O ex-presidente Lula defendeu o legado econômico de suas duas gestões em entrevista ao jornal italiano "La Repubblica".
"Do ponto de vista macroeconômico, qual outro país, além da China, criou as condições de crescimento do Brasil? Nossos críticos dizem que o melhor é reduzir a oferta de emprego para reduzir a inflação, mas para nós a defesa do emprego é mais importante que a inflação".
Ele voltou a negar que pode voltar à disputa à Presidência esse ano, mas deixou em aberto futuro político: “Depois, não posso excluir nada, a política é imprevisível. Mas a natureza é implacável, em 2018 estarei com 72 anos”.
Indagado sobre os protestos de rua, disse que são naturais e que, como filho do movimento sindical, não poderia condená-los: "A ascensão social funcionou. Agora os brasileiros querem mais, justamente. Essa é a efervescência de nossa sociedade: a democracia não é um pacto de silêncio, mas a busca por melhores condições."
Quanto à Copa, minimizou atrasos: "O único risco que corremos é de não vencermos no campo".
Sobre o cenário internacional, Lula reconheceu erro do presidente venezuelano Nicolás Maduro em não dialogar com a oposição. Quanto ao ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado na AP 470 e preso na Itália, disse que é preciso "respeitar a decisão da Justiça italiana"; assim como defendeu decisão da Justiça brasileira no caso do ativista Cesare Battisti.
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