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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Tucanos se bicam pelo comando do PSDB

Por Altamiro Borges

Passadas as eleições de outubro, nas quais o PSDB reduziu ainda mais a sua representatividade – perdeu 87 prefeitos e 641 vereadores –, os caciques tucanos já deflagraram a guerra pelo comando da sigla. As convenções nacional e estaduais estão agendadas para maio de 2013, mas a derrota eleitoral antecipou a disputa interna. As bicadas tucanas serão mais sangrentas. Na aparência, há uma briga entre as teses da “renovação e da experiência” e entre “os paulistas e os mineiros”. Porém, o buraco é mais embaixo.

Na prática, o que está em jogo é a definição dos futuros candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais, além dos cargos legislativos de deputados e senadores, no pleito de 2014. Aécio Neves, o cambaleante presidenciável mineiro, agarrou-se à tese da renovação, defendida pelo grão-tucano FHC, presidente de honra do PSDB, para defender mudanças no comando da sigla. Já os paulistas, que sempre mandaram na legenda, retrucam que ela não pode estar a serviço de uma pretensa candidatura.

O duelo entre "mineiros" e "paulistas"

“Em oposição aos mineiros, os paulistas têm pregado a necessidade de uma liderança com experiência administrativa e longa carreira partidária”, descreveu o jornal O Globo de ontem (10). O nome apresentado por esta turma é o do ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, fiel aliado de José Serra. “A questão da renovação deve ser vista com cautela. Ela não deve se resumir à idade, mas a novas ideias e propostas. Alberto Goldman é excelente para o posto”, ressalta o presidente do PSDB em São Paulo, Pedro Tobias.

Já a turma de Aécio Neves defende o nome do atual secretário-geral da sigla, o mineiro Rodrigo de Castro. Ele coordenou a campanha eleitoral do senador em 2010 e, com fidelidade canina, garantiria o favoritismo do cambaleante presidenciável tucano na briga interna. O deputado Sérgio Guerra, atual presidente nacional do PSDB, também é aliado de Aécio, mas não pode disputar uma nova reeleição para o comando da legenda. Além disso, o pernambucano está com graves problemas de saúde.

"PSDB atravessa fase de ebulição"

Há também setores tucanos que defendem um nome neutro, fora do circuito São Paulo-Minas Gerais, para evitar maiores traumas no ninho já conflagrado. Nessa difícil busca pelo consenso, o principal cotado é o ex-governador Tasso Jereissati. “Ele poderia atuar como figura de equilíbrio diante das discordâncias entre paulistas e mineiros”, relata O Globo. O problema é que o cearense hoje não apita mais nada na sigla. Ele sumiu, literalmente, das eleições municipais no seu estado e tem se dedicado aos seus negócios empresariais.

Como afirma Josias de Souza, o blogueiro da Folha que transita bem no ninho tucano, a situação do partido não é nada fácil. “O PSDB atravessa uma fase de ebulição... A atmosfera de abulia provocou no tucanato um incômodo que precipita o debate interno sobre a troca de comando do partido... Com mais de seis meses de antecedência, volta à cena a perspectiva de divisão entre os partidários do projeto presidencial de Aécio Neves e seus contrários, à frente José Serra, que acaba de ser batido na disputa municipal de São Paulo”.

Um comentário:

Guilherme disse...


"Titular da Sepof é alvo de protesto na capital paraense
Movimento Transparência Belém diz que Bacury desviou recuros do Corecon-Pa
12/11/2012 - 11:49 - Belém
Militantes do MTB (Movimento Transparência Belém) realizaram um ato público na manhã desta segunda-feira (12), em Belém, contra o atual titular da Sepof (Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças), Sérgio Bacury, fechando a Travessa Boaventura da Silva, no bairro do Reduto, por cerca de uma hora. Os manifestantes reivindicam que seja acelerado o processo de investigação do MPF (Ministério Público Federal) contra o secretário, que é acusado de desviar recursos no valor de R$ 136,9 mil do Corecon (Conselho Regional de Economia do Pará), nos anos de 2008 e 2009, quando foi presidente da instituição. Cerca de 60 pessoas participaram do protesto.

'Estamos questionando a volta do Secretário da Sepof para presidência do Corecon, visto que ele deixou um rombo muito grande nos cofres e isso já foi denunciado ao MPF. Além disso, na Sepof, ele é acusado de nepotismo e beneficiamento social. Não aceitamos isso, ele não pode repetir essas práticas', explicou Márcio Ponte, presidente do MTB.

Ainda de acordo com Márcio, na última segunda-feira (5), a assessoria jurídica do Corecon deu entrada em uma ação de ressarcimento por danos materiais junto ao MPF para que Bacury devolva os R$ 136,9 mil desviados durante a sua gestão, a partir de licitações fraudadas, contratações irregulares e inexistência de previsões orçamentárias.

Procurado pelo Portal ORM, por meio da assessoria de comunicação da Sepof, Sérgio Bacury disse que não vai se pronunciar sobre as denúncias.

Redação Portal ORM"

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