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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Privataria Tucana: Celpa é vendida a R$1

Direto do Na Ilharga

O degenerado processo de privataria da Celpa foi concluído hoje com a venda daquela empresa por mísero R$1, segundo informa o blog do deputado federal Claudio Puty. Esse desfecho alinha-se vergonhosamente impávido a outros na crônica do mais deslavado banditismo já registrado nesse país, tão vergonhoso quanto atribuir valor zero à uma mina de ferro com capacidade de abastecer o mundo pelos próximos 400 anos, pilhagem que nem toda a confraria de flibusteiros sediados na ilha de Tortuga foi capaz de alcançar em séculos pretéritos.

Ainda do blog do deputado, transcrevo um oportuno resumo que registra essa sórdida história.
A Justiça fala em três bilhões de reais; o mercado fala em quatro bilhões de reais em dívidas da Celpa, concessionária que em maio deste ano solicitou o pedido de recuperação judicial. De lá até o mês atual, as negociações entre a empresa do grupo Rede e possíveis investidores não foram fechadas com regras claras e aferidas pela Aneel.

Loc- A Celpa, empresa de concessão pública (gerenciadora de bem público) foi privatizada pelo PSDB em 1998, vendida pelo valor de 450 milhões de reais. E durante todos esses anos as taxas mínimas de lucros não ficaram no Pará, para investimentos na qualidade dos serviços de distribuição (ampliação da rede de abastecimento, tecnologias etc.). Cerca de dois mil trabalhadores foram demitidos, e em 12 anos a terceirização dos serviços foi triplicada.

Loc- Os dividendos foram repassados a empresas do grupo fora do estado, e somente pouco mais da metade acumulado dos recursos foram empregados em investimentos como determina a Agência reguladora do setor, cerca de 280 milhões, quando deveriam ter sido investidos 660 milhões de reais.
Loc- Com uma perda judicial em 2004 no valor de 370 milhões de reais, a empresa emprestava de outras empresas do grupo e a dívida foi aumentando, e os tributos também foram sendo calotados, chegando em 2006 a cerca de 415 milhões de reais.
Loc- Para evitar a falência, o pedido de recuperação judicial, em 2011, evidenciou o alto valor das dívidas, e ao mesmo tempo da má gestão do bem público, tornando-se a pior distribuidora de energia no ranking nacional.

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