Pesquisar este blog

terça-feira, 25 de março de 2014

Marcha tem apelo à tortura e 'Caça aos Corruptos'

Por Laura Capriglione, na Carta Capital

Deus não deu o ar da graça na Marcha Com Deus pela Família e a Liberdade 2, realizada no sábado 22 em São Paulo. Se há cinquenta anos a Marcha original contra o comunismo e o governo do presidente João Goulart (1919-1976) contou com o apoio militante dos hierarcas católicos, secundados por milhares de mulheres rezando o terço, a de 2014, contra o PT, Dilma, Lula e, é claro, o comunismo, teve de se contentar com dois seminaristas imberbes – as duas únicas batina vistas —, uma réplica em resina da imagem de Nossa Senhora Aparecida e um pôster barato de Nossa Senhora de Fátima.

A Família brasileira também faltou. Em 1964, centenas de milhares estavam presentes na Marcha. Desta vez, se muito, foi uma marchinha. Segundo a Polícia Militar, cerca de 500 manifestantes reuniram-se na Praça da República (centro de São Paulo), de onde saíram em caminhada para a Praça da Sé. “Dilma e Lula vão pra Cuba que os Pariu”, rezava uma faixa.

Não faltou, entretanto, fervor, fantasia e gritaria. Tinha advogado de PM que participou do Massacre do Carandiru protestando contra uma tal “emasculação da polícia pretendida pelo PT”, militante anti-aborto e anti-gay da organização Pró-Vida (“o PT odeia a família”), homens de terno com aventalzinho (eram maçons golpistas), gente embrulhada em bandeira brasileira, com camisetas militares de camuflagem, carecas (skinheads), uma dupla de lésbicas fascistas com o cabelo cortado à la capuchinho (elas não explicavam por quê), homens vestidos de caubóis texanos (chapelão e botas).

“Intervenção Militar Já” repetiam os oradores da manifestação, que se desfaziam em aplausos e gritos de apoio ao ver o helicóptero da Polícia Militar sobrevoando seu grupo. Ou quando um militar da reserva subia ao palanque para uma peroração anticomunista.



Como a que fez o coronel Ricardo Jacob, da reserva da PM, um dos mais aplaudidos da marchinha, defensor da tortura como método de obtenção de informações: “Porque, na moral, falando, conversando, ninguém fala a verdade”.

Amanda de Jesus Almeida, de 23 anos, estudante de ciências contábeis, lamentou não conhecer o hit parade do hinário cívico brasileiro, ali tocado à exaustão. Diante do Hino da Independência, o “Já Podeis da Pátria Filhos”, ela, que não sabia a letra, reclamava do “nível de ensino”. “Eu não tive aulas de Educação Moral e Cívica. Hoje, nas escolas, a juventude só aprende a ser gay, ateu e a fazer aborto”.



A falta de gente era compensada pela sonzeira que vinha de caixas acústicas poderosas, instaladas em um ônibus pintado de preto e em um trio elétrico igualmente pintado de preto. Repórteres cobrindo a manifestação apelidaram os dois veículos de “caveirões”, alusão aos veículos blindados usados pelo Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, a Tropa de Elite do Rio.

E parecia mesmo. Decorava um dos veículos uma enorme faixa verde e amarela em que se via uma caveira sinistra, sorrindo. Atravessada por dois rifles, a imagem da morte ainda ostentava boina militar bordada com as letras CCC.



Para quem não sabe, CCC é o nome de um organização de extrema-direita que ficou famosa durante a ditadura como tropa de assalto. Em 1968, por exemplo, invadiu e espancou o elenco do espetáculo Roda Viva, que estava em cartaz no Teatro Ruth Escobar. O CCC original queria dizer Comando de Caça aos Comunistas. O de ontem era traduzido por Comando de Caça aos Corruptos.

Foram cerca de 20 execuções do hino nacional, incluindo uma versão em ritmo de forró em um trajeto 1.900 metros entre a República e a Sé. “Não existe nada mais lindo do que isso”, repetia o apresentador do evento, de cima do caveirão.



Gabriela Vitória Alexandre de Souza Lima, 18 anos, estudante de gestão comercial da FMU, cantava com os olhos fechados, mão no peito, como em um louvor religioso. Ela foi ao ato levada pelo pastor da Comunidade Evangélica Paz e Bênção, do Jardim Grimaldi (zona leste), que lhe disse que o PT pretende fechar todas as igrejas evangélicas do Brasil. “Tenho certeza de que a Dilma quer fazer isso como forma de calar o povo.”

Na frente da Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, o carro de som exumou a marchinha “Eu te amo meu Brasil”, exaltação do chamado “Brasil Grande” pregado durante o governo do general Emílio Garrastazu Médici. Senhores na casa dos 60 anos voltaram ao baile da escola. “Foi a aurora da minha vida. Ninguém segura a juventude do Brasil”, emocionou-se Cleide Fonseca Brunoro, 65 anos, camiseta militar camuflada, shorts e botinha de salto. Bem iê-iê-iê.



Mas havia um medo no ar. Ali, bem perto, os comunistas – sempre eles –, os vermelhos, os black blocs, os baderneiros, os petralhas, faziam a sua passeata. Chamada “Antifascista” a manifestação dos esquerdistas juntou mil pessoas segundo a PM. O receio era que as duas turmas se encontrassem em algum ponto. Seria pancadaria certa.

A Marcha com Deus tinha a sua tropa privada de proteção. Carecas musculosos, de coturnos, anéis com a imagem da cruz de ferro (símbolo germânico popularizado durante o nazismo), ataduras na mão direita (à moda da proteção usada pelos lutadores de muai thai), carregando grossos canos de ferro na ponta dos quais penduravam-se bandeiras azuis, andavam em formação nos extremos da caminhada da direita.



Comandava-os com gestos bruscos um fortão com o cabelo liso emplastrado de gumex, franjinha para o lado, escovinha atrás. E um bigode. “Hitler veio?”, provocou o professor Gumercindo Almeida, de 35 anos, quando o caveirão subia a rua Xavier de Toledo aos gritos de “Deus, Pátria, Família”.

Foi uma hora tensa. Dois rapazes magros, camisas brancas abotoadas até o pescoço, abriram na frente da passeata uma enorme faixa preta em que se viam letras góticas brancas. Nazistas também? Os fortões carecas foram ver o que estava escrito. E confundiram-se. De trás para diante, como se em um espelho, a faixa dizia “Esta imagem está invertida”. Era um divertido protesto punk antifascista. Os dois foram postos para correr por um armário humano com camiseta em que se lia: “Brigadas Integralistas”.

As duas passeatas não se cruzaram. Mas os punks anarquistas, em sua luta eterna contra os skinheads a quem chamam de fascistas, não deixaram barato. Já na Sé, um dos caveirões instalado em frente à escadaria da igreja, abriu-se a faixa verde e amarela “O Brasil não é colônia de Cuba”.



Foi então que uma garota punk solitária sacou sorrateiramente o spray vermelho e pichou a faixa. Flagrada, foi correria de savana africana, a menina caçada pelos grandalhões carecas. Mas ela escapou. Ufa!

Porta-voz dos carecas, o jornalista, radialista e pastor evangélico Kleber Ricardo, de 40 anos, dizia que seu grupo retirava inspiração nos ensinamentos de Plínio Salgado (1895-1975), representação do fascismo no Brasil. E prometeu que este foi apenas o primeiro ato. “O bebê nasceu hoje”, fazia-lhe coro o locutor de cima do caveirão.

Pará tem o 4º pior orçamento para a saúde

Do Diário do Pará

O governo do Estado do Pará destacou-se na semana passada como o 4º pior orçamento para a área da saúde no Brasil. Apenas 9,1% do orçamento do Estado foi direcionado para a saúde pública em 2013, portanto abaixo do percentual compulsório fixado pela Constituição Federal, que é de 12%. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que reuniu dados de gestões públicas das 27 unidades federativas além do Distrito Federal, O Estadic 2013 (Pesquisa de Informações Básicas Estaduais) mostrou que os menores orçamentos proporcionais foram do Rio de Janeiro (7,2%), Mato Grosso do Sul (8,7%) e Paraná (9,1%).

Além disso, 13 estados destinaram menos de 2,0% do orçamento total da Saúde para a atenção básica (o atendimento inicial aos cidadãos) e as menores destinações foram de Maranhão (0,3%), Roraima (0,3%) e Acre (0,3%). O Pará não atingiu a faixa de 4%. Já Minas Gerais (11,8%) e Rio Grande do Sul (12,9%) foram os únicos a destinar mais de 10% dos seus orçamentos de Saúde à atenção básica.

Quando se observa o gasto per capita, o Pará tem o valor de R$ 212,96. No caso do Rio de Janeiro, que teve o menor percentual destinado à saúde, mas que tem a maior arrecadação do Brasil, foram investidos R$ 320,79 por morador do Estado. Em Minas Gerais, o gasto per capita foi de apenas R$ 279,45. O maior investimento per capita em saúde é no Distrito Federal, de R$ 924,14 por habitante.

De acordo com o IBGE, com as informações do Estadic 2013 é possível apresentar “características da gestão pública estadual no âmbito da saúde, permitindo compreender alguns aspectos da administração pública responsável pelos serviços de saúde prestados à população nas 27 unidades da federação”.


sexta-feira, 21 de março de 2014

Dilma é recebida com carinho em Marabá

Muito positiva a agenda da presidenta Dilma em Marabá. A população recebeu com alegria aquela que tem promovido a mudança no Brasil. Entrega de máquinas, anúncio de uma obra por décadas esperada e que vai viabilizar o transporte fluvial no estado e, em Belém, anúncio de recursos para mobilidade urbana.

Fiquei muito feliz com o carinho do povo. Por essas coisas que minha vontade de lutar por melhores condições de vida e trabalho no Pará se renova. E a presidente Diloma, sempre atenciosa, me brindou com este selfie.




quinta-feira, 20 de março de 2014

Dilma no Pará: máquinas, recursos para mobilidade urbana e hidrovia do Tocantins

A presidente Dilma Roussef chega hoje ao Pará. Na bagagem traz investimentos para mobilidade urbana, máquinas para o desenvolvimento da agricultura e o anúncio mais esperado dos últimos 4 anos: a licitação para o serviço de derrocagem dos Pedral do Lourenço, último empecilho para a viabilização da hidrovia do Tocantins.

O Pedral do Lourenço, formação rochosa de aproximadamente 40 km, localizada no território do municípios de Itupiranga, impede a navegação de navios de carga durante o período de seca do rio Tocantins. Com a derrocagem, será aberto um canal por onde os navios poderão passar durante todo o ano. A viabilização da Hidrovia do Tocantins é uma demanda histórica do estado do Pará. Ela permitirá surgir uma alternativa de deslocamento de mercadorias dentro do Brasil, através do porto de Vila do Conde, reduzindo o custo de frete e aumentando a arrecadação do estado. Também é fundamental para a a viabilização do Pólo Industrial da Marabá.

Ainda em Marabá, Dilma vai fazer a entrega de mais 110 máquinas (30 Motoniveladoras e 80 Caminhões Caçamba) aos municípios paraenses com população até 50 mil habitantes. A doação é do Governo Federal, dentro das ações do PAC, através do Ministério do Desenvolvimento Agrário. A ação foi inspirada em uma medida do meu governo Ana Júlia, chamada Kit Faz Estrada, e visa criar condições para que as prefeituras possam manter a trafegabilidade das estradas vicinais por onde se escoa a produção dos pequenos produtores agrícolas. Hoje, cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros vem do pequeno agricultor.

O recurso para a mobilidade urbana será anunciado em Belém, durante evento no Hangar, Centro de Convenções da Amazônia. Servirá para a construção do trecho Entroncamento - Icoaraci do BRT.    

terça-feira, 18 de março de 2014

PIB indústria e emprego superam previsões. Crise?

Do Brasil 247

Os pessimistas sobre a capacidade de a economia brasileira enfrentar e vencer a crise internacional têm de refazer suas contas. Mais uma vez. Contra a unanimidade de críticos plantados na mídia familiar e tradicional, o Brasil real mostrou em números o que se pode constatar, a olho nu, no dia a dia das cidades: o mercado de trabalho vive um momento de aquecimento. E, com ele, cresce a atividade industrial e comercial, estão mantidos os investimentos e o PIB já apresenta números positivos. Na primeira safra de indicadores, todos os resultados, sem exceção, pegaram os pregadores do catastrofismo na contra-mão dos fatos.

Segundo as medições realizadas pelo banco Itaú, uma das instituições de proa na oposição à política econômica do governo, a atividade da indústria de transformação cresceu 3,1% em janeiro deste ano sobre dezembro do ano passado. O comércio varejista, em toada semelhante, verificou aumento de 2,1% no mesmo período.

Um dos medidores de Produto Interno Bruto mais respeitados pelo mercado, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) projetou uma expansão de 1,26% em janeiro sobre dezembro. A ser divulgado esta semana, a marca oficial do IBGE, acredita-se, ficará bem próxima desse resultado. Com isso, quem apostou numa queda sobre o último mês de 2013 mostrou falta de sintonia com os fatos.

Mas o que marcou mesmo a primeira safra de resultados de 2014 foi o indicador de criação de empregos, divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apresentou saldo de 260,1 mil novos empregos, um crescimento de 111% sobre janeiro do ano passado. Nem mesmo os chamados otimistas em relação ao quadro econômico do País ousaram fazer uma previsão tão alvissareira.

Os negativistas, por outro lado, perderam em todas as frentes. Comentaristas com espaço garatindo em colunas e nas entrevistas para o noticiário do dia a dia apostavam num recuo completo da economia, com queda no PIB, na atividade dos setores primário e terciário e, por consequência, na geração de empregos. Igualmente, vaticinaram que os investimentos estrangeiros iriam escassear de imediato, em razão de medidas do Federal Reserve. Não foi o que aconteceu.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou em palestras para empresários e investidores em seminário promovido pelo banco americano Goldman Sachs que, em fevereiro, o fluxo de investimentos estrangeiros no Brasil ficou positivo em US$ 9,2 bilhões. Durante o período em que esse indicador se formou, o que se lia nos jornais de maior circulação do País era que os investidores estavam fugindo do País para muito longe. Como se viu na matemática real, isso não aconteceu.

Cercada por análises com prognósticos recheados de interesses eleitorais, a presidente Dilma Rousseff tem agora números à mão para calar seus críticos. Na guerra ideológica em torno dos números, ela acaba de encontrar armas de grosso calibre para defender sua política econômica.

Abaixo, notícia da Agência Reuters a respeito:

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou expansão de 1,26% em janeiro sobre o mês anterior, acima do esperado e indicando que a economia brasileira iniciou 2014 em recuperação, mas ainda insuficiente para compensar a retração vista em dezembro.

Atividade econômica do País cresceu 1,26% em janeiro na comparação com dezembro

O indicador, considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) e divulgado nesta sexta-feira (14), mostrou aceleração da atividade, mas não com força suficiente para anular a queda de 1,40% de dezembro sobre novembro em dados dessazonalizados revisados pelo BC. Anteriormente havia sido divulgado um recuo de 1,35% naquele mês.

Ainda assim, o resultado mensal de janeiro foi o melhor desde dezembro de 2009, quando também avançou 1,26%, e ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters, cuja mediana de 26 projeções apontava alta de 0,70%.

Na comparação com janeiro de 2013, o IBC-Br - que incorpora estimativas para a atividade em serviços, indústria e agropecuária - avançou 1,01% e acumula em 12 meses alta de 2,47%, ainda segundo dados dessazonalizados.

A expansão em janeiro decorre de dados melhores do que o esperado tanto da indústria quanto do varejo, apontando para um certo fôlego no início deste ano, mas ainda encarado com cautela pelos agentes econômicos.

Enquanto a produção industrial avançou 2,9% no primeiro mês do ano sobre o anterior, as vendas varejistas subiram 0,4% no período.

E mais: PIB brasileiro é o 3º maior e supera países ricos

A economia brasileira surpreendeu no quarto trimestre de 2013 com crescimento de 0,7% na comparação com os três meses anteriores, garantindo avanço em todo o ano passado de 2,3%.

Ainda assim, agentes econômicos veem que a economia vai desacelerar neste ano, e a pesquisa Focus do BC mostra que a expectativa é de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,68%.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Diário do Pará revela diálogos comprometedores de bicheiro e presidente do PSDB Belém

Encontro PT Castanhal

Estive neste final de semana participando do Encontro Municipal do PT de Castanhal. É sempre gratificante receber o carinho da militância, de gente que acreditou e acredita o PT fez mais pelo Pará e pode fazer muito mais. A recepção da tese da candidatura própria foi muito boa e deixa aflorar o sentimento de que, mesmo que lideranças decidam coligar no primeiro turno, a militância quer mais.

Um beijo a todos do PT Castanhal e sigamos na luta!

PSDB tem jogo do bicho como aliado

Do Diário do Pará

Criminosos ligados ao jogo do bicho fizeram campanha e podem ter contribuído até financeiramente para a eleição do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, do PSDB. É isso o que se pode concluir dos diálogos ocorridos, em 2012, entre o empresário João Monteiro Vidal, mais conhecido como “Jango”, e vários interlocutores, entre eles o presidente do diretório municipal do PSDB de Belém, Fabrício Gama. Segundo a polícia, “Jango” era um dos comandantes do Parazão, a central de apostas que reunia as principais bancas de bicho de Belém. Nos diálogos, ele pede votos para Zenaldo, aparenta comandar propaganda de rua em favor do tucano e, junto com Fabrício, comemora a eleição do novo prefeito.

Os diálogos de “Jango” com outros supostos bicheiros e com Fabrício Gama foram grampeados pela polícia durante as investigações que culminaram na operação “Efeito Dominó”, realizada em setembro do ano passado. Quase 50 pessoas foram presas durante a operação, entre elas “Jango” e o empresário carioca Luizinho Drumond, que, segundo a polícia, era sócio oculto do Parazão.

”Jango”, Luizinho e os demais supostos chefes da jogatina da cidade estão sendo processados criminalmente por exploração do jogo do bicho, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular. “Jango” é presidente da escola de samba Rancho Não Posso Me Amofiná. Luizinho Drumond é patrono da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, do Rio de Janeiro, que homenageou o Pará no carnaval de 2011, no primeiro ano de governo de Simão Jatene (PSDB). Coincidência ou não, Fabrício é agora o presidente da Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial de Belém, anteriormente presidida por Waldir Fiock, também preso na operação Dominó, sob a acusação de integrar o comando do Parazão.

‘MEU PADRINHO’

O DIÁRIO teve acesso a alguns dos diálogos grampeados pela polícia. Eles revelam uma relação pra lá de amistosa entre “Jango” e Fabrício, que chega a tratar “Jango” como “meu padrinho”. Em uma ocasião, Fabrício tenta tranquilizar “Jango”, afirmando que não era verdadeira uma pesquisa que apontava o psolista Edmilson Rodrigues à frente de Zenaldo Coutinho, na disputa pela Prefeitura de Belém. Em outra ocasião, enquanto comemora a eleição de Zenaldo por 100 mil votos de diferença, “Jango” diz a Fabrício possuir um galpão que serviria para “algum tipo de projeto”, possivelmente, da prefeitura.

Em mais um telefonema, quando Fabrício se encontrava, segundo ele, “em uma inauguração com o governador”, Jango e um amigo dele garantem que o bairro do Jurunas vai eleger Fabrício deputado estadual. E há um diálogo para deixar qualquer um de orelha em pé. Nele, “Jango”, impaciente, dá ordens a Fabrício: “Vem logo aqui agora, agora! É pra vires pra cá agora, agora!”. E afirma: “Tô esperando vocês aqui já, com o negócio”. O “aqui” era a casa de “Jango”. E o “negócio”, qual seria?

E mais: os diálogos deixam impressão de que aquela não foi a única visita de Fabrício à casa de “Jango”. Ao contrário: aparentemente, foram vários os encontros entre os dois – um deles, logo depois de Fabrício deixar a companhia de Zenaldo e Jatene, que haviam acabado de jantar. Além disso, pelas conversas de “Jango” com outros interlocutores, até mesmo Zenaldo e Jatene deram uma passada na casa do suposto bicheiro, que os aguardava ansiosamente, durante a campanha eleitoral.

“O Zenaldo vai estar aqui na frente de casa daqui a 20 minutos”, diz “Jango” a um interlocutor, a quem pede que mande pelo menos “quatro do pessoal” para a frente da casa, a fim de recepcionar o candidato. O interlocutor acabara de mandar o “pessoal” almoçar, “porque a polícia tava pegando muito em cima da gente”. Daí que é possível que o “pessoal” fossem trabalhadores de campanha de rua, as chamadas “bandeiretes”, contratadas por Jango.

GRAVAÇÃO

Ao fundo dessa gravação ouve-se a propaganda de Zenaldo, oriunda de carro-som. Em outro telefonema, Jango manda um interlocutor se deslocar rapidamente à sua casa. “O Zenaldo tá vindo aqui na porta de casa agora, com o Jatene”, diz “Jango”. “Por isso que eu te liguei. Daqui a uns 10 minutos; é pra vir pra porta agora”.

CABO ELEITORAL

Outras conversas mostram “Jango” pedindo votos para Zenaldo, como um verdadeiro cabo eleitoral. Uma delas é com um cidadão de nome “Nelson” ou “Relson” – possivelmente, Relson Lima Souza, que, segundo a polícia, era quem entregava aos comandantes do Parazão o dinheiro lucrado com a jogatina - que era dividido em percentuais correspondentes às cotas de cada qual no “empreendimento”. Na conversa, “Jango” pergunta se Relson está trabalhando “pesadamente” na campanha de Zenaldo. Relson responde que sim e torce pela eleição do tucano. “Se Deus quiser, a porrada vai ser grande mesmo”, diz ele.

CARIPUNAS AMARELOU

Outro telefonema revela que pessoas sob o comando de “Jango” até ajudaram a “amarelar” as ruas de Belém durante a campanha de 2012. “Pegue um carro e vá lá na Caripunas, que o senhor vai ver o maior espetáculo que o senhor já viu. Nós deixamos a Caripunas amarela, mas tudinho”, conta um interlocutor, que chama “Jango” de “chefe”. E acrescenta, rindo: “E o senhor sabe quantas bandeiras nós pegamos de um carro aí, do PT? Duzentas e poucas”. Ao final, o homem diz a “Jango” que, naquele momento, estava “trabalhando” também na Pariquis. Em telefonema a uma mulher, “Jango” pede votos para Zenaldo e explica: “Nós tamos na política, num embate pra ajudar nosso candidato. É nosso interesse, é nossa amizade. É o Zenaldo”.

Jango diz que nunca tratou de política

Procurado pela reportagem do DIÁRIO na manhã do último sábado, Jango informou, por telefone conhecer Fabrício apenas pelo fato de ele ser presidente da Liga das Escolas de Samba de Belém.

“Fora isso, nunca tratei com ele sobre política ou campanha política”, afirmou o presidente de uma das mais tradicionais escolas de samba da capital paraense, Rancho Não Posso Me Amofiná. Já o número de Fabrício Gama, outra pessoa citada nas gravações obtidas pelo jornal junto à polícia civil, constava como “programado para não receber ligações”.

‘Jango’ Vidal

Apesar de ser considerado pela polícia “um bicheiro histórico”, “Jango” negou em depoimento qualquer ligação com a jogatina e disse que deixou de ser “cotista” do Parazão em 2005, após abrir a empresa de eventos JM Vidal. Mas certidões da Junta Comercial do Pará (Jucepa) anexadas ao inquérito mostram que “Jango” só deixou o Parazão em março de 2012, quando a “empresa” foi extinta – o cerco se fechava sobre o jogo do bicho, que, naquele ano, deixou de ser simples contravenção penal e virou crime.

Até o encerramento do Parazão, a “empresa” possuía 11 sócios e “Jango” era o segundo com o maior número de cotas: 15,22%, contra os 28,26% de José Manoel Lhamas Santos, irmão de criação do ex-deputado estadual e ex-prefeito de São João de Pirabas, Bosco Moysés, que morreu recentemente e era também considerado um “bicheiro histórico”. Outra certidão da Jucepa mostra que “Jango” foi sócio de Lhamas na “empresa” JB Loterias Ltda EPP, que encerrou atividades em fevereiro de 2013.

Durante a Efeito Dominó, a polícia apreendeu agenda de “Jango”, onde constam telefones fixos e celulares de vários artistas, jornalistas e radialistas e de pessoas supostamente ligadas ao jogo do bicho , além de políticos. Figura na relação um certo Fabrício Gama, com dois números de celulares e um fone fixo.

Fabrício Gama

Em 2012, Fabrício Pereira da Gama já era presidente do diretório municipal do PSDB de Belém, cargo para o qual foi reeleito no ano passado e cujo mandato vai até maio de 2015. Em 2011, foi nomeado assessor especial II do governador. Depois, tornou-se diretor geral da Fábrica Esperança, da qual foi afastado em setembro do ano passado. Em 2008, foi candidato a vereador pelo PSDB. Na campanha de 2012, chegou a ser fotografado nas ruas de Belém, em pleno dia, fazendo campanha para Zenaldo, apesar de então dirigir a Fábrica Esperança, que é administrada por uma Organização Social, mas recebe dinheiro dos cofres públicos estaduais.

Fabrício é, portanto, um quadro atuante do PSDB e com bastante trânsito junto a Jatene e, especialmente, a Zenaldo. No inquérito policial de mais de 3.700 páginas gerado pela operação Efeito Dominó, a polícia escreveu (e o Ministério Público reproduziu, ao denunciar à Justiça os supostos chefões do jogo do bicho em Belém): “Durante o período eleitoral, ficou clara a relação entre o denunciado [“Jango”] e Fabrício Gama, que seria presidente do diretório do PSDB, tendo inclusive afirmado que a referida pessoa seria candidato a deputado estadual, provavelmente custeado pela atividade ilegal”.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Manifesto da Frente Petista por uma Candidatura Própria do PT ao Governo do Pará

Acontece no próximo dia 13 o lançamento da Frente Petista por Candidatura Própria. Os aguerridos militantes que desejam que o partido adote uma tática independente nas eçleições deste ano vão se reunir na Praça das Mercês e seguem em caminhada rumo ao Diretório Regional do Partido para lançar o nome do deputado federal Cláudio Puty como pré candidato ao governo. Leia a seguir o manifesto da frente.

---------------------------

Manifesto da Frente Petista por uma Candidatura Própria do PT ao Governo do Pará

1. O Partido dos Trabalhadores é reconhecidamente o maior partido do Brasil e da América Latina, possui uma grande história e papel destacado na redemocratização do país, na organização e defesa da classe trabalhadora, na implementação das políticas sociais de combate à miséria, de valorização do salário mínimo, que combinou crescimento econômico com desenvolvimento social. O PT mudou a cara do país através de políticas públicas que buscam transformar a nação num lugar menos injusto, desigual e feliz para a maioria do seu povo.

2. Em 2014 o PT tem o desafio de reeleger a presidenta Dilma em condições de realizar um mandato que avance nas conquistas democráticas do povo brasileiro - implementar a reforma política, tributária, urbana e agrária, além de democratizar os meios de comunicação. Para isso o PT necessita ser capaz de construir alianças eleitorais pautadas na coerência programática e cuja estratégia seja claramente a realização de mudanças estruturais em nossa sociedade.

3. Acreditamos que o PT do Pará deve enfrentar o desafio de liderar um bloco de forças de esquerda e progressistas capaz de derrotar o governo Jatene/PSDB. Afinal, temos clareza que o maior e principal inimigo da classe trabalhadora e da juventude do Pará e do Brasil são os tucanos e seus governos de proliferação da miséria e de 'faz de conta' na mídia. O governo do PSDB tenta insistentemente iludir e esconder do povo do Pará o caos generalizado em que vivemos, representado pelo assustador aumento da violência e da insegurança, pelo descaso com a saúde da população, no desmonte das políticas sociais implementadas no Governo Popular (2007 - 2010). O governo Jatene/PSDB é desastroso em realizações e se tornou motivo de constrangimento e vergonha até para seus aliados. Derrotar o governo Jatene, acreditamos é tarefa prioritária para o PT do Pará e para a esquerda democrática e progressista.

4. O compromisso prematuro de dirigentes do PT em apoiar um candidato da base aliada, desrespeita a democracia interna partidária, fragiliza enormemente a campanha de Dilma em nosso estado e obviamente, não apresenta uma alternativa transformadora para o Pará, já que aposta prioritariamente na aliança com forças políticas tradicionais do estado, responsáveis, por ação e omissão, pelas mazelas de nosso povo.

5. Esses dirigentes propõe que apoiemos um candidato cujo grupo político teve papel fundamental na derrota do governo Ana Júlia, e que até seis meses atrás fazia parte do governo Jatene, ocupando secretarias estratégicas, e que, portanto, também é responsável pelo pífio resultado do atual governo.

6. O PT no Pará tem história e força politica para incidir na conjuntura politica eleitoral de 2014: governamos 23 prefeituras no estado, temos varias vice-prefeituras, uma forte e combativa bancada de 8 deputados estaduais e 4 deputados federais, além de historicamente estarmos ligados as lutas dos movimentos sociais e populares.

7. Não necessitamos de sacrifícios inúteis, que desmobilizam nossa militância e simpatizantes, além de fragilizar politicamente nossos gestores municipais. Nas eleições de 2010, mesmo sem o engajamento do PMDB do Pará na campanha presidencial, nossa Companheira Dilma teve, no Primeiro Turno, 47, 93% (equivalente a 1.699.799 votos) e no Segundo Turno 53,2% (1.791.443 votos). Hoje, como demonstram recentes pesquisas eleitorais, o PT está fortalecido em nosso estado. Mesmo sem candidato lançado, temos bons nomes para a disputa. A presidenta Dilma, por sua vez, tem preferência de 68% dos eleitores. Esses dados comprovam que a tática de um "chapão" liderado por PMDB na qual setores da direção do partido apoiam não é a melhor alternativa eleitoral para derrotarmos as elites e oligarquias e para garantirmos uma vitória robusta de Dilma no Pará.

8. Queremos olhar nos olhos do/as paraenses com o brilho do orgulho de sermos petistas, que lutam incansavelmente para o Pará acompanhar as transformações e avanços por que passa o Brasil. Foi com esses objetivos e compromissos que apresentamos o nome do deputado federal Cláudio Puty para ser o candidato do PT ao governo do estado e este aceitou esta tarefa para debater com a militância e a sociedade uma alternativa política nas eleições de 2014. Deputado Puty tem o apoio de militantes, diversas tendências, agrupamentos, parlamentares, dirigentes e simpatizantes do PT.

9. Neste sentido, a Frente Petista por uma Candidatura Própria ao Governo do Estado do Pará, CONCLAMA a participação dos militantes, filiados, dirigentes e simpatizantes para dialogarmos sobre os rumos que devemos seguir nestas eleições. Queremos fortalecer o PT do Pará, porque acreditamos que neste momento histórico somente nosso partido pode apresentar uma candidatura viável que lidere uma ampla aliança progressista que represente a derrota das oligarquias e dos tucanos.

Saudações aos militantes, filiadas e filiados petistas contamos com o seu apoio! Belém-Pa, fevereiro de 2014.

Lula: emprego é mais importante que inflação

O ex-presidente Lula defendeu o legado econômico de suas duas gestões em entrevista ao jornal italiano "La Repubblica".

"Do ponto de vista macroeconômico, qual outro país, além da China, criou as condições de crescimento do Brasil? Nossos críticos dizem que o melhor é reduzir a oferta de emprego para reduzir a inflação, mas para nós a defesa do emprego é mais importante que a inflação".

Ele voltou a negar que pode voltar à disputa à Presidência esse ano, mas deixou em aberto futuro político: “Depois, não posso excluir nada, a política é imprevisível. Mas a natureza é implacável, em 2018 estarei com 72 anos”.

Indagado sobre os protestos de rua, disse que são naturais e que, como filho do movimento sindical, não poderia condená-los: "A ascensão social funcionou. Agora os brasileiros querem mais, justamente. Essa é a efervescência de nossa sociedade: a democracia não é um pacto de silêncio, mas a busca por melhores condições."

Quanto à Copa, minimizou atrasos: "O único risco que corremos é de não vencermos no campo".

Sobre o cenário internacional, Lula reconheceu erro do presidente venezuelano Nicolás Maduro em não dialogar com a oposição. Quanto ao ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado na AP 470 e preso na Itália, disse que é preciso "respeitar a decisão da Justiça italiana"; assim como defendeu decisão da Justiça brasileira no caso do ativista Cesare Battisti.

sexta-feira, 7 de março de 2014

8 de março: lutar contra a opressão de gênero e mudar a vida das mulheres

Di Cavalcante - Mulheres Protestando (óleo sobre tela - 1941)
Falar sobre o dia da mulher, sobre o papel de mulher na sociedade, em especial em um país como o nosso, que convive com o preconceito, muitas vezes velado, outra vezes praticado abertamente, pode parecer lugar comum, mas não é. Para quem pratica o preconceito, ele naturalmente não existe. Para quem o sofre, suas marcas são profundas e, em muitos casos, tiram a vontade de lutar e viver.

Digo isto de cadeira: na minha vida pública sofri e sofro o preconceito na pele. Desde o início da militância estudantil, popular e sindical, envolvida na organização das mulheres, convivi com adjetivos pouco saudáveis. Não ouso publicá-los aqui para não ofender o leitor. Mas se as recebia, as injúrias, foi por ousar ter a coragem de ocupar um lugar que para muitos é destinado aos homens: o de protagonista nos processos políticos.

Desde vereadora por Belém, no início da década de 90, até a Câmara Federal e o Senado da República, convivi com as ofensas do tipo: “o que esta mulher quer?”, “lugar de mulher é cozinha”, “sapatão”, “prostituta”, “alcoólatra”, etc. Muitas vezes, às escondidas, outras vezes mesmo na tribuna destas casas. Preconceitos estes que aumentaram quando assumi o Governo do Estado e que muitas e muitas vezes foram repetidos por outras mulheres.

Porém, longe de tirar minha vontade de seguir lutando, estes ataques fortaleceram a disposição para mudar a realidade das mulheres. Assim o fizemos durante meu governo: criamos políticas públicas importantes, como o Centro Maria do Pará (para atender mulheres vítimas da violência), implantamos o Núcleo de Atendimento Especializado à Mulher (NAEM) na Defensoria Pública do Estado, criamos espaços adequados para a  mulheres no sistema prisional, implantamos a Política Estadual de Assistência Integral à Saúde da Mulher, através do reforço à atenção básica no municípios e a descentralização de serviços de média complexidade, como as UCI's neonatais para nossas crianças, além, é claro, da Nova Santa Casa.

Vejo mesma disposição na presidenta Dilma, que tem valorizado a mulher em suas políticas de governo: 72% das propriedades da reforma agrária registradas no nome da mulher; 93% dos cartões do Programa Bolsa Família estão no nome das mulheres; no Programa Minha Casa, Minha Vida, a mulher tem prioridade no registro do imóvel, com 52% do total de 1,5 milhão de casas entregues no nome delas. As mulheres também são maioria no acesso às bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni), que garante acesso às faculdades privadas e ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e nos cursos de qualificação profissional que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) oferece. Seis em cada dez alunos do Pronatec são mulheres.

São mudanças reais promovidas por mulheres que lutaram contra toda a violência de gênero que permeia nossa sociedade. Mudanças que colocam as mulheres de hoje em dia em condições muito superiores ás mulheres de uma geração atrás, da minha geração. São um sinal de que aquilo por que lutamos valeu a pena e está se transformando em realidade. E mostra que as mulheres que lutam podem sim mudar a face da sociedade, tornando-a mais humana, mais mulher.

Feliz Dia Internacional das Mulheres.

Rui Falcão: "como juiz, Barbosa é um bom pollítico"

Do Brasil 247

O presidente do PT, Rui Falcão, deixou claro nesta sexta-feira 7 o que pensa sobre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa: já é um político, independente de confirmação se será candidato. "Como político, é um bom magistrado. Como magistrado, é um bom político", afirmou o petista.

Questionado se gostaria de ver Barbosa concorrendo nas eleições, respondeu: "para mim é indiferente. Nós não escolhemos adversários". O ministro, que foi relator da Ação Penal 470, o 'mensalão', tem até o dia 5 de abril para decidir se irá concorrer – prazo para que os magistrados se filiem a algum partido, seis meses antes das eleições.

O presidente do PT participou nesta sexta de um encontro em São Paulo com jornalistas e empresários organizado pela agência de notícias EFE.

As especulações sobre o destino político de Barbosa deram conta, na semana passada, de que ele estaria mantendo uma conversa com o PV, de José Luiz de França Penna, para concorrer a uma vaga no Senado pelo Rio de Janeiro. Mas da África, o ministro negou que haja qualquer diálogo. Continua, portanto, o suspense sobre o tema.

PT divulga o “Compromisso Partidário do Candidato ou Candidata Petista”

Como preparação interna para o processo das Eleições 2014, a Secretária Nacional de Organização do PT divulga o documento “Compromisso Partidário do Candidato ou Candidata Petista”.

Além dos compromissos que deverão ser assumidos pelos interessados, a SORG informa que são pré-requisitos para ser candidato ou candidata pelo PT:

a) estar filiado ou filiada ao Partido até 5 de outubro de 2013;

b) estar em dia com o Sistema de Arrecadação de Contribuição Estatutária (SACE) Nacional do Partido;

c) assinar e registrar em Cartório o “Compromisso Partidário do Candidato ou Candidata Petista”, de acordo com modelo aprovado pela instância nacional do Partido, até a realização da Convenção Oficial do Partido.

Acesse aqui a íntegra do Compromisso Partidário do Candidato ou Candidata Petista