo que faz com que assassinos a soldo matem livremente os lutadores do povo, não saiu do papel. Nos últimos anos, durante o governo da presidenta Dilma Roussef nenhum trabalhador rural foi assentado, mas o agronegócio continua recebendo seus milionários financiamentos com recursos públicos.
Resgatar a luta de Batista é seguir a caminhada de todos e todas que tombaram na luta em defesa da terra, da justiça e da dignidade para o povo do campo e toda a classe trabalhadora. É dar força e animar a organização e luta dos trabalhadores para enfrentar o capital que toma conta das terras aumentando a exploração do homem e da natureza.
A luta de João Batista é a luta de todos e de todas pelo socialismo, contra o latifúndio e pela reforma agrária. Pela condenação de todos os mandantes de crimes contra os trabalhadores.
Programação
2/12 - 19h - Câmara Municipal de Paragominas
3/12 - 12h - instalação da exposição fotográfica no hall da Assembleia Legislativa do Pará
19h - STTR de Ipixuna do Pará
4/12 - 12h - Colõnia União - Ipixuna do Pará
19h - Centro de Pastorais de Mãe do Rio
5/12 - 14h - reunião para debater o Memorial dos lutadores do povo - Câmara Municipal de Ananindeua (?)
19h Câmara Municipal de Castanhal
6/12 - 10h - Escola deputado João Carlos Batista - Cabanagem
18h - 22h - Academia Paraense de Letras - Belém - Pará
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