5 Fev (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que o governo estuda a desoneração integral da cesta básica, além de uma revisão dos itens que fazem parte dela, porque o conceito atual estaria "ultrapassado".
Em entrevista a rádios do Paraná, Estado que visitou na véspera, a presidente disse também que o governo nunca descuidou da inflação, e prometeu continuar a desonerar investimentos, produção e emprego.
"Nós estamos estudando a desoneração integral da cesta básica dos tributos federais", disse ela, acrescentando que o governo está "revisando quais são os produtos que integram a cesta básica".
A presidente afirmou ainda que pretende conversar com os Estados para que seja feita a desoneração de encargos regionais que incidem sobre a cesta básica.
CRESCER COM INFLAÇÃO BAIXA
Ao falar da inflação, que em 2012 ficou em 5,84 por cento, a presidente prometeu baixá-la.
"Nós não descuidamos dela (a inflação) em nenhum momento, em nenhuma circunstância", disse a presidente, afirmando que o índice deve cair em 2013 por conta da redução das tarifas de energia elétrica e de outras desonerações.
Questionada sobre o impacto do aumento da gasolina e do diesel sobre a inflação, Dilma disse que ele é compensado com folga pela redução das tarifas de energia: "nós ganhamos muito mais do que por ventura perdemos".
"Eu quero reduzir esta taxa de inflação, eu acho que é importantíssimo que nós cresçamos e tenhamos inflação baixa."
Ao comentar sobre crescimento econômico, Dilma demonstrou otimismo ao dizer que a redução na taxa de juros realizada ao longo de 2012 "vai começar a dar resultado a partir de agora", mas ponderou que o cenário global ainda atrapalha.
Segundo ela, o Brasil crescerá em 2013, mas será "um crescimento mais lento" porque "o mercado internacional não recuperou e nós temos uma queda brutal do comércio internacional".
Depois de o governo recorrer a várias manobras para cumprir a meta ajustada do superávit primário do setor público, Dilma disse que o país "tem as contas públicas inteiramente sob controle", acrescentando que "o Brasil é um país sólido".
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